Capitulo 11

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Jennifer dentro de seu escritório desenvolvendo, ou tentando, desenvolver o romance desde que deixou Anne na escola no dia anterior. Algo que não podia ser interrompido por nada, nem pelas suas obrigações como mãe para Anne. Claro que Jennifer se sentia culpada por ter deixado Anne na mão muitas e muitas vezes, mas sempre que fez, ela sabia que era por um bem maior, alguém tinha que por a comida na mesa.

Quando finalmente terminou de escrever a sua meta diaria de capitulos seu do romance, Jennifer resolveu sair para caminhar, ver a luz do dia, sentir o ar puro que aquela parte isolada de qualquer centro urbano tinha a oferecer. Ela estava caminhando pela estrada, em direção ao centro da cidade. Estava passando pela casa de Karen, e percebeu que estava correndo a mais de 40 minutos sem parar. Foi quando jennifer percebeu que realmente Karen morava uma boa distancia de sua casa. E mesmo assim levava Anne para casa todos os dias. Quando Daniel contou a ela, imediatamente pensou que fosse mentira da filha e não deu bola. Mais agora ela estava vendo com os próprios olhos e se sentiu mal ao constatar que uma adolescente que Anne acabou de conhecer estava fazendo mais pela filha que ela que era a mãe.

Jennifer resolveu caminhar mais longe. Quando percebeu que podia se perder daquela distancia, resolveu voltar. No caminho da volta após passar pela casa de Karen, jennifer percebeu que ali perto havia um carro que estava todo arrebentado contra uma árvore. O carro estava completamente destruído e perto dele havia uma mulher andando de um lado para o outro com um celular na mão. Nervosa, tentando talvez fazer uma ligação e pelo jeito não estava tendo sucesso. Era uma mulher bem bonita, com cabelos negros que iam até os ombros, pele bem clarinha e traços orientais. Ela usava um terno azul marinho, saia, e saltos altos do tipo executiva e seus cabelos estavam soltos e bagunçados.

- Você está bem? Precisa de ajuda?- Perguntou Jennifer, tentando ajudar a mulher.

- Oii, eu estava indo para o trabalho e passou um veado por mim. Tentei frear, mas os freios não funcionaram. Quando desviei dele, bati contra a arvore.

- Nossa, mais você precisa de ajuda? Está machucada?

- Meu celular tá sem sinal. Preciso urgente falar com meu marido, você teria um celular ai com você?

- Não, mas tenho um telefone em casa. Se você quiser usar, para falar com o seu marido ou chamar um guincho. Fique a vontade.

- Tudo bem, então vamos. - Disse olhando fixamente nos olhos de Jeniffer. Dando a chance dela de olhar bem para eles. Eles eram bem negros e puxados, ela não tinha simples traços orientais, ela parecia apenas ter esses traços e nada mais.

Durante um trecho do caminho, as duas andaram em silencio. A mulher contemplava o ambiente, como se fosse a primeira vez que ela via esse lugar, enquanto Jeniffer a observava atenta. Até que ela perguntou:

- Como se chama?

- Reiko, Reiko Tachibana, e você?

- Jennifer Smith. Estava indo para o trabalho, não é?

- Sim, antes de ser obrigada a jogar meu carro naquela árvore.

- Ok, mas você estava vindo dessa direção?

- Estava sim.

- Mora por aqui?

- Moro sim

- Não existem outras casas por aqui fora a minha, ou existem?

- Não, fora a minha casa não há mais nenhuma.

- Como assim? tem a minha casa.

- Moça, no final dessa estrada só a uma casa, e é a minha casa.

- Não, sou eu quem mora no final dessa estrada, afinal quem é você? A quanto tempo está aqui ?

- Eu moro naquela casa há 4 anos com meu marido e minhas duas filhas.

- Impossível, já faz 4 anos que aquela casa esta vazia.

- Não esta não, eu e minha família vivemos la há 4 anos.

- Quer saber, vou provar que comprei aquela casa. Eu tenho todos os documentos da compra, eu mostro para você.

- Ta bom, prove para mim que você comprou minha casa.

- Você vai ver. - Estavam quase no portão da propriedade, quando Jennifer olhou para onde estava Reiko e disse:

- Vou provar que essa casa é minha, e... - Jennifer não teve como terminar sua frase, por que não havia ninguém ali para escuta-la. Jennifer procurou por Reiko mas ela não estava em lugar algum da estrada. Ela resolveu voltar até o local do acidente, mais lá não havia nada, nenhum carro, nenhum troco de árvore quebrado. Era como se nada daquilo tivesse existido. Jennifer sabia que era impossivel, mas ela resolveu esquecer e voltar para casa. Mas o fato não ia se esquecer dela.

Garota Em ChamasWhere stories live. Discover now