Após terminar de arrumar as coisas em seu quarto, Anne resolveu deitar para tirar um cochilo rápido. Ela estava exausta por causa da viagem e tudo que mais queria era dormir um pouco. Ela se deitou devagar e fechou os olhos.
Então um barulho a despertou, barulho de alguma coisa caindo no chão, como uma mala. Ao olhar em volta viu que era mesmo uma mala que havia caído no chão perto do closet. Anne se levantou da cama lentamente e ao chegar mais perto do closet viu algo que se parecia com uma porta na parede do fundo do closet. Após guardar a mala no lugar, ela resolveu verificar a tal porta que ela não tinha visto quando guardou suas roupas. Ela tinha um aspecto de velha, quase destruida pelo tempo, e tinha cheiro de madeira queimada. Quando tentou abrir, pareceu estar emperrada mais acabou abrindo com um estrondo alto. A porta escondia um corredor escuro e chamuscado. Anne viu uma escada no fim do corredor que terminava em um lugar escuro demais para enxergar sem uma lanterna. Quando se virou para ir pegar o celular em cima da cama, ouviu um estrondo atrás dela como se o chão fosse se abrir, quando ela olhou na direção do barulho, ela a viu pela primeira vez.
Era uma pessoa da altura dela, com a pele toda queimada e sangrando. Pelos traços físicos como o quadril e os seios, Anne percebeu que a pessoa era uma mulher. A mulher estava subindo os degraus da escada indo na direção de Anne, que tentou gritar, mais não conseguia emitir um som se quer. A mulher ja havia terminado de subir os degraus e ja estava no corredor quando Anne conseguiu se virar para correr. A criatura esticou a mão na direção dela e depois apontou para a cama, e num piscar de olhos, Anne foi arremeçada em direção a sua cama, onde caiu deitada de barriga. Depois sentiu algo aguarrar seu corpo e vira lo de barriga para cima, depois seus braços e pernas foram puxados na direção das pontas da cama. Não conseguia move los, era como se estivesse com as mãos e os pés amarrados. A mulher saiu de dentro do guarda roupa, caminhou até a cama e então estalou os dedos e o quarto todo pegou fogo instantaneamente. Anne estava no meio desssas chamas, podia sentir elas consumindo seu corpo, podia sentir o cheiro da sua carne queimando. Tentou gritar mais não conseguia sequer falar, até que finalmente conseguiu pronunciar com muita dificuldade:
- Socorro!!! Socorro!!!
Foi quando o seu pai entrou no quarto rapidamente, como se as chamas não estivessem lá e a segurou pelos ombros e gritou:
- Filha acorde, acorde, e só um sonho, acorde!!!
E então Anne despertou, estava deitada em sua cama com seu pai ao lado, ele estava com uma expressão de pânico no rosto. Ela não estava amarrada como havia achado que estava, o corpo dela não estava pegando fogo e nem o quarto, estava tudo bem, nada havia acontecido. Ainda.
