Die like a prima donna

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-Mas vamos lá. Talvez o Aaron e o Erik ainda estejam lá e eu possa pedir-lhes um autógrafo e tirar uma selfie com eles! Eles são tão giros!
-EI! Eu estou aqui, ok?!-disse o Dean cheio de ciúmes. Ele era tão fofo irritado... Cheguei ao pé dele e dei-lhe um abraço. O Sam e o pai subiram as escadas e o Dean levou-me até ao Impala às costas. No carro, o Dean estava a cantar e a dançar no banco da frente ao som da música. Era querido ele não ter vergonha de ser um bocadinho estranho. O Sam ria-se e estava a ler um mapa e o pai estava à procura de mais pistas para o carro na internet. E eu... Bem, eu tinha adormecido no banco de trás com o telemóvel na mão.
-O que é que achas, Piper?-perguntou o Dean, sobre um assunto qualquer de que eles estavam a falar. Como eu estava a dormir não lhe respondi e então eles viraram-se todos para mim a dar risadas. Com isso, eu acordei.
-O que é?!
-Adormeceste.
-Isso sei eu. Estava cheia de sono...
O Dean sorriu e deu-me a mão, enquanto guiava com a outra. Chegámos a um teatro enorme, no meio de um descampado deserto, com o letreiro enferrujado e as lâmpadas rebentadas. Era um bocado assustador. Na bilheteira havia um cartaz com um palhaço e o Sam estremeceu.
-Olha para outro lado, Sam.-disse, pondo-lhe a mão no ombro. Ele sorriu e entrámos.
-Isto é enorme. Devíamos separar-nos.-disse o Dean. Ele deu-me a mão e disse: "Vamos juntos, ok?". Eu acenei que sim com a cabeça e separámo-nos do Sam e do Bobby, que foram os dois juntos. Entrámos na grande sala de espetáculos, que tinha um lustre de cristal enorme, ainda preso ao teto e cheio de teias de aranha. Os bancos de veludo estavam gastos e comidos pelas traças. As pinturas nas paredes estavam a descascar e a cair e as colunas em ouro estavam riscadas e já quase não brilhavam. Só o palco parecia intacto.
-Dean, isto é muito assustador...-disse, agarrando-me a ele. Ele abraçou-me e disse:
-Não te preocupes, está tudo bem. Eu estou aqui contigo.
De repente, comecei a ouvir uma voz de uma mulher, distante e sinistra a cantar. Começou a ficar mais frio então agarrei-me ao casaco de ganga e ao Dean com ainda mais força.
-Espíritos...-ele murmurou. De repente, levei uma pancada na cabeça e caí ao chão, inconsciente. Fui tentando abrir os olhos e mover-me, mas não consegui. Estava sentada nalgum lado e conseguia sentir cordas que me amarravam os pulsos e os tornozelos.
-DEAN! SAM! PAI!-gritei, quando finalmente abri os olhos. Tinha a cabeça a andar à roda. Estava num camarim gigante, cheio de espelhos e coisas de ouro, tudo digno de uma prima donna. E estava atada não a uma cadeira, mas ainda melhor que o trono do Crowley. Sim, eu também tinha problemas com ele. À minha frente estava um espírito de uma mulher cheia de raiva, que chorava. Tinha um lindo vestido comprido e o cabelo muito bem arranjado, como se estivesse pronta para uma ópera, mas tinha a garganta cortada e a gargantilha de diamantes cheia de sangue.
-Como te chamas?-disse ela, com uma voz fantasmagórica e irritada. Agarrou-me na cara e olhou-me de alto a baixo.
-Piper.-eu disse, à procura de sal nos bolsos. Eu não tinha nenhuma arma comigo. Ou ela me tirou tudo, ou caiu na pancada. Portanto, só tinha de fazer o que ela dizia até encontrar o Dean, o Sam ou o meu pai. Voltei a procurar o sal, mas nada.
-Andas à procura de sal? Caçadores, devia ter adivinhado. Querem todos a mesma coisa, matar-me. NÃO PERCEBEM QUE EU SOU FELIZ AQUI?
-TALVEZ NÃO!
-AI É?! ENTÃO, EU TENHO PLANOS PARA TI. Pareces tanto aquela idiota, que me ia tirar o lugar... Tentei matá-la, mas o namorado dela fez-me isto...-disse ela, apontando para a garganta.-A cara é parecida e tudo... Bonita, jovem... Só que tu és ainda mais insolente, porque és mais nova, porque és mais linda, não sei. Portanto, vamos arranjar-te uma morte digna de uma prima donna!
Estremeci. Ela estava mesmo a falar a sério. Ainda tinha o telemóvel comigo, mas nem pensar que eu ia pegar nele à frente daquela louca. Queria gritar o nome do Dean, que ele viesse para me salvar... Mas não ia acontecer. Ela não ia deixar.
-Levanta-te!-disse ela, num tom autoritário.
-NÃO POSSO, SUA IDJIT, NÃO VÊS QUE ME AMARRASTE?!
Ela franziu o sobrolho e começou a desatar-me do trono. Sentou-me num toucador e começou a pentear-me o cabelo. De cada escovada que ela dava, eu estremecia mais. Ela até era bastante delicada, mas metia medo. Calçou-me uns saltos altos azuis e depois empurrou um vestido magnífico para o meio do camarim.

 Calçou-me uns saltos altos azuis e depois empurrou um vestido magnífico para o meio do camarim

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-Vá, veste isso. Lembra-te miúda, vais morrer como uma prima donna.
-Isso querias tu, idjit.-disse, vestindo o vestido.

Dean's P.O.V.
-PIPER?! PIPER?!
Já andava à procura dela há imenso tempo e já lhe tinha ligado imensas vezes. Liguei ao Sam para ele me ajudar a encontrá-la.
-Sam?
-Sim Dean, o que é?
-A Piper desapareceu e eu não a encontro. Ela foi levada. As armas dela caíram todas e estão comigo mas o telemóvel não. Ela não atende sequer.
-O QUÊ?! Vou já para aí.-disse ele, com uma voz bastante preocupada. Uma preocupação que ele já nem tinha há muitos anos. Conseguia ouvir os passos do meu irmão a correr em direção a mim, muito rápido.
-Dean, vamos encontrá-la. E ai de alguém que se atreva a tocar-lhe.-ele disse, cheio de raiva e determinação.
Passava-se alguma coisa com ele. De repente, gritos ao longe.
-Pronta para morrer, lindinha?
-ISSO ERA O QUE TU QUERIAS, SUA RECALCADA!-gritou a Piper. A Piper apareceu no palco, com um vestido comprido e um espírito com uma faca apontada à garganta dela. Nós corremos até ao palco, mas uma rajada de vento fez o lustre cair e nós tivemos que nos afastar. As nossas lanternas caíram e o teatro ficou escuro. Ouvi alguém a rastejar e a Piper a gritar de dor, mas ela estava viva. Quando encontrei a lanterna e a apontei para o palco o Sam dissipou o espírito com um pé-de-cabra. A Piper caiu de joelhos e o Sam agarrou-a.

Piper's P.O.V.
-Piper, estás bem?
-Sam!-disse, dando-lhe um abraço.-Onde é que estão as minhas coisas?
-PIPER!-gritou o Dean.-Estava tão preocupado...
Ele beijou-me e deu-me as coisas que eu tinha quando fui caçar.
-Dean, eu...-comecei. Ele ficou um bocado assustado.-Vou livrar-me destes saltos altos.
Ele suspirou e disse:
-Juro que achava que ias acabar comigo.
-Vou é acabar com estes sapatos!-disse, atirando-os para trás do palco.
-Não davas para Cinderela, não.
-Pois não. Odeio estes sapatos. Quanto ao vestido... Até é giro. Vou voltar ao raio do camarim.
-Mas agora para Merida, isso já é outra história, kiddo.
-Ummm, nós ainda temos de matar aquele espírito.-lembrou o Sam.
-E eu sei onde ela morreu. Machado?
-Está aqui.
Achava que ela tinha sido enterrada no palco. Comecei a partir as tábuas de madeira e finalmente encontrei umas ossadas. Depois de deitarmos sal e queimarmos os ossos eu fui a correr para o camarim. Depois de ter a minha roupa de volta, dobrei o vestido e pensei: "É giro, vou levá-lo.". Voltámos para o carro e o Dean a gozar disse:
-Agora não adormeças, hein? Vamos a Hannibal.
Dei um pulo no banco e gritei de satisfação. Eles começaram a rir-se.
-Mas primeiro, vamos dizer ao Aaron e ao Erik que está tudo bem.
-Yaaaaay! Hoje é o meu dia de sorte!

___________________________Oi gente! Foi um bocado dramático desta vez, mas os Winchesters conseguem caçar tudo

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Oi gente! Foi um bocado dramático desta vez, mas os Winchesters conseguem caçar tudo... O que é que estão a achar da fic? Obrigada🙂e até logo!

The Singer KidWhere stories live. Discover now