What? AC/DC?

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-Bem, mas não há festa sem torta!-disse o Alfie.-Vamos ter de chamar alguém! A princesa?
-Sim, porque não?-disse, dando uma risada. Que criança mais adorável!

Dean's P.O.V.
A Piper estava ali a brincar com o miúdo e nem reparou que eu e o Sam e o Bobby estávamos a olhar para ela. Via-se que ela gostava mesmo de crianças.
-Ela daria uma boa mãe, não Sammy?-disse, até orgulhoso dela, a derreter-me com aquela visão.
-Daria mesmo.
-Olha, Piper! Está ali a torre!-o miúdo disse, a apontar para o Sam. Ela olhou para nós com uma cara preocupada, porque estávamos cheios de sangue mas o Sam riu-se e ela também.-Mas, todas as torres têm nome. Como é que esta torre se chama?
-Sam, Alfie, é o Sam.-ela apresentou. Depois, virou-se para nós e perguntou, preocupada:
-Ei, rapazes, vocês encontraram a mãe do Alfie?
-Sim, ela está ali.-eu disse, apontando para uma mulher loira, sentada numa mesa. Tinha um ar cansado e mexia obsessivamente no telemóvel.
-Mamã!-gritou o Alfie. Ele deu um abraço à Piper, que ela retribuiu e correu para a mãe, sentando-se ao pé dela. Ficámos a observar a cena ao longe, a sorrir. A mãe dele acenou-nós e voltou a conversar com o filho.

Piper's P.O.V.
Olhei para o lado e o rapaz da gabardina já não estava lá. Estranho, não tinha ouvido ninguém sair. Fiquei curiosa. Só me conseguia lembrar dos seus olhos azuis, daquela cara linda e ele estava a dar-me voltas à cabeça. Decidi não perguntar por ele ao Sam e ao Dean, o Dean podia ficar com ciúmes ou eles achariam estranho. Mas o facto é que eu não conseguia tirar aquele estranho da cabeça. Ele tinha alguma coisa de diferente...
-O que é que tinha raptado a mãe do Alfie?-perguntei, distraindo-me dos meus pensamentos. Continuava a olhar para todos os lados, mas o tipo da gabardina tinha desaparecido completamente.
-Um demónio.-disse o Dean, com desdém na voz. Não era só ele que não gostava de demónios.
-O que é que se passou com vocês?-perguntei, finalmente olhando para as feridas deles. Estavam cheios de sangue e as poucas pessoas no diner estavam a olhar para eles.-
Estão os dois em péssimo estado!
-Digamos que este demónio deu luta. Mas não te preocupes, kiddo.-disse o Dean, tentando reconfortar-me.
-Bem... Já se faz tarde, rapazes. Vamos para casa!-disse, batendo as palmas. O Dean fez uma cara desanimada.
-Já?-perguntou o Dean. Eu sabia como convencê-lo.
-Eu faço-te uma tarte. Que tal?
-Oooooh, ganhaste. Mas só porque eu te adoro.
-Eu também te adoro.-disse, dando-lhe a mão. Ele era tão querido. E eu tinha tanta sorte por ele ser meu. Ele deu-me um beijo na testa e levou-me até ao Impala. Estava frio lá fora, mas ele emprestou-me o casaco dele para eu o pôr por cima. Cheguei-me ao pé dele e encostei-me, deixando-me a ser hipnotizada pelos seus olhos verde-floresta. Ele era perfeito.
-Hoje vens à frente comigo no Impala.-ele disse.
-Porquê?
-Porque eu vou mostrar-te o que é ainda melhor que os The Clash.
-O quê, AC/DC?
-Também. Mas prometo-te que vais gostar.
-Ok.
Ele abriu-me a porta do carro e sentou-se ao meu lado, no lugar do condutor. O Dean pegou numa cassete, abanou-a e disse:
-Isto é do melhor.
A cassete tinha uma pequena etiqueta que dizia AC/DC, escrito com a caligrafia dele. Sorri e fiquei à espera. Ele tinha um monte de cassetes de rock clássico. A primeira música que deu era bastante conhecida, o Highway to Hell. Tenho de admitir que até gostei bastante.
-Bem, eu gostei imenso!
-Eu não disse?-ele perguntou, bastante feliz. Eu adorava vê-lo assim, sobretudo a sorrir. Ele ficava tão lindo... E depois aquilo que ele fazia, de não ter vergonha nenhuma de cantar e dançar, como se ninguém estivesse a ver. Era simplesmente adorável.
-Tinhas razão.-disse, com um sorriso que nunca chegaria a ser como o dele. Não sei porque é que o Dean me quis... Ele era tão perfeito e eu era...bem,...nada comparada a ele. Realmente não sei o que é que ele viu em mim. Encostei a cabeça no ombro dele e ele mexia em cada fio de cabelo ruivo que eu tinha, o que fez um pequeno sorriso nos meus lábios. Ele pôs uma madeixa do meu cabelo atrás da minha orelha e olhou para mim, com aqueles olhos que chegavam a ser intimidantes, mas dos quais eu não sentia medo. O seu cabelo loiro brilhava ao pôr-do-sol, fazendo-o parecer fios de ouro. Ele sorriu, um sorriso sincero, e selou os nossos lábios com um beijo. Ele agarrou-me a cintura e eu pus a minha mão na nuca dele.
-Ummm, olá?-disse o Sam. Ele e o meu pai olhavam para nós, espantados. Virámo-nos para trás, um bocado irritados por termos sido interrompidos.
-Ai, não podem ver nada, também, seus idjits?!-disse, revirando os olhos e cruzando os braços.
-Piper, é melhor deixares o teu namorado conduzir antes que ele bata com o seu baby contra uma árvore e assim nem há carro nem há beijo. O que é que te parece, hein, filha?
Mordi o lábio, um bocado envergonhada por o meu pai me estar a repreender à frente deles, como se eu fosse uma criança. Olhei para o Dean ao mesmo tempo que ele olhou para mim e só depois disso é que nos afastámos. Mesmo assim, continuámos de mão dada. O meu pai revirou os olhos por causa da minha teimosia, mas não disse nada.
-Acho que não vai dar para irmos para casa...-disse o Sam. E era verdade. A noite estava a cair e nunca iríamos chegar a tempo ao Bunker. Parámos num motel no meio da estrada e reservámos três quartos. Um para o Sam, outro para o pai e outro para mim e para o Dean. Estávamos a subir as escadas quando o Dean fez uma cara de dor.

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Hello... It's me! Antes de mais, queria agradecer-vos. Não achava que ia chegar a muitas visualizações, e é muito motivante saber que há leitores que gostam de a ler😊! Bjs❤️

The Singer KidΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα