Capítulo 23 - O retrato

155 37 13
                                    

   O abraço de Julia era tão reconfortante que Arthur não tinha a menor vontade de solta-la, seu nariz estava tão perto dos cabelos dela, que ele pôde sentir o perfume adocicado deles, não tinha nada que Arthur não gostasse em Julia, ele amava cada pedacinho daquela mulher. Os braços dele que estavam soltos a envolveram naquele abraço, ela parecia não se importar.
- Eu poderia beija-la agora mesmo, sei que você não me impediria, mas eu lembro o que eu te disse ontem. – Arthur sussurro tão perto do seu ouvido, que ela sentiu um tremor percorrer seu corpo por completo, esse era o efeito que ele causava nela.
- O que você disse?
- Você vai ter que me pedir, lembra? – Disse com um sorriso de divertimento.
- Idiota – Ela soltou-se dos braços dele um pouco brava – Entenda que o que a gente tinha acabou, Arthur.
- Tem certeza? – Perguntou com aquele sorriso ainda no rosto.
- Absoluta! Nunca vou te pedir tal coisa – Disse, brava com o divertimento de Arthur.
- Ok, acredito em você.
- O que? – Ela parecia não acredita que Arthur tinha concordado tão rápido com ela.
- Não era o que você queria ouvir? Satisfeita?
  Julia parecia hesitar um pouco.
- Sim – Disse depois.
- Ótimo, vou indo, então.
- Espere – Arthur parou e virou-se para ela. – Como está a Carly?
- Melhor, ela vai embora amanhã e em breve também tenho que ir.
- Porque?
- Tenho negócios da empresa a cuidar, Carly não pode fazer tudo sozinha, muitas coisas ainda precisam da minha assinatura.
- Tinha me esquecido que você era um empresário de sucesso – Disse com um sorriso debochado.
- Às vezes até eu esqueço disso – Ela olhou para ela durante um tempo, pensando em mais alguma coisa que pudesse prolongar o assunto.
- Quando você vai?
- Ainda não sei, mas vai ser em breve.
- Então, até mais. – Julia disse com um aceno e começou a voltar para casa.
- Não se preocupe, não vou demorar a voltar – Arthur disse com um sorriso no rosto.
- Idiota – Julia sussurro com um sorriso no rosto que Arthur não pôde ouvir.
  Ele tomou seu caminho de volta para casa.

   No outro dia, Carly foi cedo a casa de Arthur para se despedir, ele terminava de fazer panquecas para o café da manhã quando ela tocou a campainha, ela entrou e ele serviu panquecas com uma xicara de café com leite

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

   No outro dia, Carly foi cedo a casa de Arthur para se despedir, ele terminava de fazer panquecas para o café da manhã quando ela tocou a campainha, ela entrou e ele serviu panquecas com uma xicara de café com leite.
- Onde estão seus pais?
- Minha mãe foi ao supermercado e meu pai viajou para a capital para um congresso de alguma coisa que eu não lembro o que é. – Ele sentou e começou a comer das panquecas que havia feito.
- Vim me despedir.
- Fique sabendo que nesse curto espaço de tempo que vamos ficar sem se ver eu vou sentir sua falta.
- Acho bom mesmo, que amizade seria essa se você não sentisse minha falta?
  Os dois riram e continuaram a comer.
- Acho que volto daqui a uma semana para Nova York – Arthur disse depois que terminaram o café.
- Você vai contar ao Oliver nessa semana?
- Ainda não sei, fico nervoso só de pensar, tenho medo que ele se decepcione comigo.
- Acho difícil ele ficar decepcionado com você, pelo que eu te conheço, sei que você é maravilhoso como pai.
- Obrigado, Carly.
- E a Julia?
- Acho que ela não vai ceder, talvez, o Carter seja um homem melhor do que eu sou para ela.
- Sabe o que eu acho? – Carly disse ficando de pé.
- O que?
- Você desiste muito fácil.
- Julia é muito difícil de lidar, acho que vai ser melhor assim, podemos educar Oliver mesmo não estando juntos – Arthur se justificou um pouco frustrado.
- Julia sempre me desconversa quando eu pergunto, mas eu queria saber se você acha que ela ainda sente alguma coisa por você.
- Julia sabe esconder os sentimentos melhor do que eu, posso dizer que ela é imprevisível.
- Vocês são muito estranhos – Carly disse com uma risada.
- Infelizmente, tenho que concordar com você.
- Enfim, tenho que ir, minha mãe vai me deixar no aeroporto da capital, espero que te veja em breve em Nova York.
- Garanto que voltarei em breve.

Seu Coração Ainda é MeuWhere stories live. Discover now