Slytherin and Hufflepuff in detention

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Dan's POV:

O que poderia ser pior que lipar o campo de quadribol logo depois do natal? Limpar o campo de quadribol depois do natal com Phil.
Estavamos em detenção já faziam semanas e honestamente não entendo o que havia de tão errado com uma pequena brincadeira com magia. Mas obviamnete se Lester não fosse tão incompetente não teriamos nos metido nessa.
— Para de me encarar desse jeito — já eram cinco horas da tarde quando ele me acusou e eu não o estava encarando — não é como se você fosse inocente.
— Não disse que era, — rebati revirando os olhos — mas só fomos pegos porque você não sabe fazer magia.
Naquele momento levei um choque, Phil Lester começou a brigar comigo, ele não estava gritando, mas com certeza estava furioso. Começou a dizer o quanto eu era arrogante e prepotente, que eu o culpava por minhas atitudes imaturas e que eles apenas tentara ajudar. O rapaz-de-cabelos-escuros tinha o olhar penetrante fixo em mim e eu apenas tentava fazer qualquer outra coisa para não prestar atenção a suas palavras doloridas.
O silêncio pairou no ar depois que ele perdera o fôlego e parara de falar, eu fingi não me importar enquanto terminava de tirar o último monte de neve do chão de madeira das arquibancadas e ele saiu andando em direção as escadas.
— Onde você vai? — Protestei.
— Pegar as vassouras. — Phil apontou os aros alguns metros distantes e naquele momento entedi.

Phil flutuava alguns centímetros acima de mim enquanto eu me sentava no chão gelado.
— Eu não vou subir nesse negócio.
— Não é um negócio, é uma vassoura e você já voou em uma dessas. — Phil é a pessoa mais irritante que eu já conheci na minha vida e por mais que eu dissesse não ele continuava insistindo.
— É, no primeiro ano — eu já havia perdido a paciência e começado a gritar — tipo seis anos atrás.
— Bom, estamos na detenção e eu não planejo lipar aquilo tudo sozinho, então cresce e sobe nessa vassoura.
De muito mau humor e com muita certeza de que alguma coisa ia dar terrivelmente errado, eu montei na vassoura e comecei a flutuar. Subi metro após metro vagarosamente para não cair e me aproximei centímetro após centímetro calmamente dos aros para não perder o controle.
Tirei do metal gelado a neve ainda mais fria e isso fez meu corpo tremer. A cada leve brisa que soprava meu cabelo, eu tinha certeza que ia cair e segurava a vassoura com a minha vida e tinha certeza que podia ouvir Phil rindo do outro lado do campo, mas não era engraçado.
Decidi que ira usar magia e que não ia me importar com as consequências, tirei a varinha das minhas vestes e a empunhei firmimente tentando para o tremor de minhas mão, pude ver de canto de olho minha, extremamente agradável, companhia de detenção se aproximar, "você não pode usar magia", eu tinha certeza que era isso que ele diria, então me virei para mada-lo calar a boca e naquele instate minha luva escorrecou e tive certeza de que iria cair e cai. Metro após metro, os mesmos que eu havia subido, agora eu estava caindo.
Acreditei por alguns segundos que a proxima coisa que iria ver era a enfermaria, mas antes colidir contra o solo, apenas alguns metros antes Phil me segurou. Ele era tudo que impedia meu corpo de encotrar o solo congelado, o que me segurava era nada mais que minha mão tremula de frio e a mão ainda mais tremula de Phil Lester.
Aos poucos sua vassoura foi baixando e eu pude sentir meus pés tocarem o campo e sem hesitar me soltei do rapaz, aterrisando desequilibradamente na neve.
Quando ambos pisavam em solo branco e instável, nosso olhos se encontraram e a situação toda caiu sobre meus ombros e, assim como a vassoura no chão ao meu lado, eu quebrei. Senti a vergonha subir em meu rosto e queima-lo sem piedade. "Que tipo de bruxo não sabe montar em uma vassoura?" era o meus pais e aquele bando de sonserinos nojentos diriam se estivessem ali, "você é uma vergonha!", mas não foi o que ele disse. Se aproximando em passos receosos, Phil perguntou se eu estava bem.
— Acho que estamos quites agora. — Depois de alguns segundos de silêncio eu sorri um sorriso idiota ao dizer.
Ele sorriu de volta um sorriso ainda mais idiota e concordou. Se aproximando mais alguns passos ele perguntou novamente se eu estava bem, enquanto caminhava em minha direção desviei meu olhar para neve reluzente e quando voltei a olha-lo estavamos próximos. Muito próximos. Então apenas saí correndo, ignorando a tarefa inacabada e torcendo ara que o rapaz-que-afinal-não-era-um-apanhador-tão-ruim não me seguisse.
Me lembro da última vez que andei pelos corredores daquela maneira, com medo dos olhares que não me olhavam. A culpa havia sido de Natália Belickov, na época ela se achava a nova Rita Skiter e se metia em tudo.
Havia algum tempo que Tyler se assumira pra escola e resolvi tomar coragem para fazer o mesmo. Acontece que a menina-que-vestia-amarelo começou a rodar a escola com copias feitas por um feitiço descaprichoso de uma foto na qual eu e meu melhor amigo estavamos conversado e a partir daí todos acreditaram que estavamos namorando.
Tyler me acalmou dizendo que a notícia se dizimaria logo, mas isso não mudou as coisas insanas e cabeludas que ouvíamos por aí. Tinha medo daqueles comentários e feitiços perigosos que "acidentalmente" voavam em nossa direção.
As pessoas ainda acreditam que somos um casal, mas ja não me importo mais. O que me importa agora é que acabei de sofrer um acidente ridículo em uma vassoura e quem me salvou foi a pessoa mais desastrada desse castelo e quando estavamos próximos tive certeza de sentir um impuso fugaz de toca-lo, então decidi que me esconderia do mundo até a NIEM'S.
Decidi ir ao corujal, devia estar vazio aquela hora do dia e a altura me fazia sentir distânte.

Phil's POV:

Demorei um segundo para processar o que havia acontecido, em um instante Dan tinha a varinha em mãos e no seguinte ele estava em queda livre em direção ao chão, mas quando tudo já havia se encaixado, ele não estava mais ali. Olhei para trás e ele corria em direção a saída, foi quando me deparei com a vassoura quebrada e em meio aos seus fragmentos havia um pedaço retorcido de madeira escura que não me demorei em pegar, era a varinha do Dan.
Tentei segui-lo mas ao chegar no meio do campo já o havia perdido de vista, decidi, então, que terminaria a limpeza e o encotraria no jantar.

A noite terminou de cair e eu estava no Grande Salão, varri o lugar com o olhar e não encotrei quem procurava. Caminhei em direção a mesa da Grifinória onde vi Tyler trocando olhares esporádicos com Troye, que estava na mesa da nossa casa.
— Tyler. — Ele olhou parecendo levemente assustado.
— Phil, oi.
— Você sabe onde Dan está? É que ele esquceu a varinha dele esta tarde depois que... — um flash de memória no qual eu e Dan estavamos tão próximos que respirávamos o mesmo ar veio na minha cabeça. — Não importa!
Howel já estava suficientememte furioso, então achei melhor não dizer nada sobre o assunto.
— Você pode devolver assim que o vir?
— Por que você não devolve? — Tyler soou curioso — O que aconteceu entre vocês? — Agora tinha certa malicia em sua voz.
— O que...? Não! Ele só... - senti o sangue subir em meu rosto e não tive duvidas que estava vermelho, então apenas coloquei a varinha sobre a mesa e fui me sentar ao lado de Troye.

Enquanto fazia minha refeição silencioso não pude deixar de pensar sobre o que Tyler quis dizer, sobre como Dan saiu correndo e sobre como meu coração subiu a garganta quando ele estava caindo.
Aquilo levou meus pensamentos a outro lugar, me fez pensar em meus pais, como ainda me amavam mesmo eu sendo bruxo e como eu ainda tinha medo de lhes dizer a verdade, como todas as vezes em que eles me perguntavam se havia alguma garota legal na escola eu apenas ria e mudava de assunto. Talez tivesse chegado a hora de dizer-lhes que nunca haveria uma garota.

Depois do jantar desci até a sala comunal da Lufa-Lufa e peguei um rolo de pergaminho que estava sobre minha cabeceira, levei algum tempo pra achar a pena e o tinteiro no meio dos meus livros e depois me sentei na cama. Apoei o papel sobre um caderno e comecei a escrever, mas as palavras certas não saiam. Comecava uma frase e algumas plavras depois mudava de idea e rabiscava tudo para fazer o mesmo de novo e de novo.
Quase um metro de pergaminho depois eu tinha terminado a carta, a coloquei em um envelope e atrás escrevi "Para Sr. e Sra. Lester" na mesma letra resurada de sempre.

O corujal era silencioso e gelado, meus passos indiscretos despertaram a atenção do rapaz debruçado na janela. Sozinho. Um momento de estranheza pairou no ar antes que eu pudéssemos nos reconhecer e ele pudesse se apressar em direção a porta.
— Dan — tentei segurar seu braço, mas ele desviou, como se eu fosse contagioso.
Amarrei minha mensagem em uma coruja e a deixei voar, depois me debrucei sobre a janela e fiquei ali, observando.
A noite estava cada vez mais fria, escura e solitária. O silêncio era absoluto exeto por eventuais piadas e pelo vento gelado até que ouvi alguns passos na escada e olhei pra o lado, tentando ver quem era. Por um momento pensei que pudesse ser Dan, talvez eu apenas esperava que fosse, mas era Louise, com uma pequena carta balancando na mão direita, ela sorriu simpática e eu sorri de volta. Ela parecia querer perguntar alguma coisa, mas não disse nada, então fui dormir, ou ao menos tentar.

A sala comunal estava deserta e o relógio dizia que estivera por aí fora do horário, mas não dei muita importância e caminhei até o quarto vagarosamente tentando não fazer barulho e deitei. Não coloquei meus pijamas, não entrei embaixo das combertas, apenas deitei e assim a noite passou e assim eu não dormi.

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