Capítulo 45 - The Real Peace

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Lauren POV.


Reviro as pilhas e pilhas de papéis espalhada pelo chão do quarto, pela primeira vez eu trouxe trabalho para casa algo que não agradou Camila. Mas eu não podia correr o risco de casos ficarem não solucionáveis e Vero me matar.

E eu vou me atrasar.

— Dinah! — grito loucamente.

Onde estão? Corro para o topo da escada e quase me penduro no corrimão.

— Dinah!

Ouço o familiar som de colher de pau batendo numa tigela, e Dinah aparece na beira da escada, no andar de baixo, os cabelos presos no alto da cabeça. Ela olha para mim com cara de tédio.

— As chaves! Viu as chaves do meu carro? — bufo para ela.

— Estão onde você deixou ontem à noite. — Dinah revira os olhos e sai andando de volta para a cozinha.

Saio correndo de volta para o quarto e encontro as chaves debaixo de uma pilha de papéis.

— Estavam se escondendo de novo — digo para mim mesma, pegando meu cinto bege, os sapatos de salto e meu laptop. Desço os degraus pulando de dois em dois e encontro Dinah assaltando minha geladeira.

— Desde quando a Lauren certinha perde as chaves do carro? — ela reclama.

Pego meu telefone em cima da mesa e roubo um sanduíche que Dinah comeria.

— Não posso ser brilhante em tudo.

— Ei, eu ia comer isso! Agora saia daqui! — ela bate na minha mão com a colher. Beijei a sua bochecha e saí correndo.


Eu estava atrasada.

Dirigi um tanto rápido até o trabalho. Tomando cuidando com os sinais vermelhos.

Camila havia saído bem cedo para o seu plantão, o que me deixou um pouco chateada ao acordar sem ela ao meu lado. Mas ossos do ofício, eu entendo.

Nesta manhã eu teria uma reunião para discutir coisas sobre o departamento. Saio do carro assim que estaciono, com o cinto ainda em mãos, passo-o pelo meu vestido lápis azul-marinho. Ajeito minha postura e entro na delegacia.

— Bom dia Sra. Jauregui. — Vero disse assim que me viu. — Achei que não viria hoje.

— Bom dia, Vero. Se eu não viesse aposto que mandaria uma viatura me buscar. — ela sorriu, era bem verdade.


Agito meus longos cabelos escuros por alguns segundos, jogando-os de um lado para o outro, mas desisto e prendo-os com alguns grampos. Eu me sentia estranhamente normal, acordando atrasada, vindo ao trabalho; olho para o relógio. Oito e quarenta. Tudo bem, estou dez minutos atrasada, é melhor do que eu pensava.

Acho que não vai ser tão difícil me tornar "normal".

— Onde estão todos? — digo caminhando para minha sala. Sentando em minha confortável cadeira, abro o notebook esperando alguns segundos até ele ligar. Tenho que responder uns e-mail antes de reunião que está marcada para o meio-dia.

— No andar de cima, hoje é dia de café da manhã no segundo andar.

— Claro.

Vero volta para sua mesa, e abro os e-mails, passando os olhos para apagar ou responder se for necessário.

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