Capítulo 36 - Darkness

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Lauren POV.


Noite passada eu finalmente expus o que sentia, eu a amava e não podia mais guardar para mim. Tinha um enorme receio de tudo sair do controle e morrer sem dizer. Eu sabia que Cassandra estava tramando pelas nossas costas, ela não desistiria e eu a enfrentei duas vezes, ela não permitiria falhar uma terceira. Seu orgulho um dia a mataria.

Eu sou forte, daria conta de um exército se precisasse. Tempos atrás eu não temia nada, porém algo mudou com a chegada de Camila, ela é minha maior força e minha maior fraqueza; por quê? Porque eu me importo, e temo usarem isso contra mim.

— Lauren estou falando com você. — Dinah estralou os dedos na minha frente. — Vai ficar secando a doutora por quanto tempo? — sorriu de canto.

— Eu não estava a secando, céus Dinah.

— Então por que tem baba no seu queixo? — falou me tocando, afastei sua mão rapidamente. — Camila é tão irresistível assim?

Suspirei fundo, hoje eu estava acompanhando um caso e infelizmente o bandido foi baleado e eu estava com ele no hospital. Eu devia estar com os olhos nele caso ele pense em escapar, mas Camila andando pelos corredores com aquele jaleco branco, saia acima dos joelhos e com um salto agulha não estava ajudando.

— Apenas mantendo meus olhos abertos Dinah.

— Camila não precisa de uma babá, aliás, Megan está sentindo falta dela, leve-a para vê-la depois. — falou trocando o soro do paciente ao meu lado.

— Aquele idiota ainda trabalha aqui? — falei olhando ao redor.

— Tem muitos idiotas aqui, seja específica. — falou.

— Lawrence. — ela parou o que estava fazendo e riu.

— Por quê? Ciúmes? Talvez ele esteja transando com Camila na sala de descanso. — brincou e permaneci séria.

— Não teve graça. — falei indo atrás de Camila, havia a perdido de vista.

Eu odiava hospitais, o cheiro de detergente e sangue eram insuportáveis e os lamentos dos pacientes eram os piores possíveis. Entrei na sala com seu nome na porta, ela estava de lado próxima a janela. Suas feições perfeitas, sua pele morena e delicada. Eu nunca havia visto feições tão perfeitamente esculpidas.

Era surreal, como observar uma escultura, e ia muito além disso. Ela tinha um ar, uma energia que exalava. Uma grande sensação de paz.

Ela olhava a paisagem do lado de fora da janela, sua expressão era intrigante. Em suas mãos um papel levemente amassado.

— Porque eu? — ela falou. — Porque Trevor me mordeu?

— Ele era um bastardo, por que está pensando nisso junto agora? Estamos bem, não estamos? — falei me pondo atrás dela. Ela ergueu o papel. — O que é isso?

— Eu não sei, cheguei e estava na minha mesa, com isso. — ergueu a outra mão que eu ainda não tinha visto e me mostrou um punhal. As coisas estavam voltando ao caos, o perigo estava perto novamente.

— Ela propôs um duelo. — falei engolindo em seco.

— Ela pode fazer isso, contra mim? — Camila exclamou.

— Qualquer pessoa, do clã aliado ou não, pode propor um duelo justo contra o líder. Quem perder, perde toda a autoridade. É visto como fraco e na melhor das hipóteses é banido.

— Acha que posso vencer? — falou olhando-me, seus olhos estavam escuros, determinados.

— Você não vai lutar com Cassandra. É muito perigoso!

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