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Louis William Tomlinson


  Um gemido involuntário escapou dentre meus lábios assim que Harry apertou minha cintura com uma certa força, juntando ainda mais nossos corpos enquanto nossas línguas dançavam em uma sincronia simplesmente perfeita. Ah, esse momento bem que poderia durar pra sempre, mas infelizmente não durou. Pra ser sincero, acabou bem mais rápido do que eu esperava e gostaria.

As mãos do Harry, que antes estavam me fazendo rebolar lentamente sobre seu colo, agora estavam sobre meu peito a me afastar do seu corpo, ocasionalmente interrompendo o beijo de alguns segundos atrás. Uma expressão confusa se forma em meu rosto quando ele fecha os olhos, inclina a cabeça pra baixo e murmura um "Nós precisamos conversar".

Definitivamente, essas eram as últimas palavras que eu esperava escutar do Harry agora. Conversa nenhuma pode ser boa quando se incia com essas três palavrinhas, principalmente quando se está sentado no colo de alguém totalmente entregue a ele. É, acho que um relacionamento não tem como funcionar é continuar se apenas um está totalmente entregue.

- Não precisamos conversar, pois já ficou mais do que óbvio que você não quer isso. Pelo menos não comigo. - digo, e minha voz acabou soando mais baixa do que esperava. Ótimo, já não bastava eu está me sentindo ridiculamente frustrado, agora estou me sentindo um grande idiota.

Me levanto do seu colo, viro de costas e passo ambas as mãos entre os fios ligeiramente embaraçados do meu cabelo, jogando os mesmos pra trás. Sinto meus olhos arderem conforme minha visão fica cada vez mais embaçada. Deus, como eu posso ser tão patético?

- De verdade, está tudo bem, Hazzy. Eu vou pra minha casa e nós podemos fingir que nada disso aconteceu. Que a gente nunca aconteceu. Eu já fui muito magoado no passado, e de forma alguma vou me permitir sofrer novamente por...

- Não é nada disso, Louis. - Harry me interrompe, sua voz permanecia baixa, porém firme. - Você não têm noção do quanto é difícil pra mim te ver todos os dias, vestindo suas saias maravilhosas e as vezes perigosamente curtas, e não te puxar pra um canto qualquer e fazer tudo o que quis fazer desde a primeira vez que eu te vi. Ah, e eu já imaginei tantas coisas. - ele sussurra a última frase. Eu pude ver um pequeno sorriso se formar em seus lábios avermelhados quando me viro novamente em sua direção. Um sorriso que durou apenas um segundo, e que logo deu espaço pra uma expressão mais séria.

- Então qual é o problema, Harry? Já faz um bom tempo que estamos juntos e, pelo menos até onde eu sei, nada te impede de fazer isso.

- Eu te amo, e é por isso que eu quero ser totalmente sincero com você. - ele diz assim que dá alguns passos em minha direção. - A alguns anos atrás, bem menos do que eu gostaria, eu tinha uma namorada e eu era completamente apaixonado por ela; mas nosso relacionamento chegou ao fim depois que eu a peguei na nossa cama com outro cara. Mas isso não importa. O que eu quero dizer é que ela está em Holmes Chapel e veio até aqui falar comigo hoje mais cedo. A Taylor tem está com idéia idiota de que eu... Bom, de que nós voltaremos a ficar juntos.

- Eu poderia te perguntar se você ainda sente alguma coisa por ela, mas acho que isso ficou mais do que óbvio. Aliás, por que diabos você estaria me contando tudo isso sobre sua ex se não sentisse? Não faria o menor sentindo. - falei ao balançar minha cabeça em um sinal de negação.

Eu gostaria que o Harry falasse que nada do que eu havia dito é verdade, que ela é apenas uma memória ruim do passado que ele quer esquecer, mas infelizmente ele não falou. A única coisa que ele fez foi colocar ambas as mãos em meu rosto e sussurra um "É você que eu amo". Não era isso o que eu queria ouvir. Não agora.

- Você está confuso. - afirmo, colocando minhas mãos sobre as suas e as acariciando suavemente. - Agora eu vou pra casa...

- Por favor, Louis. - Harry pede entre soluços, mas nem mesmo ele sabia exatamente pelo que estava pedindo.

"Idiota, idiota e idiota.", era isso o que eu queria gritar pro Harry, tão alto que qualquer que passasse por ali puderia me ouvir, mas não foi o que eu fiz. Por que? Porque eu também sou um idiota. Respirei profundamente e permiti que um singelo sorriso se formasse em meus lábios.

- Parabéns mais uma vez pela qualificação que você com toda certeza mereceu, Hazz. Agora eu preciso realmente ir pra casa, e você precisa pensar no que realmente quer pra sua vida. E se for possível, colocar seus sentimentos em ordem. - sinto seu polegar passar lentamente pela minha bochecha, limpando algumas lágrimas que rolavam pela mesma. - Me liga, boxeador. Mas somente quando não estiver mais confuso. - sussuro, segundos antes de me afastar e sair da academia, o deixando sozinho.

Boxers & Panties | l.s ~ Tradução Onde as histórias ganham vida. Descobre agora