Boxers & Panties | l.s ~ Tradução

❁〟0.1 〟❁

Harry Edward Styles

Gancho de esquerda!

Gancho de direita!

Para e respira!

- Estou vendo que você está mais do que pronto pra hoje. Ótimo! - disse Zayn, meu treinador e melhor amigo, ao se aproximar do ringue, me tirando do pequeno devaneio em que eu havia entrado, o que vem se tornando cada vez mais freqüente.

Respiro profundamente na tentativa de acalmar meu coração que estava um tanto acelerado, segundos antes de pegar a garrafa de água que Zayn estendia em minha direção enquanto olhava pra prancheta em uma de suas mãos, lendo algumas anotações que o mesmo havia feito.

- Você tem uma entrevista e uma sessão de fotos marcadas pro final desta semana e, por favor, lembre-se de não se cansar demais, Harry. Ultimamente você está passando muito mais tempo do quê o necessário treinando.

- Eu só preciso ocupar minha mente com alguma coisa, Zayn, mas não precisa se preocupar. - digo ao passar uma pequena toalha pela minha nuca ao olhar pro moreno, que permanecia com o olhar fixo na prancheta.

- Olá, querido. - Liam diz assim que se aproxima, antes de envolver seus braços em volta da cintura do namorado, logo depositando um beijo demorado em seu pescoço. - Tudo bem, amor?

- Hum, bem melhor agora. - Zayn sussurra ao se virar de frente pra Liam e passar seus braços por volta do pescoço do maior.

- Oh, casal, vocês poderiam ser menos melosos, sabia? Deixa pelo menos eu sair antes de começarem a se pegar. - digo com um tom divertido na voz.

Pra ser sincero, eu tenho uma pontinha de inveja do relacionamento do Liam e do Zayn, já que ambos tem um ao outro e se amam de verdade. Fico me perguntando se algo tão bom assim vai acontecer comigo. Bom, quem sabe um dia, não é mesmo?

- Estou indo pro Starbucks, vocês vão querer algo ou...

- Dê um olá pro pequeno Tomlinson de saias por mim. - diz Zayn com um tom brincalhão na voz, me fazendo revirar os olhos e murmurar um "Cala a boca" antes de sair de lá.

Jogo minhas coisas no banco de trás do meu carro, rapidamente vou pro banco do motorista e faço o meu caminho para o Starbucks, querendo chegar o mais rápido possível, o que não demorou mais do que alguns minutos. Andar até o Starbucks se tornou a minha parte favorita do dia.

Tornou-se um ritual.

Uma obrigação.

Por que eu dirijo por trinta minutos até o Starbucks, depois de treinar por horas e mais horas, ao invés de ir pra minha casa e descansar? Simples! É por causa de um belo atendente de olhos azuis que vem ocupando boa parte dos meus pensamentos. Louis William Tomlinson.

Ah, já falei que ele veste saias, meias coloridas e usa belas coroas de flores? Não? Bem, isso só o torna ainda mais bonito e especial na minha opinião.

- Senhor Styles?

- Hã? - balanço minha cabeça algumas vezes ao sair dentre os milhares de pensamentos que rondavam minha cabeça quando sinto alguém cutucar meu ombro.

Desvio meu olhar de um dos vários jarros de flores que ajudavam a enfeitar o local e vejo Louis a minha frente, com uma pequeno caderno e caneta em mãos e um largo sorriso nos lábios.

- O senhor vai querer o de sempre? - Louis pergunta com o mesmo tom calmo e simpático de todos os dias. - Estamos com um cardápio novo, caso queira dá uma olhada antes de fazer seu pedido.

Hoje ele ainda mais bonito que nos dias anteriores. Louis está vestindo um largo suéter rosa bebê que cobre parte de suas coxas e das palmas de suas mãos, uma meia branca e uma coroa de flores colorida. Simplesmente adorável.

Pisco uma ou duas vezes quando mais uma vez sou tirado dentre meus pensando com dedos estalando na frente do meu rosto, e Louis está rindo. Ah, melhor som do mundo.

- Ah, me desculpa, eu... Sim, Louis, eu gostaria de pedir o de sempre.

- Tudo bem, senhor Styles. Bom, fique a vontade pra escolher uma mesa de sua preferência e logo trago seu pedido.

- Obrigado. - digo quase em um sussurro, segundos antes do menor se virar e andar em direção ao balcão.

"Definitivamente, Styles, você é um completo idiota.", digo pra mim mesmo assim que me sento em uma das quatro cadeira de uma mesa qualquer do estabelecimento, logo colocando ambas as mãos sobre minha cabeça e olhando estaticamente pro pequeno cardápio a minha frente.

Por que é tão difícil chamá-lo pra sair? Tudo o que eu deveria fazer é pronunciar cinco palavrinhas e rezar pra ser uma resposta positiva, mas sempre que o vejo tão próximo a mim, simplesmente travo e começo a agir como um total idiota. No fim das contas, acho que nunca terei a oportunidade de ter um encontro com o Louis fora desse Starbucks.