Os Segredos Dos King

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—bem, entendo, mas... do que a sua irmã gosta mesmo?

—você não desiste não é mesmo?

—não.

—deu pra perceber no jantar de noivado do Henry, você é escandalosa demais Charlotte.

—isso também não é da sua conta, vai falar ou não?

Fico magoada quando falam isso pra mim, eu sei que sou escandalosa e atrevida e uma respondona, mas isso está no meu sangue, já tentei me mudar diversas vezes mas nunca consigo, é algo que eu tento controlar mas é um pouquinho maior que eu.

—você não precisa ser mal educada comigo Charlotte.

Coro, desvio o olhar e fecho os punhos, recuo um passo e começo a me afastar.

—obrigado pela sua ajuda senhor King.

Acho que não poderei contar com Dominic pra nada em relação ao meu plano de arrumar uma esposa pro Nando, talvez eu tenha me equivocado em relação a Lucinda, vou falar com o Antônio, ainda que a ideia inicial tenha sido ótima pelo visto não vai dar certo.

—hei, espere!

Dominic chama mas não paro, francamente estou magoada em ouvir isso de mais uma pessoa, eu cresci sendo cercada por muitas pessoas que me amam e me aceitam, mas nem sempre isso foi ou é sinônimo de que minha família não me repreende pelo meu jeito, mamãe já me mandou—e me manda—muitas vezes pro castigo por conta do meu jeito assim como papai, depois que eu cresci diminuí mais esse meu lado mas nunca deixei de ser a garota linguaruda, assim como mamãe me chama "oncinha".

Passo por algumas árvores, acho frustrante quando não consigo fazer algo que quero, mas é bem mais frustrante ouvir alguém falando um defeito seu no qual você é ciente dele e não consegue mudar, odeio quando me chamam de escandalosa por que sou escandalosa e isso toca umas feridas que ainda agora estão mais abertas e afloradas.

—Charlotte eu estou falando com você!

E Dominic me segura pelo braço e me puxa, a escorrego na relva por que o contraste do bosque é de uma descida, e logo em seguida arfo basicamente caindo pra frente, o solavanco faz com que perdamos o equilíbrio e caímos na descida por entre as árvores, escorrego e caio rolando no chão assim como Dominic King, me sinto tonta quando meu corpo para.

—Deus!

Chama por Deus seu idiota... derruba as pessoas e depois fica chamando por Deus!

Abro os olhos e a íris azul de Dominic me fita, ele está bastante preocupado, tem um certo horror em seu semblante, sua camisa está coberta de relva e nos cabelos loiros algumas folhas secas, ele me puxa com facilidade e consigo ficar de pé ainda zonza.

—como você é esperto.

—não medi a força, você é muito leve.

—claro... claro!

—me desculpe Charlotte, poxa.

Sacudo a minha blusa e os meus cabelos, Dominic segura as barras do meu moleton e sacode tirando as folhas e lodo que pregaram na minha roupa, não sei por que ele tem cara de ser tão... cuidadoso.

—sua camisa precisa ser trocada, vem, deve ter alguma do Nando ou do Antônio pra te emprestar.

—me desculpe mesmo Charlotte.

—fica de boa.

Começo a me afastar, Dominic me segura pela mão e me puxa pra perto, eu o encaro confusa.

—você gosta de me puxar né?

—você quer mesmo unir nossos irmãos?

Franzo a testa bem espantada.

—bem... o meu irmão precisa de uma esposa.

—minha irmã rompeu com o namorado dela recentemente, ela está muito machucada, não sei se está pronta pra um relacionamento mais profundo.

—sério? foi o mesmo com o Nando...

—não é a mesma coisa.

—não?

—não!

Agora ele está totalmente sério.

—por que não?

—ele talvez não aceite ela.

—por que não?

Eu pareço uma retardada repetindo as mesmas perguntas mas começo a ficar com medo e nervosa quanto a esse assunto.

—não pode ser tão grave assim Dominic.

—acontece que a Lucinda está grávida Charlotte, e esse é o problema.




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Lottie  - DEGUSTAÇÃOOù les histoires vivent. Découvrez maintenant