eight

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Jack Johnson

Estávamos apenas eu e Nash em casa, os outros tinham saído, cada um para algum compromisso. Estava mostrando a ele minha idéia para um novo som, por volta das 5 da manhã, quando meu telefone toca. O ignoro na primeira vez, finalmente o pegando quando toca novamente. Leio "Sk8" na tela.

– Fala rápido mano.

– Jack? - Me preocupo no momento em que sua voz soa. É a voz de uma garota. É possível sentir o desespero em sua voz. Ela fala apressada, fala baixo, e da para notar que está chorando. Algo ruim aconteceu. - É Thea. -

– Thea? - A garota que conheci na praia. - O que está acontecendo? -

– Está ocupado? - Ela está com vergonha. Não consigo descrever o que senti quando vi essa garota. Ela é diferente de tudo que já vi. Tão bonita.

– Não, pode falar. -

– Eu - Ela parece envergonhada. - Me desculpe, eu sei que não devia estar ligando, mas não sei mais com quem falar. - Ela soluça enquanto fala, dificultando que eu a entenda. - Eu deveria estar indo para a casa de meu irmão, mas eu não consigo achar um taxi e eu não sei onde fica e daí eu vi teu numero, eu não sei mais pra quem ligar e - Ela fala tudo muito rápido e está desesperada. .

– Thea, se acalma. - Falo calmamente. - Respira fundo e começa de novo. Estou te ouvindo. - Consigo ouvi-la respirando, tentando se acalmar.

– Meu pai - Ela começa. Mais devagar, mas ainda chorando. - Ele surtou. Nate, ele chegou a tempo. - Ela falava gaguejando, pausadamente, tentando se acalmar. - Se não fosse ele meu pai teria - E ai desaba novamente, chorando fortemente.

– T. Calma, meu amor. Onde você está? Por que tem o celular do Nate? - Pergunto a ela, minha voz soa baixa e calma. Só então me dou conta que o Nathan que ela me disse na praia era o mesmo Nathan com quem eu dividia o apartamento. Como não tinha percebido a semelhança? Ele era seu irmão.

– Eu não sei. Sai correndo de casa, não consigo encontrar Nathan. Ele me disse para ir pra casa, mas eu não sei onde fica e eu - Ela pausa em meio aos soluços. - Eu estou com medo Jack. -

– Tudo bem. Não precisa ter medo. Só me ajude a te encontrar e eu vou aí te buscar. Pode fazer isso? -

Ela chorava muito, e foi difícil saber onde estava, mas consegui a localizar algumas quadras longe de minha casa. Sem nem ao menos avisar Nash, peguei as chaves do meu carro e fui o mais rápido que pude a seu encontro.

Estacionei o carro ao lado da calçada. Uma menina estava sentada ao chão, encolhida, abraçando os próprios joelhos e com a cabeça enterrada sobre eles. Ela não usava camiseta, e seus longos cabelos pretos estavam embaraçados. Desci do carro e fui até ela, que não percebeu minha presença até que me agachei ao seu lado e a toquei. Ela levantou sua cabeça aterrorizada, mas logo relaxou quando me viu. Seu corpo todo tremia, tanto de frio quanto pela adrenalina. Ela se jogou em meus braços em busca de abrigo, e a envolvi num abraço. Sua pele estava fria como gelo, e seu queixo chegava a bater. Tirei meu casaco e coloquei sobre seus ombros, a ajudando a levantar.

– Vamos T, você está segura agora. Nada vai te machucar.

do better + jack johnsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora