thirty-five

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Jack Gilinsky

(from the beginning)

– Jack, o que está fazendo? - Seus olhos claros me olham em dúvida, enquanto seus lábios praticamente tocam os meus.

Não digo nada. Sou um mistério para Althea, e é exatamente aí que se encontra toda a graça. Gostaria de manter tudo dessa maneira.

A olho nos olhos, quase sem piscar. Tinha certeza que a deixaria envergonhada. Ela sempre se tornava tímida perto de mim. Puxo sua cintura para mim, para amenizar o baque e também porque a queria sentir, quando a empurro com brutalidade no muro, e observo seu delicado rosto ruborizado quando abaixa a cabeça

– O que foi? Está com vergonha? - A olho nos olhos inocentemente, a provocando com ironia.

– Só... Só me deixe ir. - Consigo sentir seu nervosismo, o que só me faz divertir mais. - Por favor, Jack. -

Como pode ser tão inocente, tão doce? Quase a deixo ir, mas o que fez noite passada não vai passar em branco. Rio contra seu pescoço, uma risada sincera. Como essa garota consegue ser tão gostosa?

– Ah, Thea... - Agarro sua cintura com força, sentindo seu corpo inteiro levemente tremer. Ela continua encarando seus pés, o que me irrita um pouco. Passo a mão em seu rosto e seguro seu queixo, a fazendo me olhar. - Na hora de se contorcer toda em minha cama, - Provoco, acariciando-a de leve. - Ou de gritar em prazer, - Ela não consegue me encarar, como ja imaginava. Seus olhos se fecham, da maneira que imaginei. - Ou ainda de gozar contra meu toque, você não teve vergonha. -

Sorrio, vitorioso ao ver sua reação. É claro que tenho controle sobre ela, ela me deseja e vem me mostrando isso desde o dia em que a vi pela primeira vez. Só não consigo entender porque deu para trás na hora que eu a desejava também.

Ela se contorce contra meus braços, passando seu corpo contra o meu numa tentativa falha de escapar da tortura. Droga, talvez eu a deseje o tempo todo.

– Eu... Eu... - Ela tem dificuldade com as palavras, mais uma vez ruborizando.

– Você o quê? - A pressiono mais, querendo passar a ela o efeito que causa em mim. Estava duro graças a essa puta garota, e ela me devia uma.

– Só me deixe ir. - Pela primeira vez me olha nos olhos, e parece que vai chorar. - Eu imploro. -

Ela sussurra e então, do nada, começa a de debater contra mim. Não queria a machucar, mas consigo ser bastante temperamental, e me irritar de tal maneira não é, jamais, uma boa ideia. Essa garota deveria saber com quem está lidando.

– Jack, me deixe ir. Não quero nada contigo. - Ela grita, se mostrando autoritária. Arqueio uma das sobrancelhas para ela, surpreso que a garota tenha voz. - Saia! - Seu grito arde em meus tímpanos, mas ainda sim soa ridiculamente infantil, me fazendo rir.

– Não foi o que me disse ontem. - Sarcasmo, só para irrita-la ainda mais. - Na verdade, implorou pelo contrário, se lembra? - Provoco.

– Por favor. - Ela sussurra. Seus olhos se fecham e lagrimas começam a escorrer. Não há nada que me irrite mais que essa brincadeira que garotas costumam fazer. Tudo é resolvido com choro, sempre. Não caio mais nessa birra ridícula.

Já passei por tantos "baixos" com garotas, tanto caos que já nem tento mais me importar. Dizem que os homens "são todos iguais", mas acho que seria mais certo dizer isso sobre as mulheres. Sempre tão ingratas, impuras e manhosas. Sempre seduzindo, transmitindo confiança, para no final trair tudo o que tínhamos. Não. Não mais, não comigo.

A aperto contra o muro atrás de nós, pronto para tomar uma providência. Eu sei a vadia que essa garota é por fundo de sua superfície. Ela me provou na noite passada. Minhas mãos estão contra seu belo corpo, sentindo suas curvas, do mesmo jeito que estivemos em meu quarto. A única diferença é que, agora, eu sou o único interessado.

do better + jack johnsonOnde as histórias ganham vida. Descobre agora