Especial Melaine (67° Dia.)

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6 de outubro de 2035, Nova Iorque.

Continuo a suar imenso. Dói-me imenso os seios e as feridas causadas pelo Josh estão infectadas. Viro-me de segundo a segundo na cama.

Que poderei eu fazer para acabar esta dor?! Levantei-me, andando devagar. Quando ando a dor diminui um pouco. Procuro algo para que possa acabar com isto.

Começo a retirar as gavetas de uma cômoda pequena. Uma garrafa de uísque. Vai ter que servir. Abri a garrafa e despejei o seu conteúdo sobre os meus seios que ardiam imenso. Dói mais do que quando foi feito a ferida. Andei de um lado para o outro, devagar tentando assim que parasse de arder as feridas nos seios.

Quando finalmente estagnou, deitei-me na cama. A minha barriga emite sons a todo o momento avisando-me incansavelmente que estou com imensa fome. Ouço uma porta a bater lá fora e logo depois a voz de Josh soou no ar.

- Não quero saber como vais fazer! Tens de o matar!

- Achas?! Ela ainda está viva! Sai mesmo ao psicopata do pai, mas eu vou dar um jeito de acabar com ela também.

Contraio-me na cama. O meu pai é um psicopata?! Josh deixou de falar e a porta do quarto abriu-se logo depois de ser destrancada. O homem entrou com a cara fechada e parecia chateado, como sempre.

"Porque estás a chorar?" - Nego, limpando o rosto. Ele suspira e senta-se ao meu lado. "Se o teu pai e a tua mãe simplesmente enviassem todo o dinheiro para mim, o teu sofrimento acabava."

"Deixa-me ligar para ela." - Sento-me na cama. O seu olhar percorreu todo o meu corpo e assentiu. O seu telemóvel foi-me entregue.

Marquei o número e liguei.

- Sim?!

- Mãe! - Desatei a chorar. - Tenho tantas saudades suas!

- Filha, onde estás? Estás bem? O que esse monstro te fez?! Diz-me onde estás!

- Não estou bem.... Eu estou perto de... - Josh arrancou o telemóvel da minha mão.

"Ouça bem." - Suspirou. "Toda a sua fortuna e a do Joshua têm de estar na minha conta dentro de 1 hora e se estiver eu solto a sua filha, mas se não estiver a cada hora de demora eu vou cortar algo no corpo dela. Vou começar pelos dedos, depois pelos seios até não restar mais nada dela." - Ele esperou como se do outro lado lhe falassem. "Não vale a pena me ameaçares, Joshua! Olha que tenho a tua filha aqui mesmo e posso sempre..." - Ele não continuou. "Têm 1 hora e nem mais um minuto!" - O telemóvel foi desligado e ele olhou-me sorrindo.

"Seu monstro!" - Levanto-me, batendo-lhe. Ele apenas ri alto. "O que ganhas com tudo isto?!" - Sou atirada contra a parede, batendo com a cabeça. Limpo as lágrimas.

"Ganho dinheiro. Ainda não percebeste?! És mais burra do que eu pensava!" - Ri-se.

O candeeiro presente na mesa de cabeceira é agarrado por mim e atirado ao homem, dando-lhe no rosto.

Levanto-me depressa, ouvindo os seus gemidos. Saio do quarto procurando Max. Não poderei sair daqui sem ele. Quando olhei para o fim do local fiquei perplexa.

"Seu filho da puta!" - Grito, voltando para o quarto. Peguei no candeeiro de novo. Empurrei o homem para o chão. Dei com o candeeiro na sua cabeça. A sua mão foi até ao meu seio arranhando o mesmo. Grito e começo a dar-lhe socos na cara.

"Pára quieta!" - Ele coloca-se por cima de mim. "Tu és má mas acredito que o teu pai ensinava-te melhor." - Ri-se.

Agarro-lhe o mesmo mamilo do outro dia. O homem tenta empurrar a minha cabeça mas não largo. E quanto mais ele puxava mais gritava. Até que ele começou a gritar mais alto. Deixei o seu mamilo e ele levantou a sua blusa. Ele estava sem mamilo. Empurrei-o e fugi.

"Anda cá, cabra!" - Ouvia os passos apressados dele. Olhei para ele vendo que ainda estava longe.

Procurei as chaves do portão vendo que era com uma impressão digital. Merda!

"Pois é, meu amor, não vais conseguir sair sem este dedo aqui." - Levantou o dedo que supostamente é a tal impressão digital do portão. Ao meu lado estava um martelo e um serrote. Peguei no martelo, atirando ao homem. Não acertei. Ele pegou no martelo e atirou-me.

"Andas a praticar pouco." - Dei uns passos e agarrei no martelo. Corri até ao homem e ele até mim. Bati-lhe sempre com o martelo no braço. Vi o mesmo esvaziar-se em sangue e ainda assim Josh continuou batalhando comigo. Dou-lhe um pontapé entre as pernas. Rapidamente ele caiu no chão.

"Nunca falha." - Sorrio. Corri para o serrote e voltei para o pé do homem, que continuava de joelhos a gritar. Segurei o seu dedo.

"Pára!" - Comecei a corta-lo. "Sua...maluca!" - Grita. "Pára!" - Quando finalmente tive o dedo corri para a porta e coloquei a impressão digital. O portão abriu e à minha frente estavam dois homens enormes de armas na mão.

"Aonde pensas que vais?!" - Um dos homens diz. Dou uns passos atrás. Como me vou safar agora?!

O outro homem vestido de preto olhou para Josh, cujo o mesmo rastejava no chão, agarrado ao dedo. Os homens entreolharam-se.

"Vão ficar aí me olhando?! O que lhe fiz faço igual a vocês!" - Dei mais uns passos atrás enquanto os dois murmuravam algo. Arrastei o portão. Um deles colocou a mão para eu não fechar. Bati com o portão contra a parede e ao mesmo tempo fui esmagando a mão do segurança.

"Porra! John! John! Ajuda-me!" - Ouvia o homem a chorar enquanto não parava de esmagar a sua mão na parede. Quando parei abri o portão, vendo apenas um segurança e este olhava fixamente para a sua mão como se esta fosse cair a qualquer momento.

"O teu amigo fugiu?" - Rio-me.

"Não." - Olha-me. "Ele apenas quis distrair-te." - O outro voltou com a arma na mão. Tremia por todos os cantos. "Que estás à espera?! Dispara!"

No exato momento em que o gatilho da arma foi pressionado, senti uma forte dor na nuca.

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71 Days Of PainWhere stories live. Discover now