1º Dia Livre.

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"Tem mais alguma prova de como ele matou essas outras vítimas?" - Fiquei olhando para o polícia, tentando lembrar-me do sítio onde Joshua havia colocado os corpos. De repente, lembrei-me.

"No quintal do armazém." - Disse, como se estivesse orgulhosa de mim própria por ter-me lembrado de mais alguma coisa. "Mas essas não foram as únicas vítimas. Houveram outras. Quando fomos para um armazém em Santa Mônica, Joshua tinha pendurado vários corpos, mas a certa altura, os corpos desapareceram, quando eu voltei da empresa de Cole."

"Quem é Cole? E Richard?" - O detetive olha-me.

"Richard também matava aquelas mulheres. Chegou a matar o pai, o senhor William há minha frente." - Lembro-me do pobre homem.

"Como ele o matou?"

"Ele foi eletrocutado." - O detetive fica de boca aberta, mas logo assume a sua expressão séria, minutos depois. "Richard ficou zangado pois queria que o pai transferi-se toda a sua fortuna para a sua conta, porém o senhor William já havia transferido para a minha conta, toda a sua fortuna."

"Porque ele transferiu todo o seu dinheiro para a sua conta?"

"Não sei... ele ia às vezes ao armazém cuidar das minhas feridas. Quando Richard partiu-me o braço, foi a primeira vez que ele foi lá. Eu disse-lhe o que eles me faziam, talvez ele ficou... não sei, senhor detetive!" - Exclamo de frustração.

"Cole?"

"Cole é mais um que faz parte do grupo. Nunca apareceu nos armazéns, porém Joshua deixou-me com ele durante uns dias. Ele retira pele às mulheres para fazer casacos." - O detetive vomitou por cima da mesa e aguentei-me para não vomitar também.

"Desculpe." - Levanta-se e eu também.

Depois de limparem a sala e do detetive estar melhor, voltamos ao interrogatório. Parece que não acaba nunca!

"Essa empresa de Cole fica em Santa Mônica?" - Afirmo com a cabeça. "E onde está Richard? Está vivo?"

"Eu matei o Richard. Cole ainda está vivo, infelizmente." - Murmuro.

"Iremos tratar de capturar Cole, não se preocupe. Quanto a Richard, podemos alugar em tribunal que foi legitima defesa, ate porque deve ter sido." - Assenti. "O seu relatório do hospital deve estar a chegar, certamente. Há mais alguma coisa que queira acrescentar?"

"Eu estou grávida..." - Os olhos do homem ficaram maiores. "Do Joshua."

"Quando ele a violou?" - Afirmo. "Muito bem, fique atenta ao telefone de sua casa, pois iremos entrar, com certeza, em contato consigo, até porque precisamos de localizações exatas de onde estão os armazéns e o Cole. Quanto aos corpos que desapareceram, não sabe onde eles estão?"

"Não consegui saber. Bem que tentei, mas Joshua não me disse." - Quando ia sair, lembrei-me de Mason. "Tudo isto começou porque Mason, meu namorado, contratou Joshua para pregar-me um susto."

"Que belo namorado..." - Comenta e eu clareio a garganta. "Desculpe." - Reviro os olhos. "E Mason, onde está?"

"Joshua matou-o, quando soube que eu estava grávida de Joshua."

"Pode ir, então."

Saí da sala, encontrando os meus pais e Tyra.

"Filha, finalmente!" - A minha mãe abraça-me. "Tanto tempo! Eles fizeram-te muitas perguntas?"

"Muitas mesmo!" - Suspiro. "Só quero ir para casa, agora." - Ela assente e seguimos para o carro da minha mãe.

Pelo caminho, deixamos Tyra em casa, pois a mãe dela já estava muito preocupada. Quando cheguei finalmente a casa, segurei-me para não chorar. Há mais de um mês que eu não voltava aqui. Não sei como sobrevivi durante todo este tempo.

Após jantarmos, a minha mãe continuava incrédula quando eu confessei que havia sido Mason a preparar todo este susto.

Já passava das 10 da noite, quando a campainha soou por toda a casa. O meu pai resmungou algo e a minha mãe foi abrir.

"Boa noite, desculpe interromper, mas será que podia falar com a menina Camilla Collins?" - Ouço de longe e fico curiosa. A minha mãe deixou passar a mulher alta, de cabelo comprido, que tocava no seu rabo. "Camilla?" - Perto da mulher estavam cinco seguranças, fortes e grandes. Lembro-me de Joshua ter falado que nunca conseguiu fazer-lhe mal pois ela anda sempre acompanhada. De facto, é verdade. Deve ser uma juíza odiado por muitos.

"Sou eu." - Levanto-me.

"Vamos deixá-las a sós." - Os meus pais sairam e nós duas nos sentamos.

"Eu sou a Catherine." - Fala calmamente, enquanto os homens olham-me fixamente, como se eu fosse fazer alguma coisa à irmã de Joshua.

"Irmã do Joshua." - Comentei.

"Parece que já sabes."

"Sei também, que quando tinha 4 anos, Joshua tentou matá-la numa piscina de crianças, os seus pais chegaram a tempo, felizmente. Ele odeia-a muito."

"Sei bem disso. Já o tentei por atrás das grades tanta vez, porém mesmo sendo juíza, eu não posso condenar ninguém sem provas. Preciso de provas para comprovar a minha sentença."

"Compreendo. Porque veio até aqui?"

"Vou ser eu a juíza do julgamento de Joshua." - Agora é que nunca mais Joshua sai da cadeia e ainda bem. "Soube na esquadra que já deu o seu depoimento e estive a lê-lo à pouco. Muito interessante, Camilla." - Olha-me. "Parece que sabe quase tudo. Como conseguiu saber tudo isso?"

"Muitas coisas, o seu irmão acabava por me dizer. Confessava, por assim dizer. Eu tentava arrancar-lhe tudo o que podia, mas nem sempre era fácil. Os meus sentimentos pela sua avó, já agora." - Os seus olhos ficaram maiores ao ouvir a minha última frase.

"Como... Como sabe que a minha avó morreu?"

"Richard contou-me. Ele morava juntamente com Joshua na casa dela. Eles estavam muito tristes."

"Hum..." - Suspira. "Acho que o Joshua nunca te vai esquecer, porque afinal, tens o nome da rapariga que ele mais amou."

"Eu só espero que a polícia tenha provas suficientes para colocá-lo na cadeira durante muitos anos."

"Podes ter a certeza que temos muitas provas e que provavelmente ele terá prisão preventiva." - Levanta-se. "Obrigada por me ter recebido em sua casa, a esta hora. Precisava mesmo de falar consigo."

"O gosto foi meu." - Acompanho-a até à porta, juntamente com os homens que continuavam a olhar-me desconfiados.

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71 Days Of PainWhere stories live. Discover now