Capitulo 11

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     Abri os olhos mas logo os fechei graças a luminosidade do local.
     Ainda estava deitada na neve. A nevasca tinha parado e agora apenas pequenos flocos de neve caiam do céu.
     Me levantei e comecei a andar em direção á entrada da escola. Só tinha um pequeno problema. Uma porta tinha mais senso de direção do que eu.
     - Que maravilha... - olhei ao redor para tentar identificar onde estava.
     Era tudo muito parecido. Até que vi algo incomum para esse clima.
     Na minha frente tinha uma enorme árvore seca com apenas uma maçã grande e vermelha pendurada em um de seus galhos. Era a única cor que se podia ver, um ponto vermelho em um mundo branco.
     Ao ver essa suculenta maçã que percebi o quanto estava com fome. Sem nem pensar no quão estranho essa cena era andei até a árvore e peguei a maçã.
     Quando meus lábios a tocaram a mesma congelou, seguida pela árvore em que ela estava. A maçã caiu da minha mão ao ver que tudo em um raio de trinta e cinco metros estava congelado. Até mesmo os flocos de neve pararam de cair. Consegui ver nitidamente cada detalhe de um na minha frente, quando o toquei todos caíram de uma vez e voltou a nevar normalmente.
     O vento aumentou. Ele parecia querer me jogar para uma direção e fui com ele. Depois de um tempo andando a escola apareceu no meu campo de visão.
     - Ha Ha, valeu aí - Falei para o nada. Parecia uma doida, mas isso não me importava.
     Andava para a escola mas quando ia dar o primeiro passo para dentro, não consegui. Queria passar mais tempo na neve, aqui fora.
     Me virei e andei novamente para dentro da floresta. Outra característica minha, eu sou muito bipolar. Mudo muita coisa sobre mim varias vezes.
     - Foda-se se me perder de novo. Eu dou um jeito - adentrava mais e mais a floresta desconhecida.
     Decidi o que iria fazer. Vou testar meus poderes, ver o que posso fazer e tentar controlá-lo. Escolhi um lugar amplo e com apenas algumas árvores.
     Fiquei lá o dia praticamente inteiro e tive bastante progresso. Já conseguia congelar objetos a distância, porém não conseguia congelar o interior inteiro, apenas o suficiente para a locomoção parar. Conseguia criar lanças, pedaços afiadíssimos de gelo e jogá-los com uma precisão não muito boa e velocidade razoável. Tentei criar o Olaf mas n rolou. AINDA.
     Já estava muito cansada, tinha me sentado para recuperar um pouco do ar e vi um vulto se formar entre duas árvores congeladas. Ele não parecia ser humano....muito menos animal. Não tinha a postura de um humano mas era grande demais para ser um animal.
     Fui me afastando devagar, tentando não fazer nenhum movimento brusco. A criatura chegava mais perto, a luz bateu nela e pude ver o que era.
Um ser lindo, maravilhoso mas ao mesmo tempo perigoso. Era esse o ar que exalava, uma aura que mostrava o quanto de poder tinha.

     Devia ter mais de um metro e oitenta, uma coleira com corrente quebrada estava em seu pescoço e suas patas também estavam acorrentadas

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Devia ter mais de um metro e oitenta, uma coleira com corrente quebrada estava em seu pescoço e suas patas também estavam acorrentadas. Ele foi se aproximando e eu me afastando. Seus olhos azuis estavam vidrados em mim, como se eu fosse sua próxima presa.
Ele estava no meio do campo branco e eu um pouco na frente, não ousava desviar o olhar. Estava pronta para criar lanças de gelo e jogar nele mas então algo que eu nem podia imaginar aconteceu. Ele parou de se mexer, colocou uma pata para frente e outra para trás e abaixou sua cabeça, como se estivesse me saudando.
- O....que? - Acabei sussurrando para mim mesma, porem, a fera ouviu e levantou sua cabeça rapidamente, me dando um susto e fazendo com que caísse na neve. Ele me olhou preocupado de cima abaixo vendo se tinha me machucado.
Seu corpo começou a brilhar e mudar de forma, começou a diminuir...diminuir...até fica bem menor do que antes. Seu corpo parava de brilhar e eu vi a coisa mais fofa do mundo.

A Menina De GeloWhere stories live. Discover now