Miguel comprou até um berço, eu pedi pra que ele deixasse eu comprar com meu dinheiro outro dia mas ele não aceitou e comprou tudo junto com o berço, lençóis, mosquiteiro, travesseiro, entre outras coisas.

— Não sei como te agradeço por essa bondade da sua parte. – digo andando puxando o carrinho do shopping que foi disponibilizado pra ela.

— Mas eu sei como. – fala e logo me vem um frio na barriga. Porque eu estou sentindo isso?

— Como? – pergunto com medo do que ele podia responder.

— Um jantar. – diz e sorrir.

— Um jantar?

— Relaxa só como amigos, caso estivesse pensando em um jantar de outra forma. – fala e faço uma cara de alívio. Mas sinto algo estranho ao ouvir como amigos. Mas porque? O que está acontecendo comigo?

Ah sim, tudo bem então. – digo enquanto ele olhava para as vitrines de outras lojas.

— Olha só esse conjunto. – diz apontando pra vitrine que estávamos em frente. Era um macacão rosa florido com um vestido do mesmo estilo e os sapatinhos de cor bege.

— Vamos entrar gostei dessa roupa. – diz puxando o carrinho pra dentro da loja.

— Miguel a gente já comprou muita roupa pra ela, não acha que já tá bom? – pergunto segurando seu braço e logo me arrepio ao sentir meu toque no mesmo. Não pode ser o que eu esteja pensando.

Essa é a última bebê, relaxa. – fala do mesmo jeito que eu.

– Tá bom então. Quero ir pra casa estou com fome. – digo olhando meu relógio, já se passava das 19:00hrs. E levo um susto.

— Miguel já são sete horas, já passou a hora de dar comida a essa criança. – digo e ele olha em seu relógio.

— Quer ir logo para o carro, e me esperar lá?

— Você vai mesmo comprar essa roupa? — pergunto.

— Ué porque não? Achei muito a cara dela. – diz indo já para o caixa.

Saímos do shopping e fomos até a garagem a procura do carro. Entramos no mesmo e a pequena começa a chorar.

Não chora não pequena, você já vai comer. – digo com a voz um pouco melosa.

— Agora sim vamos. – diz entrando no carro assim que termina de colocar todas as sacolas que eram mais de seis e cada uma delas haviam mais de cinco pares, no banco de trás.
Digo o nome da rua que eu morava e o apartamento e vamos para o nosso destino, corrigindo. Meu destino, minha casa.

Que engraçado, você mora a duas quadras de mim. E passamos anos sem se ver. – e diz e eu concordo com a cabeça.

— Pois é, incrível isso. – digo e ele sorrir.

***

Chegamos e enquanto ia com a pequena em meus braços, Miguel ia carregando as sacolas.
Entramos no elevador e logo entramos no meu apartamento.

— Belo apartamento você tem. – diz entrando.

— Ah obrigada. – digo colocando as chaves na bancada.

— Fica com ela, vou fazer a comida dela. – digo dando ela pra ele.

— Tudo bem. – diz. — Vem cá princesa, vamos esperar sua mãe fazer sua comida. – fala e olho pra ele que já estava me olhando.

OliviaOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz