CAPÍTULO 06 - IT COULD BE OUR LAST CHANCE

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Písidon se sentia fraco. Estava com sua cauda dentro da água, mas praticamente sentado fora dela. Ao olhar seu braço, conseguia ver o desenho do tridente brilhar como devia, o que indicava que estava bem. Mas não deixava de estar frágil.
Havia 5 dias que os humanos tinham sido levados à ilha para - eles esperavam - a procriação. Segundo Zara, a sereia que estava encarregada de levar os mantimentos e roupas para eles, a relação entre os dois era... boa. Mas nenhum indício que eles procriariam.
Ele não queria usar magia, achava cruel demais forçar dois seres a fazerem sexo, por melhor que fosse a causa.
Ao fundo, pôde ouvir a porta de seu quarto abrindo.
- Písidon? - a voz suave de Lóthus ecoou o cômodo até chegar ao fundo, onde ele estava.
- Nas águas. - ele falou um pouco mais alto para que a ninfa ouvisse
Por não conseguir ouvir seus passos, Písidon logo deduziu que ela estava flutuando. Quando a ninfa chegou, viu que estava certo.
Os cabelos da ninfa estavam presos em um rabo de cavalo, deixando seu rosto pálido à vista, ressaltando seus belos olhos verdes. Ela era... deslumbrante.
Ao vê-lo, sorriu.
- Como você está? - aos poucos, a ninfa ia se aproximando
- Fraco, porém bem.
- Quando pretendo hibernar, P?
Ele abriu um sorriso amarelo
- Não queria sumir deste mundo por 3 dias antes de saber que os humanos estão, pelo menos, na tentativa da procriação. Mas Zara não me trouxe tão boas notícias assim, e eu só aguento mais 4 dias neste casco.
Lóthus se sentou ao lado de Písidon, os corpos se tocando, deixando as pernas para dentro d'água assim como ele. A diferença era a manifestação da cauda, que não acontecia nela. Seus cabelos, mesmo que presos, se arrastavam no chão de tão longos. Ela encara os próprios pés, evitando olhar Písidon.
- Eu admito que estou com medo, Písidon. É... Guerra. Lá fora está um caos e não tenho coragem de aparecer e conversar com eles, dando uma falsa esperança, e no final nada acontecer.
A ninfa não parecia muito feliz, de fato. Písidon levou sua mão ao rosto da bela mulher à sua frente, fazendo com que a mesma olhasse para ele. E então, abriu um sorriso.
- Acalme-se, Lolo. Tudo vai dar certo. E se não der... aproveitamos o máximo que pudemos, não?
Os olhos de Lóthus brilharam tanto que iluminaram o rosto de Písidon por um momento.
- Não acho que eu tenha aproveitado tudo que posso, P. Me falta coragem para tanto... - tocando a mão do tritão, Lóthus chegou a estremecer
- Bom... - Písidon suspirou - crie coragem, Lolo. Faça as coisas. Pode ser sua última oportunidade para muita coisa, por mais que eu não goste de pensar nisso.
Foi então que, para a surpresa de Písidon, Lóthus avançou. Seus lábios naturalmente vermelhos tocaram os naturalmente molhados do tritão. Suas línguas entraram em uma dança que nenhum dos dois sabia qual tinha puxado qual para tal. Com a leveza de flutuar, a ninfa sentou-se no colo do tritão, cada perna ao lado do corpo dele, os joelhos tocando o chão frio. As mãos de Písidon, nada delicadas, alcançaram o prendedor de cabelo de Lóthus, quebrando-o em mil pedacinhos que caíram na água. Após isso, uma das mãos se emaranhou nos cabelos vermelhos da ninfa enquanto a outra se direcionou à cintura da mesma, apertando-a com tanta força que poderia quebrá-la. As mãos de Lóthus se perdiam entre o rosto e os cabelos brancos extremamente lisos do tritão, enquanto tudo que se podia ouvir eram as respirações pesadas dos dois.
Sem nada a perder, Písidon direcionou sua mão da cintura de Lóthus até sua coxa. A saia facilitava o acesso ao seu interior, onde o tritão fez questão de brincar com os dedos. Ao fazê-lo, a ninfa retribuiu com uma mordida forte em seu lábio, que ele não sabia como não estava sangrando. Mas continuou. Ao sentir Lóthus reagindo aos seus estímulos, Písidon penetrou um dedo na ninfa, que gemeu baixo em seus lábios.
- Písidon, eu...
E sem conseguir terminar, a ninfa sentiu mais um dedo invadindo-a. Mordendo o próprio lábio para não acabar gritando, Lóthus tinha algo realmente importante para contar a Písidon. Mas o terceiro dedo impediu-a de falar algo. O prazer era imenso, tanto com aqueles dedos, quanto com a boca de Písidon em seu pescoço, mordiscando e beijando. E então, a outra mão do tritão soltou seus cabelos, que caíram na água tocando a cauda do ser das águas, e foi em direção aos seus seios. De uma vez só, rasgou sua blusa e sua boca foi recheada com seu seio esquerdo.
Por um momento, Lóthus esqueceu o que tinha que falar.
Até que seu cabelo entrou em chamas.
E Písidon se assustou, largando seu seio e encarando-a.
- Lóthus?
Envergonhada, a ninfa abaixou a cabeça e respirou fundo. O fogo em seus cabelos se apagando aos poucos.
- Era sobre isso que eu tava tentando falar entre tantos gemidos, querido. Eu... pego fogo quando estou excitada.
Písidon riu.
- Literalmente.
Ao tentar se mover, a ninfa gemeu.
- Písidon... Seus dedos, eles...
- Não saíram... - Písidon encarou os cabelos da ninfa na água, completamente apagados. Na verdade, ao menos acenderam quando todo o resto entrou em chamas - E nem vão. Seu cabelo é o de menos quando temos tanta água ao nosso redor.
- Oh não, você não vai me arrastar para o fundo do mar, Písidon.
Os dedos do tritão voltaram a trabalhar, fazendo a ninfa fechar os olhos e abrir a boca em um formato de "o".
- Não será necessário, resolveremos isso por aqui mesmo.

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