Capítulo 14

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POV. Bora

   Por volta das três da tarde, Trisha me avisou que Cider já poderia sair no hospital. Fazendo uma careta de dor, Cider se levanta e se apoia em mim para sairmos do hospital.

-Sente-se confortavelmente. Eu dirijo. -digo abrindo a porta do passageiro para ele.

-Eu que deveria estar fazendo isso com você. -ele reclama e reviro os olhos já consciente de que teria que escutar as reclamações de Cider a noite inteira.

-Então não tivesse entrado em uma briga. -ponho a chave na ignição do carrinho de golfe e vamos andando por Homeland até chegar na minha casa.

-Desculpe ter feito isso, é só que Vengeance está me irritando desde o dia que te conheci, e ele não tem uma boa reputação entre as fêmeas. -ele diz e apoia sua mão na minha perna.

-Vamos esquecer isso, vou prepara algo para você comer quando chegarmos, com certeza não deve nem ter almoçado.

-Não precisa fazer nada, vamos pedir algo da cozinha de Homeland, eles mandam para a gente quando estiver pronto.

   Quando chegamos à minha casa, o ajudei a chegar até a porta e se acomodar no sofá. Me sento ao seu lado e olho seu rosto.

-Está sentindo dor? Precisa de algo?

-Não, estou bem. Acho que só preciso relaxar. -ele se ajeita no sofá e fecha os olhos soltando um suspiro. Olho para o Nova Espécie à minha frente, ele estava sem camisa e com o peito enfaixado.

-Tenho um jeito de te fazer relaxar... Vou te fazer uma massagem. -aviso levantando-me e correndo para o banheiro para pegar cremes e óleos corporais. Ao voltar para sala, Cider estava sentado com a coluna reta e sorrio para ele.

-Você só está se aproveitando que estou machucado para poder tocar no meu corpo. -fala e dou um beijo em sua bochecha.

-Óbvio, óbvio. -sento-me atrás dele e mordo o lábio olhando todo o esparadrapo que cobria suas costas. -Vou massagear mais seus ombros, já que o resto está coberto.

   Ele assente e passo o óleo por seus ombros e logo começo a massagear sua pele morena e quente. Seus músculos estavam tensos, e com o tempo que passo massageando-os, mas calmo Cider ficava.

-Bora... -ele me chama.

-Diga.

-Você gosta de mim? -pergunta assim do nada e paro de tocar suas costas. Minha mente congela por alguns minutos para que eu conseguisse processar o que ele perguntava. Porque ele estava querendo conversar sobre isso agora?

-Porque está perguntando?

-Só responda... Se eu pedisse que você fosse minha companheira, você aceitaria? -meu coração estava quase saindo pela boca e respiro fundo me afastando de Cider. Ao perceber minha movimentação, ele se vira e olha para mim. Ele leva a mão ao meu queixo, fazendo-me olhar para ele. -E então? O que você responderia?

-Acho que... acho que eu responderia sim. -respondo-lhe envergonhada.

-Acha? Você não tem certeza se seria feliz comigo?

-Porque está perguntando isso para mim? Nos conhecemos somente há duas semanas.

-Isso não quer dizer que eu já não sinta algo por você... Depois de ontem que você dormiu comigo, acho que não consigo mais ficar um dia sem você. Você me conhece melhor do que qualquer um aqui, e mesmo sabendo do que ainda sou capaz de fazer, você continuou confiando em mim.

-Talvez porque eu também sinta algo por você. -sussurro acariciando seu rosto.

-Mas esse seu sentimento não é forte o suficiente para ser minha companheira? -ele pergunta e suspiro perdida. O que eu deveria responder? Eu estava com medo de ser cedo demais, eu mal sabia se eu conseguiria manter esse emprego. Mas por outro lado, desde o dia que Cider mostrou seu lado fofo para mim eu já havia me afundado de amores por ele. Não tinha mais como eu simplesmente negar e esquecer desse garoto.

Cider - Novas EspéciesWhere stories live. Discover now