¨ Capítulo Seis ¨

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— Quem Tá aí? Amie, eu vou matar você! Não acredito que fez isso! — Hil grita furiosa lá de dentro.

— Há. Tchau, irmãzinhas! Vejo vocês depois.

Amie sai correndo, enquanto suas irmãs ficam gritando por ela. Ela vai para o seu quarto, e se arruma cantarolando, feliz da vida por ter aquelas duas em sua vida. Apesar das brigas e travessuras que elas aprontam umas com as outra, elas se amam acima de tudo. Ela acaba se lembrando do que a senhora disse; Sim, elas são muito unidas.

No fundo, elas são o que a deixam em pé.

~*~

Amie estava sentada ao lado seu pai, enquanto ouvia um discurso em que ela não estava prestando a mínima atenção em uma letra sequer. Eles estavam em um dos maiores hotéis, o Mandarin Oriental Las Vegas, que ficava na Strip ao lado do NYC , que por sinal era propriedade da sua família. Sua atenção voltou-se completamente à imagem de uma mulher em um vestido preto, com os cabelos presos em um elegante coque que ela conhecia muito bem. Amie pediu licença para o seu pai, e caminhou em direção à mulher.

— Fleur! — ela a chama, mas não é ouvida.

Continuando a seguir a mulher, ela vai diretamente para o lobby, que fica no vigésimo terceiro andar, que é exatamente a parte da frente de onde está tendo a reunião. Amie fica desconfiada por vê-la parar e entregar uma pasta para um homem vestido no uniforme da segurança da sua família. Fleur disse que iria a uma pequena confraternização na casa de umas das amigas de sua mãe.

O que será que há naquela pasta? E o que ela estaria fazendo ali? Porque mentiu?

Ela continua observando eles até que o homem se vira e vai embora. Quando a mulher se vira e começa a caminhar, se assusta ao ver Amie parada com os braços cruzados, a olhando.

— Que susto, querida. Está aí há muito tempo? — ela pergunta com um sorriso doce nos lábios.

— Não, acabei de chegar. Quem era aquele homem, e o que você queria com ele? Não era para você estar com a mamãe agora? — ela pergunta analisando a mulher a sua frente.

— Aquele homem é um dos seguranças do seu avô, meu bem. Ele me pediu para ir até sua casa e pegar uns documentos que ele esqueceu. Por que tantas perguntas?

Por algum motivo, Amie sente que algo está errado... Mas deve ser coisa da sua cabeça. Ela sorri e abraça a mulher que adora com todo seu coração.

— Nada, Fleur. Só achei estranho você estar aqui. Mas agora está tudo bem.

A mulher passa a mão pelo seu rosto e fica a observando, colhendo cada pequeno detalhe do seu rosto como se quisesse gravá-lo, ou talvez se lembrar de quem aqueles traços são parecidos. Amie é dona de uma beleza extraordinária. Pele branca, lábios rosados e finos, cabelos loiros por conta das luzes recentes, olhos castanhos, e um sorriso tentador. Ela é tão bela, que poderia ser comparada a uma sereia, pois como elas, Amie tem todos os homens aos seus pés. Sua beleza chama atenção, talvez mais do que o próprio sobrenome que carrega.

— Amie, finalmente eu te achei, querida. — seu pai a chama.

Ela se vira e depara-se com seu pai ao lado do seu avô. Ela corre para seus braços e o abraça forte.

— Vovô! Que bom que o senhor está aqui.

Ele beija o topo da sua cabeça, e ela se afasta para olhá-lo.

— Eu não a deixaria sozinha no meio dessas pessoas, minha menina. — ele murmura sorrindo com leveza.

— Hey! Estou aqui ainda, sabia? — sei pai diz aborrecido, com ciúmes, na verdade.

— O senhor sabe que o amo. Pare de bobeira, venha aqui, meu velhote. — Amie brinca abrindo os braços para recebê-lo.

— Não me chame de velhote, garota.

Ele tenta soar ofendido, mas não consegue se manter assim por muito tempo. Ele ama sua filha e a adora muito para ligar para essas baboseiras. Abraçados, ele vira-se para Fleur, com uma sobrancelha arqueada.

— O que faz aqui, Fleur? Não deveria estar com a Blanca? — ele pergunta.

— Eu esqueci uns documentos importantes e pedi que ela os trouxesse para mim. — Seu pai lhe responde com as mãos dentro do bolso da calça.

— Mas agora deixa eu ir. Blanca deve estar agoniada com minha demora.

Ela acena, e olha discretamente para os dois homens, sumindo em seguida dentro do elevador.

Eles ficaram até tarde da noite no hotel. Logo em seguida à reunião houve uma pequena palestra sobre a criação de uma empresa de mineração no sul dos Estados Unidos. Quase sete da noite eles desceram para o salão de festas, onde uma pequena recepção com bebidas e comidas era servida a quase cem pessoas. Perto das dez, o carro estacionava na garagem da mansão, trazendo uma mulher sonolenta, um homem perdido nas doces lembranças do passado, e um senhor atento a uma mensagem importante em seu celular.


Desaparecida entre os Sete PecadosWhere stories live. Discover now