¨ Capítulo Seis ¨

Comenzar desde el principio
                                    

— Nada não, mãezinha.

Ela joga o pano no chão, e sai pisando duro para fora da sala.

— Desculpem-nos. Não sabíamos que havia pessoas aqui. — Amie diz com um sorriso doce no rosto.

— Não se preocupe querida. Vocês três são lindas, e parecem ser muito unidas. Além do mais, vocês estão em sua casa. Nós é que somos os intrusos aqui. Portanto podem voltar a brincar, já estávamos de saída. — Uma senhora bem vestida e cheia de joias fala.

Na sala estavam, além dela, mais uma mulher jovem de cabelos amarrados em um coque perfeito, vestida em um terninho bem alinhado com uma blusa de babados por baixo, e dois homens na faixa de vinte e oito ou trinta anos. Ambos parecem ser pessoas bem importantes.

— Bom, acho que agora vocês podem voltar para o quarto de vocês, e se arrumarem para a escola. E você, dona Amie, se arrume, pois hoje a senhorita não me escapa.

— Papai, eu não quero ir nessas reuniões chatas, com aquele bando de abutres enjoadinhos. Eu não suporto aquela gente de nariz em pé. — Amie resmunga cruzando os braços como uma criança birrenta, enquanto suas irmãs saem rindo.

— Amie. — seu pai a recrimina, olhando disfarçadamente para os outros na sala.

Ela percebe o que disse e tampa a boca com as duas mãos, quando se lembra das pessoas que estavam ali. Amie se esquecera completamente de que com certeza eles também fazem parte dessas reuniões.

— Me desculpem, por favor. Não é que vocês sejam como eles, mas a maioria é assim. — ela murmura, sem graça.

A senhora ri do seu comentário, e balança sua mão no ar como se aquilo não fosse nada demais, e na verdade não era. Ela também concordava com aquela garota. Muitos são egocêntricos e se acham superiores a todos, apenas por terem dinheiro.

— Por favor, querida. Já deu. Vá se arrumar que vou te esperar no meu escritório.

Ela acena confirmando, e sai em direção ao seu quarto. Ao passar pelo quarto de suas irmãs, ela abre um pouco a porta e ouve que elas estão no banho. Tendo uma ideia, ela corre silenciosamente até a mesa, e pega o telefone.

— Oi, Seu Claus! O senhor pode trancar o registro de água do banheiro das meninas, por favor? — ela pede se segurando pra não rir.

— Claro que sim menina, mas por que isso? — ele pergunta confuso.

— Ah seu Claus, é porque o cano da pia estourou, e o banheiro está todo alagado, o senhor acredita? — ela diz mordendo o canto da unha, com uma falsa encenação.

— Vixi menina, já vou desligar, pera aí. Prontinho registro fechado.

— Obrigada, seu Claus. O senhor salvou minha vida.

— Que isso, dona Amie. É meu trabalho.

— Mesmo assim, seu Claus, muito obrigada. Mas agora preciso ir.

— Até mais, menina.

Ela desliga o telefone, e ao mesmo tempo escuta os gritos das irmãs, vindos do banheiro.

— Ai meu Deus, Callie. A água acabou e estou com sabão no rosto. Tá ardendo, me ajuda.

— Não dá, Hil. Tô com a mão cheia com o creme. Corre lá fora, e chama alguém.

— Como que eu vou, sua doida? Não Tá vendo que não enxergo nada?

Amie do lado de fora cai na gargalhada, mas caba chamando a atenção das meninas.

Desaparecida entre os Sete PecadosDonde viven las historias. Descúbrelo ahora