Talvez eu já tenha dito antes
Se sim, irei repetir
Perfeição não existe de fato
E se existe ela não mora aqui
Todos nós erramos e erramos
Em cada mínimo detalhe
Paredes de barro, de pano
Desmoronam, soterram vidas e destroem os lares
Os meus erros são meus, e admito
No dia-a-dia somam-se milhares
Vou tentando fazer o correto
Mas só por isso meu campo tornou-se um desastre
Estou sempre pensando, um desarranjo
Com uma enxurrada de troços me remoendo
Será que sou alguém esperto, digno?
Bom, PARA O INFERNO!
Não sou nenhum tipo ou espécie de anjo
Porque se considerar bom ou ruim
Se estamos estatelados bem no meio?
Na divisória entre a guerra e a paz
A paz falácia, aquela que nunca veio
Falar com a consciência neste século exato
É uma tarefa rude, sofrida, complicada
Me enxergo como um saco de ossos
Pronto para ser jogado
Onde mentira é a isca, e a pesca é a desgraça
Sodoma e a Gomorra do ego
Novos messias nasceram
A hipocrisia é o oitavo pecado
Sou um pecador, mereço o desprezo
Me odeio tanto quanto odeio
Quem nega o erro e prossegue calado
Veja, o mundo real é isto
Não é ficção, onde até o horror é belo
E tudo vem imbuído de algum significado
Entramos num ciclo de desacertos
Fodendo e bebendo, sorrindo e fodendo
Vivendo livres e nus, semeando o descaso
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A vida, os sentimentos, e tudo mais
PoetryLivro de poemas sobre tudo que eu vejo, percebo, e sinto, enfim, sobre tudo que acontece ao redor de minha vida.