Mariposas

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Nuvem cinzenta exponha sua desgraça

Guarde o brilho que ofusca o saber

Faça sombras sobre esta terra

Para que se veja o que está além da carcaça


Enquanto ando, enxergo o que explana a vitrine

Felicidade de quem finge viver

Perseguição tola de um ganho turvo

Mariposas que voam e contra a luz falsa se extinguem


No meu breu eu vejo o que o sol não mostra

O sorriso inverso que com intimidade me assola

A solidão implícita que apunhala como uma adaga


Para aqueles que sofrem, bem-vindo é o escuro

Que ao acabrunhado parece de fino curso

Mais do que a vil tristeza de quem não derrama uma lágrima



A vida, os sentimentos, e tudo maisWhere stories live. Discover now