Surpreendida Pelo Destino Na Amazon(degustação)

O Portão do Abismo ( História do meu filho)

Como eu havia comunicado, postarei apenas um capitulo, e se a historia for bem aceita, e vocês leitores gostarem. Mostrarei para o meu filho os comentários e assim quem sabe ele anima e se cadastra aqui no wattpad. A historia iria ser postada até o fim. Eu iria amar, pois como vocês não conheço toda historia, só uma parte, mas foi o suficiente para me impressionar. Bom vamos ao que interessa. Que todos tenham uma boa leitura.

Capitulo 1

O Portão doAbismo

Nilo

Denver, Colorado; 10 de dezembro de 2020.

-O que...? Essa hora? No inverno? Como... assim?!

Havia um pássaro completamente coberto por neve como se fosse um manto em cima do mesmo, provavelmente estava com frio e procurando urgentemente por um abrigo. Ele estava batendo seu pequenino bico em minha janela, algo um pouco fora do normal se for parar pra pensar que não é todo o dia que isso acontece; ainda mais no inverno. Era realmente muito cedo e parar acabar de uma vez com o barulho, o que me restava era me levantar com os dois grandes e pesados cobertores em minhas costas para tentar me livrar desse frio enquanto tentava chegar a tempo de salvar aquele pobre animal, com os pés descobertos naquele chão frio.

A janela do meu quarto fica bem de frente com a janela do quarto do filho do vizinho e no momento em que eu abri a janela para o pássaro, eu vi o rosto do mesmo na janela dele, olhando para mim naquela situação engraçada. Eu estava com o cabelo todo desarrumado e com uma blusa qualquer estampada com um personagem de desenho muito famoso da época, pelo menos foi isso que ele viu... Além do meu nariz completamente vermelho... NÃO ACREDITO QUE ELE ME VIU ASSIM. Mas eu nunca tive contato com ele então isso meio que não faz nenhuma diferença, apesar da presença dele do outro lado do muro da minha casa tenha me intrigado um pouco.

Assim que o pássaro pulou na minha estante, que ficava um pouco a direita da janela, peguei-o e aconcheguei-o em minhas mãos e desci as escadas correndo para procurar algo para dar de alimento para ele. Porém, eu ainda estava meio sonolenta e ao chegar lá em baixo, o coloquei em cima do balcão e peguei um pedaço de uma cenoura para o pobre coitado... SIM, UMA CENOURA. Ele tinha o bico muito pequeno para dar conta de conseguir bicar aquela cenoura dura; mas eu não tinha percebido a tragédia que eu mesma tinha criado para o coitado... Peguei um leite desnatado que estava na geladeira e o tomei puro no bico, e correndo. Gosto de tomar alguma coisa bem gelada de manhã. Me deixa mais ativa que tomar algo quente.

Fui à lavanderia pegar um pano de chão qualquer para enrolar em volta daquele pássaro e ligar o aquecedor do corredor, no meio do caminho. Assim que voltei com um pano branco na mão, encontrei-o em uma situação um tanto que engraçada. Ele estava confuso, aparentemente com muita fome, não conseguia bicar muito bem a cenoura até que em um momento ele olhou pra mim com uma cara de quem diz "Poxa, sério que você está fazendo isso comigo e está parada olhando?". Ri da situação, enrolei-o no pano e coloquei e tirei a cenoura um pouco bicada dele e peguei uma folha de alface bem grande para o mesmo e logo eu disse:

-Sinto muito... Você não é bem um coelho, não é? -Disse brincando, comparando-o com um coelho.

Ele comeu tudo bem rápido, estava realmente com fome. O peguei e o limpei resto da neve que estava em cima do corpo dele. Peguei-o nas mãos, ele mesmo se aconchegou dessa vez e o levei para o meu quarto. Ele não parecia estar sujo e parecia ser um pássaro de criação, devia ter se perdido do dono e não sabia outra maneira de se ajudar naquele frio. Ele também era muito manso, eu nunca tive medo de animais, muito menos de pássaros, mas alguns já tentaram me bicar. Às vezes porque eu possa ser um pouco irritante demais...

Escutei um som de vento bem profundo vindo do andar de cima. Corri para lá e a janela estava completamente aberta, escancarada. Fiquei completamente assustada no momento, eu não lembrava se a tinha fechado assim que peguei o pássaro. Não tinha nada de estranho na casa, principalmente nenhum barulho fora do normal; então logo associei que eu mesma tinha esquecido.