Capítulo 4

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Já em casa, depois de um dia corrido, pois além dos eventos, tive que convencer o Doutor Carlos, a não colocar minha gravidez no exame, quer dizer a falsificar os exames. Foi difícil, mas consegui.

‒ Que bom que chegou Emilly, a janta está quase pronta. - Falou Toninha ao me ver entrar.

‒ Vou tomar um banho primeiro Toninha, logo venho jantar. - Falei indo para o meu quarto.

Ao entrar no meu quarto, uma tristeza se apoderou do meu coração, e sem perceber minhas lagrimas já estavam escorrendo pelo o rosto. Uma tristeza que na verdade sempre tive, pois não conheci meu pai e nem sei quem é. Minha mãe não teve tempo de me contar. Agora essa história estava se repetindo, pois como eu, esse bebê não vai conhecer o pai, pois não faço ideia de como procura-lo, pois não sei nada sobre ele. Nunca pensei que fosse passar por isso.

E indo tomar meu banho, chorei muito em baixo do chuveiro e ao mesmo tempo acariciava minha barriga, que ainda não tinha nem sinal de gravidez, mas eu sabia que estava ali, então ainda com as mãos na barriga, comecei a falar:

‒ Meu bebe, prometo que vou te dar um papai, talvez não seja o seu, mas quem sabe alguém que te ame como eu amo você. Você é tão pequenininho e já te amo tanto. - E falando chorei mais ainda, até que ouvi:

‒ Não chore, você não está sozinha. - Quando procurei pela voz, vi o vulto branco saindo pela porta do banheiro, que estava trancada. Assustada, comecei a tremer, peguei a toalha correndo, e me sequei, e ao terminar de me trocar, ouvi meu celular apitar, sinal de mensagem. Tremendo muito, e sem entender quem era essa mulher, só pode ser uma mulher por causa da voz, pois o vulto não é nítido, não consigo ver quem é. Peguei o celular e sai do quarto o mais rápido que pude e fui para o quarto de hospede, pois eu tinha que responder à mensagem do Brayan.

Não entendo o porquê? Mas sinto falta dele quando demora para me mandar mensagem, pois me sinto tão bem falando com ele. Como posso sentir falta de alguém que nunca vi e não conheço? Abri a mensagem, que dizia:

Brayan: Boa noite meu anjo, como está hoje?

Eu: Boa noite Brayan, me sinto bem melhor.

Brayan: Andei tão preocupado com você, e você nem me disse o que houve. Como foi no médico?

Eu: Não queria falar sobre isso.

Brayan: Meu anjo, nunca perguntei seu nome, e nem sobre o que faz da vida, sei também que não me conhece e não faz ideia de quem sou, como também não sei quem você é, e nem sei nada sobre você. A única coisa que temos um do outro... é uma foto, que você Lily deveria ter uns quinze anos, e a minha foto, eu tinha dezessete, tenho certeza que deve estar bem diferente hoje...como eu também estou... meu anjo, tudo que eu quero é saber como está. Não estou pedindo uma foto nua... apenas quero saber o que houve, pois por algum motivo sinto que não está bem. Você sabe que pode confiar em mim. - Eu sabia que podia confiar nele, pois mesmo que ele não fosse de confiança, que mal ele poderia fazer a mim, se não faz ideia de quem sou.

Brayan: Meu anjo você está aí?

Eu: Sim estou, me desculpe só estava pensando em tudo que escreveu.

Brayan: E o que pensou?

Eu: Que você tem razão, nunca me pediu nada e nem quis saber nada sobre mim. Então vou me abrir para você.

Brayan: Fico feliz de confiar em mim, agora me conta o que o médico falou?

Eu: Ok o médico falou, que os enjoos e os mal-estar, é normal quando a gente está gravida.

Brayan: O QUE? Você me disse que não era casada.

Eu: E não sou.

Brayan: Mas tem um namorado? ¨-¨

Surpreendida Pelo Destino Na Amazon(degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora