Capítulo 44 - Uma Caixa e Um Bilhete

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          Bem, vamos ao capítulo:

          O vento frio me atinge, varrendo meus cabelos para fora do rosto. Ainda que o ar esteja gélido, e os pingos de chuva já caiam sobre, encharcado-me, não consigo me mover.

          Já faz mais de duas horas que o enterro de Darcy acabou, mas eu ainda estou aqui. Parada em frente ao túmulo dela, como uma estátua. Ainda estou em choque pelo que aconteceu, e as palavras de Darcy rondam minha mente insensantemente.

          Tudo que consigo sentir é culpa, culpa e medo. Talvez eu deva me entregar, deixar que quem quer que seja esse maníaco, ganhe, e faça o que quiser comigo. Talvez só assim ele deixasse todos em paz. Mas o que não consigo entender, é que, se tudo isso é apenas por minha culpa, porque é que ele fez tudo isso com as outras garotas? Qual o problema dele? Estou cansada, cansada de perder aqueles que amo. E por mais que eu tente lembrar, buscar em um canto bastante profundo de minha mente, nada surge. Não parece haver ninguém que pudesse fazer isso.

          — Você está bem? — olho para o lado, onde Charles agora me encara.

          — Queria dizer que sim, mas... — tento terminar a frase, mas minha voz vacila. Sinto um nó se formar em minha garganta, e logo ele é afroxado quando um choro convulsivo toma conta de mim. — É tudo tão difícil. As vezes me pergunto que se eu me entregasse a ele, talvez tudo mudesse acabar. Só assim tudo acaba! — tento limpar as lágrimas com as costas das mãos, e ainda mais lágrimas caem.

          — Ei, não. — Charles me abraça, envolvendo-me e apertando-me. — Não fale isso, nunca mais repita isso Cheryl. Você é forte, é mais forte que ele!

          — Não, não eu não sou! E eu não aguento mais! — desabo.

          — Não Cheryl, não fale isso. — seu abraço fica mais apertado. — Olhe para mim! — ele me solta, fazendo-me olhá-lo nos olhos. — Você mais forte que isso Cheryl. Não deixe que ele pense que você desistiu. Continue lutando!

          — Por onde andou? — a pergunta me surge, quase que instantaneamente.

          — Cher, é você querida? — olho para frente, onde vejo a mãe de Darcy, Hillary.

          Ela me olha triste. Está cansada, lutou tanto pela filha e perdê-lá assim a deixou desconsolada. Hillary vem até mim, e me entrega uma caixa ligeiramente grande.

          — O que é?

          — Darcy escreveu um bilhete, eu não sei, até parecia que estava prevendo sua morte. — dá um sorriso fraco, triste e desolado. — Queria que ficasse com isso.

          — Obrigada. — agradeço, encarando a caixa à minha frente. Há algo gravado, são as inicias de Darcy. A caixa é de madeira, e a um fechadura.

          — Aqui. — ela me entrega uma pequena chave.

          — Desculpe a indelicadeza senhora, mas, poderia me mostra esse bilhete? — Charles diz, e sua curiosidade me atiça também.

          — Claro, delegado, está no meu escritório.

          — Posso ir junto? — pergunto curiosa.

          Charles assente.

As Aparências EnganamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora