¨ Capítulo Três ¨

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— Vou deixar 700 pratas aqui em cima da moto. Não deixem ninguém chegar perto. — Parker diz rudemente enquanto se encaminha para a entrada do prédio.

Os garotos sorriem entre si, e acenam. Ele sobe os diversos degraus calmamente, até chegar ao último andar onde a pessoa se encontra. Parker podia ouvir o som de rádio, televisões e até mesma uma mãe brigando com os filhos. Ao chegar de frente à porta ele bate e espera até que a outra pessoa venha abrir. Ele começa a ouvir passos pesados do outro lado até que finalmente abrem-na.

— Você poderia ter alugado um apartamento no primeiro andar. Subir todos esses degraus não é moleza cara. — Parker murmura ao passar pelo homem e entrar na casa.

O homem deixado para trás sorri revelando seus dentes brancos e bem alinhados. Sua barba está grande demarcando a masculinidade do seu rosto fino. Ele é um homem muito bonito, que possui olhos azuis e cabelos castanhos claros com algumas mechas em um tom mais escuro. Um cara de porte alto e magro, mas com músculos definidos.

— Pare de reclamar Parker

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— Pare de reclamar Parker. Você está precisando fazer uns exercícios pra acabar com essa barriga de globo terrestre, cara. — o homem diz com graça ao fechar a porta atrás de si.

— Globo terrestre é isso que você chama de cabeça, panaca. — Parker revida com humor.

— Já chega com tanto amor. Quer tomar alguma coisa? — ele pergunta encaminhando-se até a pequena cozinha totalmente adequada ao um homem solteiro.

Há um balcão de mármore cinza com uma bandeja repleta de frutas. Um armário toma conta da parede até fazer uma curva no canto dela, chegando perto da geladeira em inox. Abrindo a mesma, ele retira de lá duas cervejas, pegando uma e empurrando a outra para Parker sobre o balcão.

— Como a minha borboletinha está? — O homem pergunta se referindo carinhosamente a sua sobrinha.

— Esperta, e a cada dia está mais linda. Ela está crescendo rápido demais, daqui a pouco já vai pra faculdade. — Parker relata com um sorriso amoroso nos lábios ao falar da filha.

— É, meu amigo... Não é ela que está crescendo rápido demais, mas sim nós que estamos envelhecendo rapidamente. Gwen será tão bela quanto à mãe. — o outro comenta.

Ao ouvir seu amigo falar da mãe da sua filha, Parker sente um pequeno aperto em seu peito. Ele tinha certeza que ela teria muito orgulho da sua menina, que ficaria feliz em poder olhar para aquele pequeno anjinho todos os dias.

— Às vezes sinto que, por passar tanto tempo longe dela, eu perco muito do seu crescimento; quando volto ela está diferente. Um machucado novo está ali, uma palavra nova que ela aprende. Coisas simples que perco em sua vida. Estou perdendo muito da minha filha, Adriel. — Parker sibila tristemente.

— Você não acha que seja a hora de parar? De tentar esquecer, e conviver com a dor?

— Ainda não. Ainda tenho muito que fazer até parar.

— Então venha. Acho que finalmente terá o que tanto deseja.

O homem deixa sua cerveja em cima da pia e caminha em direção ao corredor estreito, entrando na terceira porta à direita. Ele abre a porta do cômodo revelando um escritório amplo e bem arrumado. Uma grande estante repleta de livros, documentos, revistas, e arquivos diversos se encontram no canto direito da sala. Uma cortina verde escura molda a parede atrás da mesa, que possui alguns objetos ali em cima como um notebook e alguns cadernos com anotações.

— Eu havia lhe dito que tinha um conhecido que trabalhava como segurança dele. Liguei e disse que um amigo estava precisando muito de um trabalho. Foi ai que ele me disse que estavam à procura de um ótimo segurança, mas que nesse caso seria mais como um guarda-costas.

— Guarda-costas? — Parker pergunta.

— Sim. Mandei seu currículo e análises pessoais a ele, para que olhasse. Ele me ligou ontem cedo falando que queria falar com você pessoalmente.

— Falar comigo sobre o que Adriel? — Parker pergunta juntando as sobrancelhas, ato este que ele sempre fazia quando estava confuso.

— Finalmente você terá o que tanto deseja, meu amigo. Agora você não é mais Richard Parker, mas sim Sean Madden. O guarda costa da filha do seu arque inimigo.

Ao enfim entender o que lhe aguarda, Parker abre um sorriso por finalmente ter o que esperou por tantos anos.

Ele mal podia esperar para pôr as mãos no bem mais precioso dele. Parker podia contar os segundos para fazê-lo sentir tudo o que Parker sentiu na própria pele.

 Parker podia contar os segundos para fazê-lo sentir tudo o que Parker sentiu na própria pele

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Beijos, e até semana que vem.

Desaparecida entre os Sete PecadosWhere stories live. Discover now