Voar e Correr!

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NICO POV -

Meus olhos não acreditavam no que viam. Olhei para Will e ele estava tão perplexo como eu.
- O que faremos? - Chris perguntou.
  Ninguém respondeu. Entendi que eles perguntavam a mim.
- Vamos esperar os outros. - respondi.
Permanecemos parados e calados. Duas centenas dos monstros mais fortes nos aguardavam a alguns metros. O Olimpo possuia uma área enorme,  mais que suficiente para lutarmos tranquilamente em relação a espaço. Ciclopes e monstros do nosso tamanho. Todos com boa racionalidade em combate. Isso nos daria um grande trabalho. Todos permaneciam parados.
- O que esperam que a gente faça? - Clarisse perguntou.
- Que vocês se aproximem, é claro. - Kenshin respondeu.
- Então vamos logo. Conseguimos dar conta. - a filha do deus da guerra opinou.
- Não há pressa. - Kenshin disse.
  Não eram só aqueles monstros a razão de estarmos ali. Eu sentia a presença de um enorme poder. Phobos? Onde ele estava? Seria algum deus maior observando de longe? Onde? Onde?
Plim! O som do elevador soou e os outros membros do grupo saíram.
- Por que estão parados aqui? - Grover perguntou às minhas costas.
- De onde vem esse poder? - Frank perguntou.
- Também não consigo achar. Mestre? - Jason perguntou.
- Está perto, Jason. Essa luta é de vocês. Acho que vocês têm que enfrentar os monstros primeiro.
- Então esse é o Olimpo... - comentou Melanie, filha de Atena.
- Nunca vi nada igual! É enorme. - Dexter concluiu.
- Semideuses! Enfim, chegaram! O novo deus do mar avisou que vocês chegariam!! - O ciclope da frente do grupo falou. - Se aproximem!
- Novo deus do mar? - Quíron perguntou. - Não me faça rir.
- O novo deus do mar poderia ter construído um exército mais forte. - Hazel falou, sorrindo.
- Ha-ha! Sem tempo pra conversas. Acabem com eles! - o ciclope ordenou.
- AAAAAAAAAaaaaaahhhhh! - o exército gritou, correndo em nossa direção.
Nosso grupo também avançou, com excessão de Quíron, Kenshin, Annabeth, Jason, Piper, Will, Percy, os sátiros e eu.
- O que planejam fazer? - Will perguntou à Percy, Jason e a mim.
Percy se posicionou ao meu lado.
- Exatamente isso: nada. - ele respondeu à Will.
- Por que Leo e Frank avançaram? - perguntei.
- Só querem ajudar. Mas estão de olho nesse poder extremo. - Kenshin respondeu.
  Clarisse derrotava 3 ou 4 monstros de uma vez. Tinha progredido bastante, sua velocidade era imensa. Frank e Leo não lutavam muito mais do que lutavam antes de ir pra Grécia. Estão brincando com os monstros. Reyna também não usava todas as suas forças, era visível.
Rapidamente os monstros iam desaparecendo. Quando Leo tostou o Ciclope que liderava o exército.
Ouvimos aplausos irônicos em meio ao silêncio no local.
- Muito bom, semideuses. Vocês melhoraram sua qualidade de luta absurdamente.
  Senti Percy enrijecer ao meu lado.
- Phobos. - sussurrei.
- O poder extraordinário vem dele? - Leo perguntou.
- Eu acho que não. - Jason respondeu.
- Então quem? - sussurrei.
- É ótimo ver algumas caras antigas. Clarisse... Annabeth... Percy. Acharam mesmo que esse foi o exército que preparei para vocês? Então preparem para ver o que está por vir.
- Phobos, pare de palhaçada! Devolva logo o tridente de Poseidon! - Quíron gritou.
- Tridente? Não sei do que está falando. Eu não roubei nenhum tridente.
  Phobos sorriu e, com isso, pude sentir o poder tremendo e maligno se aproximando do campo de visão.
- Não, eu roubei.
   Um homem fisicamente jovem apareceu ao lado do deus do medo, da sua mão saiu uma onda de 2 metros e quando a água baixou ele segurava o tão procurado tridente do deus do mar.
  Imediatamente houve explosões e todos os deuses maiores se teleportaram para perto de nós.
- Então meu tridente está aí! - Poseidon rosnou, furioso.
- Phobos, maldito! - Zeus amaldiçoou.
- Já disse que não fui eu. Não estou com ele em mãos. - Phobos falou sorrindo.
- Vão se arrepender! - Poseidon gritou.
      Hermes pôs a mão no peito de Poseidon antes que ele avançasse na cabeça do ladrão do tridente.
- Vocês não podem se envolver em história de semideuses, não é mesmo? - Phobos falou.
- Seu traidor! Percy, acabe com ele! - Poseidon gritou para o Jackson.
   Percy parecia encaixar as peças em sua cabeça cheia de algas.
- Ele é apenas um lixo, papai. - O ladrão do tridente falou, sorrindo.
- Não sou seu pai, traidor! - Poseidon gritou, lutando contra Hermes, que agora era ajudado por Apolo.
- "O espada de ouro irá retornar." - Will falou.
- Crisaor! - Percy gritou. - Seu maldito!

JASON POV -

- Crisaor, seu maldito! - Percy gritou. Era muito fácil notar o ódio pelo seu irmão.
- Ei, Jason. - Melanie me cutucou. - Quem é esse cara?
- Ah, é verdade, você não o conhece. - Falei. Percebi que Dexter também prestava atenção. - Esse é Crisaor, conhecido como o Espada de Ouro devido à sua espada formidável de Ouro Imperial. Ele é filho de Poseidon com uma náiade.
- Então ele é irmão do Percy. - Dexter concluiu.
  Assenti.
- E o outro é Phobos? - Dexter perguntou.
- Acho que sim. Não o conhecia ainda.
- E o poder extraordinário que sentimos... com certeza vem do Crisaor. - Nico disse, um pouco atrás de mim.
Phobos soltou uma risada assustadora.
- Querem lutar conosco? Então nos alcance. - Então, dito isso, Crisaor e ele correram.
- O que eles pretendem... - Piper não completou, pois viu Percy correndo atrás dos dois.
  Nico e eu também fomos reflexíveis e o acompanhamos. Freei rapidamente quando uma dracanae apareceu bruscamente na minha frente. Desviei de seu primeiro golpe, outros monstros apareceram e me cercaram.
"Droga." Pensei.
- Vamos logo, Jason! - Leo gritou, voando.
  Numa velocidade imensa vinham os seres mitológicos voadores.
- Leo, cuidado! - gritei.
- O quê...? - ele não conseguiu terminar.
  Um grifo (um ser com corpo de leão com cabeça e asas de águia) o atacou. Outro o atacou por trás.
Transformei minha velha moeda em espada e desferi um único golpe, acabando com a dracanae. Disparei raios para afastar os outros monstros e voei para ajudar o Leo.
Ele lançava chamas em alguns grifos que o cercavam, fazendo-os recuar. Joguei raios em outros que se aproximavam.
- Cara, essas criaturinhas são rápidas!
- Sim, são muitas, por isso a dificuldade em acertá-las. São muito velozes.
Leo sorriu.
- Hora de testar nossos reflexos.
- Acho que sim.
Colei minhas costas nas de Leo e juntos soltamos jatos e mais jatos dos nossos poderes fazendo vários grifos virarem pó. Dois grifos bravos voaram ao mesmo tempo em minha direção. Usei uma mão para eletrocutar um deles, que desacordou e saiu caindo a distância de 20 metros. Com a outra mão usei a espada para perfurar um deles, porém ele foi rápido e desviou, passando suas garras por cima do meu ombro direito. Ouvi um grito de dor às minhas costas. Perfurei o mesmo grifo no peito, o matando instantaneamente. Apenas dois grifos sobraram e eles estavam prestes a atacar Leo, que agora possuía seu ombro completamente rasgado, com as marcas das garras do grifo que o acertou. Seu ombro sangrava bastante, mas ele não se deu por vencido: Usou suas chamas contra um dos grifos que voavam em sua direção, o transformando em pó. Lancei raios no outro, cessando o número de grifos que atacaram por céu.
  Percebi Leo fraco e o segurei.
- Vamos descer. - eu disse. Avistei um lugar onde não tinha ninguém lutando e o ajudei a voar até lá. - Você está bem?
- Estou, não foi tão grave. - Leo respondeu.
- Desculpe, a culpa é minha. Eu deveria ter defendido as suas costas.
- Não se preocupe, Jason. Mesmo com nosso treino, eles ainda continuam sendo muito velozes.
  Assenti, sem graça.
- E o tio Leo sempre está preparado, sabia? - Ele disse, do seu jeito animado.
   Tirou do seu cinto um pacote de ambrosia.
- Achei que você só conseguisse tirar daí ferramentas. - Comentei.
- A não ser que eu mesmo coloque algo no cinto. Posso guardar qualquer coisa aqui dentro e pegar quando precisar. - Leo respondeu, pegando um pedaço de ambrosia e mordendo.
- Pode colocar um carro aí dentro? - questionei, meio incerto da resposta.
- Claro que não, é um cinto e não uma área da floresta Amazônica. - ele revirou os olhos. Pegou também um pano e algumas ataduras no seu cinto. - Pode me ajudar a estancar o sangue?
- Claro. - falei. - Mas... que sangue? - perguntei, pois assim que limpei o sangue recentemente brotado, pude ver os ferimentos da garra do grifo já fechados. Leo também olhou e ergueu as sobrancelhas.
- Bom, neste caso... - Leo pegou algodão. - Vamos apenas fazer um curativo enquanto cicatriza totalmente.
- Sim. - concordei.
Depois de terminar o curativo de Leo olhei ao redor.
- Perdemos Percy e Nico de vista. - Anunciei, olhando para onde eles haviam corrido.
- O que faremos agora? Vamos ajudar os outros? - Leo perguntou.
   Observei o combate contra centenas de monstros ao longe. Eram muito mais do que o primeiro exército. Porém eram seres fracos, nossos amigos poderiam dar conta. Assim eu esperava.
- Não. - respondi. - Não gostei daquele poder de Crisaor e Phobos não deve estar menos fraco. Vamos ajudar Nico e Percy. Foi para isso que treinamos.
- Certo. - Leo concordou.
- Consegue voar? - Perguntei.
- Claro. Estou bem. Vamos! Leo chamou, e juntos voamos para procurar Phobos e Crisaor.

Percabeth: Vidas De Meio-Sangues CasadosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora