Relaxa, Annabeth!

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ANNABETH POV-
Finalmente chegamos ao bendito hotel. Nada de monstros depois do incidente no estacionamento. Percy e eu fomos a recepção para confirmar a nossa reserva e pegar a chave do quarto. Enquanto falávamos com a recepcionista dois funcionários encarregou-se de levar nossas malas antecipadamente. Subimos para o nosso quarto número 295, último andar. Assim que chegamos, Percy já foi tirando sua camisa a qual tinha sido totalmente destruída. Desviei o olhar, como se eu nunca tivesse visto suas costas bem definidas. Ele observava cada detalhe do quarto com as mãos na cintura.
- Quer comer alguma coisa? - ele perguntou, ainda de costas para mim.
- Hum... não.
- Ok, então eu vou tomar banho, tudo bem? - Ele disse, olhando para mim. Assenti. - Não quer vim também? - Percy me olhou com um olhar malicioso.
- Não, estou bem. Muito obrigada. - Falei em um tom meio irônico, revirando os olhos, mas sorrindo em seguida para ele ver que não quis ser grossa. Ele sorriu de volta e virou-se.
Rapidamente ele abriu sua mala e pegou alguns itens para o seu banho. O observei indo para o banheiro, até fechar a porta. Dei uma olhada no quarto, realmente era incrível. Espaçoso, um projeto arquiteto bem confortante. Uma TV enorme, mini geladeira, sofás, uma pequena mesa e até alguns livros, muitas decorações enfeitando o quarto. Olhei pela janela e vi que dava para ver a piscina muito abaixo de nós. Mas, espera aí. Olhei de volta para a porta do banheiro, depois para as malas e depois para a incrível cama que se encontrava no meio do quarto. Espera. Uma cama de... casal?! Deuses! Nossa viagem foi tão agitada que eu nem raciocinei direito no por quê de estarmos viajando. Espera. Uma filha de Atena não estar raciocinando? O que??? O que o Jackson fez comigo? Acho que estou adquirindo um pouco da lerdeza dele. Claro que havia me preparado para a ocasião. Apenas deixei o pensamento de lado e me manti calma e despreocupada por todo o nosso percurso até Orlando. Mas é claro! Não estávamos viajando para missões dessa vez. Não estávamos viajando para visitar meu pai em São Francisco, nem visitar Sally e Paul. Nós estamos em lua de mel! Deuses, deuses, deuses! Estava calma há 2 segundos atrás, mas agora a ficha caiu de que eu teria minha primeira vez com Percy. O que eu estou pensando? Estamos com 21 anos. A maioria das pessoas tem esse tipo de experiência numa idade muito mais baixa hoje em dia. Porém, filhos de Atena geralmente fazem o pacto de abstinência até, pelo menos, o casamento, em homenagem a nossa mãe que é uma deusa pura. Por que estou nervosa? É apenas o Percy. O cara por quem sou apaixonada desde os 14 anos. O mesmo cabeça de alga que conheci quando tinha 12 anos. Tudo bem, Annabeth. Só relaxa. Acredito que aqui tenha um imóvel com banheira de hidromassagem, já que é um hotel de luxo. Obrigada pelo presente, Apolo. Então melhor relaxar um pouco. Pego um pedaço de papel e deixo um bilhete na cama para Percy, avisando que volto em 20 minutos. Pego o necessário para o banho e vou para a sala de hidromassagem.
O banho me tranquilizou um pouco. Quando voltei ao quarto, Percy estava deitado na cama, apenas de bermuda, mexendo no celular. Sua cara estava muito despreocupada. Isso só explicava uma coisa: Ou o Percy era realmente muito, muito, lerdo ou ele não estava nenhum pouco nervoso. Ele me olhou quando me ouviu fechar a porta.
- E aí, senhora Jackson.
- Oi, cabeça de alga. - Sorri e me sentei na cama.
Ele colocou o celular na cabeceira da cama. A propósito, há dois anos atrás Leo e outros filhos de Hefesto conseguiram inventar celulares que, com certeza, foram abençoados pelos deuses, pois os monstros não conseguiam nos rastrear através deles. Percy sentou ao meu lado.
- E aí, gostou do Hotel? - ele falou.
- Sim, é realmente fantástico. - eu disse. Estava trêmula, mas ele não percebeu.
- Amanhã iremos visitar lugares bem legais. - Percy disse, beijando meu ombro, por cima do roupão que eu vestia. Me arrepiei e percebi que minhas mãos estavam geladas. - Eu te amo. - Seus olhos verdes confirmavam o que ele acabara de dizer. Ele deu um meio sorriso.
Dei um selinho nele.
- Percy... - Sussurei. Manti minha testa colada na sua.
- Sim? - ele disse calmamente.
- Você não está nervoso? - perguntei com os olhos fechados.
- Por que estaria? - Abri os olhos. - Enquanto você estiver comigo, nada mais importa.
- Você não entende o quanto isso é difícil?
- O que é difícil? - ele me olhou.
- Essa nova experiência.
Ele ficou me observando, como se realmente não estivesse entendendo meu nervosismo.
- Hum... Só relaxa. - Percy e suas frases inteligentes.
Revirei os olhos e me aproximei da sua boca. Ele suspirou fracamente, fechando os olhos, e depois selou nossos lábios, dessa vez num beijo mais intenso.

Percabeth: Vidas De Meio-Sangues CasadosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora