Luta de sensações

Capítulo 5

Sinto cheiro de café e me sinto relaxada, me espreguiço me levanto, me visto, escovo os dentes e o cabelo, assim que apareço na sala, vejo Ricardo sentando confortavelmente no meu sofá, tomando café e lendo jornal, tem uns 3 exemplares diferentes na mesa de centro e ele está concentrado, apenas de cueca e parece à vontade na minha sala, é como se ele fizesse parte daquele ambiente desde sempre, sorrio mentalmente, não seria ruim encontra-lo assim todas as manhãs.

Passo por ele e pego uma xicara de café, ele larga o jornal e faz sinal para eu sentar nas suas pernas, em uma atitude normal eu nunca faria isso, na verdade essa não sou eu, mas eu me rendo, sento no colo dele e sinto seus braços me enlaçando, seus lábios na minha nuca, ele pergunta:

- O que fará hoje? - e morde minha orelha levemente

- Ainda não tenho nada em mente, por quê? - Olho para ele e quase me desmonto, como ele é lindo de manhã, seu sorriso, seu cheiro, seu hálito, seu peitoral... Isso me lembra a nossa noite e mordo os lábios, ele percebe..

- Ops! Calma, quero terminar meus jornais e quero fazer um programa gostoso com você hoje e claro, quero repetir tudo que fizemos ontem.

Ele fala com malicia e me levanto, não vejo a hora de repetir nossa noite, quando estou saindo ele bate na minha bunda, eu em outro momento teria batido nele, socado até tirar sangue, eu odeio que batam na minha bunda, mas agora, foi erótico, sexy e me sinto gostosa com o tapa.

Sento-me no sofá e ligo a TV, tomando meu café assisto a um programa de noticias sobre lutas, e fico concentrada, quando termina, vejo nossos pés juntos e pego Ricardo me olhando, eu pergunto a ele:

- Que foi?

-Você é linda! Muito linda! - Eu ia falar que não sou não, que ele já deve ter visto mulheres melhores e infinitamente mais bonitas que eu, que ele está sendo muito gentil, mas me lembro da minha amiga Vanessa, ela sempre diz que quando recebemos um elogio: "nunca conteste, apenas agradeça!" então eu digo:

-Obrigada. - Sorrindo meio amarelo

-Então, estava pensando em dar um passeio, você gosta de mar?

-Sim, onde nós vamos?

-É uma surpresa, coloca uma roupa de praia.

Uma hora depois estou de bermuda, camiseta, óculos de sol e chinelos, ele foi em casa e estar da mesma forma, bermudas, camiseta, óculos escuros e chinelos, chegamos numa espécie de galpão ele estaciona e pego minha bolsa, somos recebidos por um senhor alto e encorpado, parece trabalhar com mecânica, está limpo mais sua roupa parece manchada de graxa, Ricardo aperta sua mão eu o imito sorrindo:

-Como vai sr. Ricardo?

-Estou ótimo, Mauro e sua filha?

-Estamos bem.

-Está tudo pronto? Abasteceu como pedi?

-Claro, está tudo conforme solicitou.

Agradecemos novamente e vamos para os fundos do galpão, tem várias peças, e prateleiras com motores, quando abrimos uma porta me deparo com o mar, o céu limpo e azul se confunde com o azul do mar, vamos caminhando por um deck e vejo uma lancha do tamanho do meu apartamento, ele sobe com facilidade e me ajuda a embarcar e eu pergunto:

-Vamos andar nisso? Você sabe pilotar?

Ele faz cara de ofendido e responde:

-Mas respeito com a "Sra. Lady" e sim vamos passear e sim eu vou pilotar, sei pilotar e sou até bom nisso.

Sento-me e vejo-o aprontando os controles, o Sr. Mauro o ajuda a retirar as cordas e sinto a lancha ligar e caminhar sobre as ondas, o dia está perfeito para um passeio assim e de longe vejo as pessoas na praia. Ricardo parece a vontade e até muito feliz com o ambiente que se encontra, imagino que esse é o seu refugio, fico olhando as outras lanchas, barcos e embarcações atracadas, algumas navegando e outras retornando a costa, me sinto leve e percebo como é fácil gostar de pilotar, não vemos nada a frente, apenas o mar azul em sua imensidão. Levanto-me e vou em direção ao meu piloto, o abraço por trás e ele retribui beijando meu braço e falo: