Capítulo 56

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POV'S Harry

Olhei para ela e logo em seguida para o envelope. Suspirei.

- Você já abriu? - perguntei encarando o envelope.

- Já... Não aguentei esperar. Entregaram pouco tempo depois de você ter saído. - ela disse e abaixou o olhar.

Sem esperar abri o envelope, retirei o papel o mais rápido que pude e me deparei com uma imagem, de primeira fiquei sem entender, mas logo caiu a ficha e as lágrimas se acumularam, junto dela havia um papel pequeno escrito:

"É o seu filho".

Não pude conter as lágrimas e comecei a chorar desesperadamente, aquilo me partia o coração em pedaços, não só o fato de ele estar vivo e não poder salvá-lo daquela tortura, mas sim pelo fato de ele estar vivo e eu correr o risco de não o ver, não o tocar... não cumprir meu papel de pai.

Passei a mão lentamente pela imagen do meu filho, a imagem de ultrassom era borrada e não dava para entender muito bem. Procurei dentro do envelope em busca de mais alguma coisa.

Nada. Estava vazio.

POV'S Kiara

Acabei adormecendo no carro de tanto chorar, quando acordei estava no colo do cara que me levou. Ele abriu a porta e me colocou no colchão.

- Me conta o que fizeram. Por favor! - pedi. De repente o outro cara de máscara entrou, fiquei o observando até ele se aproximar do outro.

- Contar o que? - ele perguntou, dessa vez estava usando uma máscara preta que só deixavam seus olhos visíveis, a voz ficava abafada.

- Eu... Levei ela para fazer uma ultrapassom. - olhei fixamente para ele assim que as palavras sairam da sua boca - Como você havia pedido. - completou.

- Hmm. Vamos terminar essa conversa lá em cima. - o cara de máscara disse e eu hesitei.

- Por favor conte-me se meu filho está bem. - implorei com a voz fraca e baixa, o nó na garganta dificultava mais ainda a saída da minha voz.

- Contar pra você? Não será necessário. - o cara de máscara disse caminhando em direção a porta. - Vamos logo! - ele mandou e o outro cara saiu da sala.

Tentei levantar e correr até a porta, mas minhas perns as eram muito fracas e eu acabei caindo. Assim que ele fechou a porta à escuridão tomou conta e só dava para escutar o barulho do meu choro, soluços, sofrimento, dúvida.

[...]

À noite havia chegado e aquela sala horrorosa ficou mais escura ainda. Tenho sorte por não ter medo de escuro, se não iria acabar enlouquecendo. Fiquei passando a mão na minha barriga.

- Hey! O que você acha de me dar um sinal? Se você ainda estiver vivo... - segurei o choro - O ruim de não ser experiente nesse assunto é não saber se já com cinco meses você já pode mexer. - suspirei - Acredita que não escolhi um nome pra você? Eu e seu... pai, estávamos querendo escolher juntos. Parece loucura eu estar conversando com você filho mas... eu me sinto bem melhor, já que não tenho ninguém além de você, vou conversar com você. - disse e sorri pela minha loucura, já fazia um tempo que eu não sorria, a sensação de conversar com ele e de saber que ele estava ali me confortava.

De repente a porta se abriu e eu ne assustei. Era o cara sem a máscara, me aliviei um pouco.

- Aposto que está curiosa? - ele perguntou e eu não respondi - Não vai falar comigo depois do que eu fiz por você?

- Acha mesmo que só porque você me deu comida, roupas e me levou para uma ultrapassom vamos virar melhores amigos? - devolvi a pergunta e ele sorriu.

- Eu tive muita sorte e você também, não era para mim ter saído com você ou ter te dado comida e roupas... E a ultrassom nem era pra ter sido feita. - ele disse e se sentou ao meu lado no colchão velho, me afastei.

- Hm. - murmurei.

- Bom... Eu trouxe isso. - ele disse e me entregou um envelope. Peguei o mesmo. - O seu... namorado recebeu um igual está tarde. E se meu chefe descobrir estou morto. Não era pra mim estar te mostrando isso.

Abri o envelope e vi a imagem da ultrapassom, coloquei a mão na boca e comecei a chorar.

- Não se preocupe, ele está vivo e está crescendo conforme o padrão. Você teve sorte. - ele sorriu.

Depois de alguns minutos chorando consegui me recuperar.

- Obrigada... - agradeci.

- Me agradeça não contando para meu chefe. Posso confiar em você? - ele perguntou.

- Não acha melhor me amarrar e me bater até eu concordar? - falei e ele riu.

- Sei que não precisa disso.

- Bom então pelo menos me fala seu nome. - pedi e ele virou a cabeça em negação - Então eu vou contar, mesmo que depois eu tenha que apanhar! - ameacei.

- Qual a necessidade de saber o meu nome?

- Qual a necessidade de esconder ele?

- Tem razão. Meu nome é Zayn. Zayn Malik.

...Continua...
Amoreeeess!! Estava doente, mas estou melhor agora, por isso a demora!!! Obrigada por estarem acompanhando, favoritando e comentando, isso me incentiva muuuitoo. Bjjs e até o próximo...
***Priih***

Chance | H.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora