Capitulo dois

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Harry olhava sua mãe falando com o medico que havia entrado em seu quarto mais não fazia esforço nenhum em compreender o que falavam, já que conversavam baixo, na verdade o garoto só encarava, sem enxergar nenhum dos dois. Ele só pensava no que havia acontecido, e em como ele chegou a esse ponto.

- Filho .. você quer alguma coisa? – Anne perguntava sentando ao seu lado. Ela olhava o filho que tinha um olhar triste e vazio. – Quer me contar o que aconteceu?

- Quero a Els mãe, chame ela para mim por favor? – pediu o garoto com olhos claros ignorando a segunda pergunta da mãe. Eleanor. Ela era quem ele esperava encontrar quando acordou nesse lugar. Era ela quem sempre estivera do lado dele quando ele tinha essas recaídas.

- Tudo bem.- Anne não insistiria com o filho, afinal, sabia que ele não se abriria para ela agora. Mais contava com Eleanor, havia revelado a pequena garota as coisas que soube, por parte do médico claro, e garota havia dito outras depois de descobrir o que tinha acontecido com Harry, mais preferiu deixar para Harry assumir a mãe o porque de tudo, disse que seria melhor eles conversarem depois.

- Hazz – Harry ouviu o som da voz de sua amiga e se virou para a porta, ela tinha aquele olhar acolhedor, não era pena, pois sabia que Harry não suportaria que sentisse pena dele, e tinha um sorriso triste em seus lábios. Ela chegou mais perto sentando na cama e logo sendo abraçada pelo garoto.

- Minha mãe quer me mandar pra um clinica Els. – dizia ele chorando. – Ela não me quer mais. Por favor me ajuda, não deixe isso acontecer. – implorou o garoto a sua amiga.

- Hazz me desculpe mas ... estou de mãos atadas. – Eleanor já tinha lagrima nos olhos – Eu não queria que isso acontecesse, você sabe o quanto eu disse pra você disso tudo, queria muito que você parasse mais o que aconteceu foi pior ainda. – ela se referiu ao estado dele agora, enquanto ele saia do abraço e abaixava a cabeça, se odiava por fazer a amiga chorar e por pensar que a mãe não o amava mais. Era tudo culpa dele.

- Vai ser melhor pra você Harry. E eu sei o que esta pensando. Pare com isso sim? Sua mãe te ama mais que tudo, e ficou arrasada quando descobriu que fazia isso já tinha tempo, mais eu não estou dizendo isso pra se sentir culpado, estou falando que ela quer o seu melhor. Nós conversamos, e sempre terá alguém na clinica com você, sempre iremos te visitar okay? Não vai ser como esta fantasiando, você trancado em uma sala tachado de louco. E .. Acho que devia assumir a ela, pelo menos em parte, enquanto não está preparado para o resto. 

- É isso, você quer se livrar de mim também não é. Claro, porque o Harry é um peso para todos vocês, principalmente para você não é Eleanor, - o garoto foi rude – Que aguentou esse tempo todo, deve estar feliz por isso, já não aguentava mais. – Ele olhava para a garota com raiva e magoa nos olhos.

Ela balançava  a cabeça em negação. Ela não se deixaria levar pelas palavras e a forma que ele lhe tinha falado.

- Acha mesmo que você seria um fardo para mim Harry? Eu te amo, e é por isso que quero que vá para essa clinica, você passou de todos os limites agora, e eu não vou passar a mão na sua cabeça. – A garota falava firme e com expressão dura - Não enquanto estiver errado, porque amigos são pra isso, eles te chamam atenção e tome isso pra você, pense nisso, olha só como esta agora.

Harry continuava a encará-la com um olhar nada bom. Ela suspirou e olhou pela janela. Anne conversava com alguém ao telefone e logo olhou a menina. Acenou a cabeça e se virou voltando ao celular.

- Você continuará por pelo menos hoje e amanhã aqui Hazz..

- E depois se livrarão de mim. – disse ele rindo sarcástico.

- É, nós livráramos de você finalmente Harry. – disse a garota apertando a mandíbula, não aguentando mais as acusações. Se sentou na cadeira ao lado da cama e cruzou os braços.

(...)

Ele já havia saído do hospital, e claro, como qualquer outro adolescente, tentou convencer a mãe mais uma vez de que poderia mudar a situação. O que não deu muito certo. Anne não gostaria de fazer isso com o filho, mais precisava então ela faria.

Harry caminhava ao lado do médico que acompanhava a sua mãe. O garoto olhava para todos os lados do grande corredor em que passavam. Havia outros médicos e enfermeiras, juntamente com os pacientes que ficavam na clinica, todos ali se interagiam, como se fosse familiares mesmo, mais o menino já não sentia o mesmo que os outros, que deviam estar ali a bastante tempo. Ele parecia deslocado, não era justo estar ali.

Foram direcionados a um quarto, onde Harry ficaria. Sua mãe já havia cuidado de tudo, não era preciso passar na recepção, por isso foram direto para lá, com o médico sempre falando sobre as coisas que faziam durante os dias, as recreações e outras coisas  que não interessavam a Harry, ele logo sairia dali não é?

Entraram no quarto, era branco como no hospital, mais diferente de lá tinha um armário ao lado de uma cama de solteiro, uma cômoda em frente a cama, com uma janela que tinha a vista do grande jardim da clinica, mais cercado por grades, para a proteção das pessoas. Talvez ele preferisse o hospital, aquele lugar parecia um hospício que queria ter cara de um local acolhedor. O médico deixou o garoto e a mãe sozinhos no quarto, de agora em diante, Anne só poderia vê-lo em horas marcadas e nem todos os dias seria possivel.

- Harry .. –a mãe o chamava, mais o menino não a olhava nos olhos, estava mais é observando o jardim lá fora.  – Tudo bem – ela se levantou da cama e depositou um beijo na testa do filho. – Virei te visitar logo, eu te amo meu filho. – Ela caminhou a te a cama esperando alguma reação do filho, mais ele continuava calado. Saiu trancando a porta e caminhando em direção ao médico, que o apresentaria o psicólogo/psiquiatra que ajudaria Harry, enquanto o mesmo olhava para a porta que a mãe havia fechado a pouco segundos. Como ele havia pensado, ele não ficaria aqui muito não é?

Só que ele não imaginava que aquele lugar, poderia mudar o rumo que sua vida estava tomando.

(..)

- Senhora Anne, esse é o Dr Tomlinson, Louis Tomlinson. Ele ficará responsável por acompanhar Harry enquanto ele estiver por aqui.

am·big·u·ous | Larry Stylinson editingWhere stories live. Discover now