Capítulo 11

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Antes de descermos para a sala com a mãe do Dylan, deixamos nossas malas no quarto que vou ter que dividir com ele durante cinco anos. Ninguém merece!

- Como foi?- perguntou ela sentada no sofá de frente.com a gente.

A Sr. Philips parece estar bem interessada na nossa lua de mel. No desastre da lua de mel, em meio termos. Tínhamos nossos momentos felizes, mas breves. Só de pensar, me fez querer chorar. Sabia que tudo o que passamos no Havia, ficaria lá, até mesmo o Dylan "meio divertido" ficaria para trás. Fiz questão de responder a pergunta da minha sogrinha.

- Horrível!

Fiz cara de quem não estava nem aí para nada, ainda mais para o que Dylan estava pensando neste momento com minha resposta.

- Sério?- a pergunta veio de Dylan.

Dei de ombro sem nem mesmo olhar para ele. Não estava afim de olhar para aqueles olhos frios que estava fitando-me neste momento.

- Vão com calma, o começo é assim mesmo- Sra.Philips deu um sorriso sem graça.- vai dar tudo certo vocês tem cinco anos para se dar bem... Ou não!

- Nunca vou me acostumar com essa troca de humor desse cara.- disse com uma certa raiva dele.

- Não precisa se acostumar, - levantou ele do sofá- a partir de hoje, seremos apenas estranho um para o outro!- disse frio.

Mais uma facada em meu peito. A segunda do dia. A outra foi hoje cedo, quando me perguntou se estava pronta para voltar para a vida real. Quis chorar aqui mesmo. Pedir para que ele não me veja como uma estranha, e sim, como uma mulher, a sua mulher!

- Estou vendo que nada vai mudar entre vocês...

Sai da sala antes da Sra. Philips terminar de falar. Subi as escadas correndo, quase cai em prantos ali. Entrei no quarto que nem um furacão. Joguei as malas no chão, fazendo um barulho alto. Em seguida, me deitei na cama de barriga pra baixo e com o rosto no travesseiro. Chorei. Chorei demais. Chorei que nem criança.

O que o Dylan disse me deixou assim, arrasada, destruída por dentro. Possibilidade de eu estar realmente apaixonada por ele. Gritei no travesseiro e soquei a camacom raiva de mim mesmo, dos sentimentos que estava fluindo em meu coração sem a minha permissão.

O amor é injusto comigo. Todos os meus namoros deram errados. Não adianta um só amar, tem que ter os dois lutando, os dois amando, os dois crescendo juntos para que dê certo. Mas só eu fazia isso. Era como se eles quisessem apenas aproveitar de mim, da minha ingenuidade. Mas eu, tola, louca lá e caio feito um patinho.

Com todo esse pensamentos em meio ao choro, acabei dormindo. Simplesmente apaguei.

...

Dylan

Não pretendo questionar meus pais sobre o casamento. Pra mim, na minha opinião, fizeram a melhor coisa. Tá! No começo não queria de jeito nenhum me casar. Ainda mais com uma desconhecida. Mas mudei de idéia na mesma hora que vi aquela garota. A que foi destinada para mim desde pequena. A razão de ter me ferrado todos esses anos.

- Poderia ser mais gentil com ela, fiz o favor pra você - virei para encarar meu pai- para se casar com ela!- jogou na minha cara.

- Eu não queria me casar com ela!- menti.

-Ah, não? - Me olhou com indignação- Quem era que ficava perseguindo a garota durante o dia todo? Durante dez anos?

Meu pai fez uma pergunta da qual não sei responder. Por incrível que pareça, essa é a primeira vez que não tenho a resposta na ponta da língua.

- Vocês dois, parem. Ela pode ouvir a discussão de vocês!- avisou minha mãe.

- Ela já sabe de tudo. Contei há ela... - revelei.- Em partes!

- Como ela reagiu?- perguntou minha mãe interessada.

- Ficou interessada na mãe...

Me interrompi lembrando da noite passada com Jenny. Não sei o porquê disso agora. Passeio dia todo sem me lembrar... Por quê agora? Por não depois, quando eu estivesse sozinho.

Antes que meus pais percebam que havia corado, coloquei minha mão diante da minha boca. Tentando não mostra há eles, virei de costas, ficando de frente às escadas... As subi sem mesmo ligar para os meus pais. A única coisa que ouvi foi minha mãe dizendo:

- Filho ingrato, vamos embora meu bem!

...

Além daquela porta entre aberta, o quarto iluminado, mas sombrio. Pude ver um anjo deitado na minha cama. Um lindo e belo anjo, cuja as asas não se encontravam ali, mas lá estava.

Entrei no quarto sem fazer barulho para não acorda-lá. Tirei os sapatos antes de ir até o lado da cama de Jenny. Agachei para vê-lá melhor, gravar esse momento, essa beleza.

Poderia deitar-me aqui com ela, como se fossemos um casal de verdade. Um casal feliz... Mas não é bem assim. Somos estranho um para o outro, não nos conhecemos. Não havia cabimento me comportar assim. Estou parecendo um adolescente apaixonado.

Passei minhas mãos no meu rosto, tentando acordar, voltar em si. Voltar o que era antes de me reencontrar com ela. Não estava preparado. Não era à hora!

Se soubessem que a pessoa quem me fez sofrer, é ela. Soltei um ar de alívio junto com algumas lágrimas. As sequei imediatamente, caso Jenny acorde e me peguei chorando.

Nada Além de um ContratoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora