Capítulo Trinta e quatro

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ANTEPENÚLTIMO CAPÍTULO!

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“– Christian? – era a voz de Aron. Ela vinha de algum lugar que ele não sabia. Confuso e assustado, ele apenas disse:

— Aron?

— Christian, acorde!

— O quê?

— CHRISTIAN, ACORDE!”

Ele entreabriu os olhos, e de imediato sentiu uma dor excruciante do lado esquerdo do seu rosto. Era uma dor terrível, sentia-se como se parte do seu rosto tivesse se partido e que seu crânio também. Toda a região de sua cabeça doía. Mas não era apenas nela onde estava a dor. Todo o seu corpo também. O príncipe tentou lembrar-se o que aconteceu e descobrir onde está, demorou um pouco.

E então tudo veio.

O mascarado.

A perseguição.

A Floresta Negra.

O golpe.

Como pôde ser tão burro? Estava mais que obvio que tudo àquilo não passava de um plano arquitetado pelo próprio demônio e ele apenas seguiu para o inferno. Ele sempre estava a um passo a frente. E pra isso, só podia ser alguém próximo. Estremeceu. Era alguém próximo, tão próximo que sabia de seus passos, sabia de tudo. Até mesmo que ele estaria cavalgando pela floresta mesmo sem ter dito a ninguém. Era ainda pior do que ele imaginava. Essa constatação o apavorava. Lembrou-se de seus pais, seu irmão, sua cunhada grávida, sua prima e sua amada. Eles podiam estar correndo risco de vida.

Estremeceu outra vez.

Saíra do castelo tão perdido, e agora se dava conta que foi um erro deixar para trás as pessoas que o ama. Por mais que seus pais tenham errado, eram seus pais e isso nunca mudaria, afinal, quem não comete erros?

O príncipe Christian tentou se concentrar, mas havia um turbilhão de dúvidas em sua mente e para completar tinha a terrível dor que parecia piorar cada vez mais. Suas pálpebras estavam pesadas e ele sentia seu corpo balançando lenta e levemente. Podia sentir o gosto do sangue na boca. Estava escorrendo, podia sentir isso também. Aos poucos, a fraqueza e a dor foram vencendo os poucos resquícios de sobriedade.

Sem forças, ele se deixou levar pela inconsciência novamente.

(...)

O susto foi tão grande que a princesa Anastásia não reagiu de imediato. Apenas ficou ali, ajoelhada no chão, com a boca e os olhos escancarados encarando a figura a sua frente. Não podia ser. Ela só podia estar alucinando! Nunca imaginaria encontrar Leila, para se sincera, Ana nem ao menos se lembrava dela desde sua expulsão do palácio. Não tinha nenhum interesse de sua parte que quisesse saber onde estaria ou o que estava fazendo. Nada. Absolutamente nada. E isso a perturbou. Como pôde esquecer-se de uma mulher como Leila? Que tanto a prejudicou. Mas o que mais perturbava Anastásia era a pergunta que não queria calar: o que ela estava fazendo ali?

Impulsionada, a princesa soltou um grito e se arremessou para trás, saltando sobre o corpo de Hannah, uma de suas mãos se machucará com o movimento. Seu pulso começou a doer pelo impacto causado da queda. Ainda segurando o candelabro com a outra mão, ela o apertou como se fosse uma arma, sabia que se Leila tentasse algo, Anastásia se defenderia a qualquer custo.

— O que você está fazendo aqui? – ela quis saber. Já levantada, Anastásia a encarava com determinação e um pouco temerosa. Seu corpo parecia mais frágil, seu emocional estava abalado por sensações ruins que ela desconhecia.

Um Príncipe em Cinquenta Tons (REPOSTANDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora