Capítulo dezesseis

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José mal parou a carroça e a jovem pulou de cima. Anastásia empurrou a porta e entrou correndo dentro de casa foi direto ao quarto dos pais e se jogou em cima do corpo que clamava pelo seu nome.

– Mamãe, o que ele tem?

– Eu não sei, fiz um chá e dei a ele, mas não adianta. – diz Carla preocupada sentada na beirada da cama.

– Quando ele ficou assim?

– Semana passada, ele tinha ido cedo para o comércio quando a tempestade caiu. - ela olha para a filha e estreita os olhos.– Onde conseguiste este anel e este colar? – pergunta ao ver as joias.

– Ah, mamãe é uma longa história depois eu te explico. Agora não tenho cabeça para falar disso. – diz Ana segurando a mão do seu pai que chamava por ela. Ray estava ardendo em febre e o termômetro constatava que estava muito alta ao ponto de fazê-lo delirar sussurrando coisas desconexas.

Ana e sua mãe passaram a tarde cuidando dele enquanto José ficava na barraca dos tapetes, infelizmente não podiam ficar sem vendê-los. As vendas andavam fracas ultimamente causando poucos lucros o que não é bom, pois eles tinham dividas a serem pagas, além de impostos ao palácio e os alimentos para sobreviverem. Aquele era o único meio de sobrevivência da família Steele não havia nenhum outro, Ana trabalhava no castelo sem receber uma misera moeda justamente porque sua servidão ao castelo pagariam os impostos atrasados. O dinheiro que tinham era pouco não o suficiente para pagar um médico e remédios que ajudariam na melhora de Ray por isso Carla tentava ao natural com as ervas que tinham na pequena horta e mesmo assim parecia não funcionar.

(...)

A noite havia chegado em um estado congelante de maneira que notavelmente se via uma lufada de ar sair dos lábios ao pronunciar alguma palavra esse clima normalmente acontecia no inverno e não na primavera o tempo mudava de uma hora para outra constantemente, uma hora quente outrora frio em um nível insuportavelmente elevado. Ray continuava com sua febre alta ao menos agora estava acordado e com a ajuda de José foi se levantando aos poucos e sentando na cama.

– Ah, papai. – diz Anastásia o abraçando apertado, Ray retribui fracamente o gesto.

– Filha, eu senti tanto a sua falta.

– Eu também, papai, estou tão preocupada contigo, odeio vê-lo deste jeito.

– Sinto muito por preocupa-la. – diz seguido de uma tosse.

– O senhor precisa de um banho, mamãe está o preparando, chamarei José para ajudá-lo a ir até o banheiro. – quando Ana ia saindo do quarto José apareceu junto com Carla. – Ah, já ia te chamar, José.

– Como está se sentindo, meu amor? – perguntou Carla acariciando o rosto do marido ternamente seu semblante estava carregado de preocupação.

– Não muito bem, sinto-me fraca como se a qualquer momento fosse desfalecer além de algumas dores musculares. – ele tenta se levantar, mas é impedido por ela.

– Poupe suas forças, José venha aqui e o ajude, por favor. – prontamente José ajudou seu tio a se levantar e se apoiar em seu ombro, Ray estava muito pálido, enquanto José e Carla o ajudava Ana foi a cozinha preparar o jantar, uma canja de frango seria ótimo para ele.

(...)

– Querida, fique calma, John sabe o que faz. – diz o rei a sua rainha que andava de um lado para o outro a espera de noticias de sua nora.

– Não consigo Cary, sinto-me sem chão, não suportaria perder mais ninguém. – quando seu filho mais novo, o príncipe Aron, fora assassinado, a rainha Grace entrou em depressão e aos poucos foi se recuperando de sua perda, mas não totalmente, pois às vezes chora baixinho à noite ao se lembrar de seu menininho de olhos verdes.

Um Príncipe em Cinquenta Tons (REPOSTANDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora