Capítulo treze

4K 364 30
                                    

Não era um bom dia. Problemas e preocupações mais problemas e mais preocupações se acumulavam de maneira descontrolável. O dia estava cinzento e nublado assim como o seu humor. Antes mesmo do cantar do seu despertador, o príncipe Christian estava acordado. Não houve uma noite de sono tranquila e sim perturbadora. As imagens de Anastásia em seus braços tão frágil e machucada lhe assombravam. Como alguém pôde fazer mal a um ser tão inocente como ela? Como ele podia pensar que ela era uma assassina? Mas do que nunca o príncipe Christian quer a verdade.

Ontem quando Taylor encontrou Ana, Andrew e Sawyer perseguiram o mascarado, mas o infeliz se embrenhou na escuridão e sumiu. Mesmo os soldados com tochas na mão para iluminar o caminho não conseguiram encontra-lo, mas encontraram algo na trilha de seus rastros que fez o príncipe ficar bastante chocado e furioso.

Flash Back On:

Ana estava em seu quarto sendo cuidada por sua mãe, Gail e Hannah enquanto os outros estavam no corredor à espera de noticias. O príncipe Christian se sentia sufocado, o ar parecia ser insuficiente para seus pulmões, saiu dali indo para a cozinha beber um pouco d'água quando foi interceptado por Taylor.

- Alteza, eu conversei com teu pai e atendi a teu pedido. Apenas contei o que ele precisava saber ocultando alguns fatos. - disse se referindo as suspeitas de Christian para com Anastásia.

- Obrigado, Taylor. E onde ele está?

- Subiu para seus aposentos. - assentiu. - Se me permite alteza, preciso conversar contigo, poderíamos ir à biblioteca?

- Claro, general. - concordou o príncipe e eles seguiram para a biblioteca, Christian notou que Taylor trazia nas mãos algo fino e cumprido enrolado em um pano velho. Entraram no cômodo e o príncipe sentou-se na cadeira atrás da mesa e o general a sua frente. - Pode falar Taylor, espero que seja algo relacionado àquele maldito.

- Alteza, o que tenho a dizer se refere a ele sim e é algo bastante intrigante e esclarecedor. - Christian ficou confuso e ansioso e pediu que prosseguisse. - Infelizmente, nossos soldados não conseguiram pegar o desgraçado. Mas encontraram esse pedaço de pano negro enganchado num ganho de uma arvore - ele mostra o pedaço de pano rasgado -, mas o mais interessante não é isso. Alteza, o senhor se lembra de como o príncipe Aron foi assassinado? - pergunta o general e Christian franze o cenho em confusão.

- Mas é claro que lembro, Taylor! Como iria me esquecer de tal ato que devastou minha família? - disse se recordando da dor e das lágrimas derramadas por sua família e isso só aumenta a sua sede de vingança.

- E vossa alteza se lembra da arma que o matou?

- Por Deus, Taylor! Onde queres chegar com isso? É claro que me recordo de absolutamente tudo! - disse quase gritando se levantando da cadeira, nervoso.

- Uma flecha! Uma maldita flecha roubou a vida de meu irmão.

- E essa flecha se parecia com essa? - o general desenrola o pano velho que estava em suas mãos e mostra uma flecha cumprida de madeira escura, sua ponta triangulada de ferro acinzentado e a calda com umas penas de cor negra. O príncipe arregalou os olhos ao ver a arma que matou seu irmão nas mãos do general.

- C-Como? - gaguejou.

- Nossos soldados encontraram essa flecha caída no chão perto da arvore em que esse pedaço de pano estava preso. Acredito que pertença ao mascarado já que a verdadeira que matou seu irmão está no cofre. - se fosse possível Christian arregalou mais os olhos, seu coração estava disparado, estava com medo do rumo daquela conversa. - Essa flecha foi feita a mão por alguém com habilidades, provavelmente o mascarado a deixou cair na tentativa de se desprender do galho. Ela não pertence ao vosso reino e a nenhum de nossos soldados já que a nossa é totalmente diferente. Quando a vossa alteza me confidenciou suas suspeitas eu não acreditei nelas. Para usar uma arma assim precisa ter prática e mais pratica ainda em conseguir mirar seu alvo na escuridão. Esta moça, Anastásia é apenas uma vítima. - disse Taylor convicto, seus anos de experiência o ajudaria a identificar alguém cruel, um verdadeiro assassino não era a toa que os soldados havia sido escolhido por ele para enfrentar as batalhas. E ontem ao fitar os olhos daquela jovem não viu nada mais que medo.

Um Príncipe em Cinquenta Tons (REPOSTANDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora