Capítulo XXXIX

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  Não vou dizer que não chore, pois nem todas as lágrimas são um mal.

J.R.R. Tolkien


Spencer

Me remexo na cama e percebo que Hope não estava deitada ao meu lado, me levanto devagar e a procuro no banheiro, depois vou ao quarto de Angel, a mesma dormia, mas Hope também não estava lá. Procuro pelo resto da casa e não a encontro, começo a me desesperar, onde será que Hope estava?

— Jack, acorda.

Bato no quarto em que meu sogro estava dormindo, precisávamos achá-la.

— O que foi?

Ele aparece na porta com uma arma em mãos. Ele tinha dormido com esse troço em mãos?

— Hope sumiu.

Ele me observa por uns segundos e volta a entrar no quarto, depois volta com um robe por cima de seu pijama.

— Tem certeza disso?

Sua expressão era séria, mas eu via em seus olhos que ele estava com tanto medo quanto eu.

— Eu a procurei por toda a casa, ela não está em lugar nenhum.

— Você falou com os agentes?

Ele então sai do quarto e anda em direção as escadas descendo as mesmas apressado.

— Sim, nenhum deles a viu.

Desço em seu encalço.

Já era 11:00 horas e ninguém ainda sabia de Hope, todos da equipe estavam em minha casa tentando montar seus últimos passos. Eu estava extremamente nervoso, desesperado na verdade, eu não podia perdê-la.

— Eu quero entender como uma mulher grávida passa por vocês sem ser vista?

Jack gritava com os agentes que deveriam está tomando conta de nossa casa.

— Eu quero saber o que o FBI está ensinando para esse bando de imprestáveis.

Eu apenas andava de um lado para outro tentando pensar, o que estava difícil. A primeira coisa que vinha em minha cabeça era a morte de Maeve, eu não suportaria perder Hope também.

— Jack fique calmo.

Rossi puxa o amigo para a cozinha e Morgan dispensa os agentes que saem de cabeça baixa. Eu também queria entender como eles não a viram, mas Hope é esperta, saberia sair sem ser vista.

— Spencer.

JJ se aproxima de mim me impedindo de continuar a andar pela sala.

— Você vai fazer um buraco no chão dessa maneira.

Eu precisava fazer alguma coisa, eu estava me sentindo impotente, a mulher que eu amo está por aí correndo perigo e eu aqui sem poder ajudar.

— JJ...

Não consigo continuar, simplesmente desabo, a mesma me abraça tentando me reconfortar.

 Não consigo continuar, simplesmente desabo, a mesma me abraça tentando me reconfortar

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— Vai ficar tudo bem.

Ela dizia baixinho em meu ouvido.

— Papai.

Me afasto de JJ ao ouvir a voz de meu anjo, ela estava do lado de Pen e me olhava assustada.

— O senhor tá chorando.

Limpo meu rosto sorrindo para mesma, me ajoelho a sua frente tentando parecer bem.

— Não minha pequena.

Ela me abraça me apertando em seus bracinhos pequenos.

— É por causa da mamãe?

Ela é tão inocente, ela não sabia de nada e nem entendia que sua mãe estava correndo risco de vida.

— Mamãe está bem.

Digo a olhando.

— Ela só foi viajar papai, ela volta.

Beijo sua testa e volto a abraçá-la.

— Viajar meu anjo?

JJ se ajoelha ao meu lado sorrindo para Angel.

— Sim Dinda, ela veio me dá tchau.

Ela diz olhando para JJ que me encarava nesse momento. Então ela tinha passado no quarto de Angel e falado com ela.

— O que mais a mamãe falou?

Pergunto agora já mais concentrado.

— Ela disse que te desse isso papai.

Ela então puxa um papel de dentro de seu vestido, era um envelope de carta, as mesmas que ela me enviava quando morava na Itália.

— Obrigada meu amor.

Beijo a testa de Angel novamente e peço a Pen para levá-la para brincar. Me levanto e vou até um canto e me sento em uma poltrona, abro a carta e começo a ler a mesma. Cada palavra era uma facada em meu coração.

— Reid.

Era a voz de Morgan ao meu lado, sua mão estava sobre meu ombro tentando me confortar, mas eu não queria conforto, eu queria minha mulher bem e aqui do meu lado, queria vê-la sorrindo a cada chute de nosso bebê, queria ela aqui brigando comigo, eu só precisava dela aqui, ela era meu conforto e minha paz.

— Posso ver?

Era a voz de Jack, me levanto e entrego a carta para ele, passo pelo mesmo rápido e saio daquela casa, eu estava sufocado.

Não ando muito longe, me ajoelho no gramado em frente a casa chorando, abraço meus joelhos com força e deixo todas as lágrimas virem. Estava doendo muito.

— Hey.

Emily estava ajoelhada ao meu lado alisando meu braço.

— Nós vamos achá-la, ela voltará para seus braços, vocês terão um lindo mini gênio e serão felizes.

Eu queria tanto acreditar em tudo aquilo, mas eu só estava com medo, muito medo. Eu sabia do que Claire era capaz, eu tinha visto de perto a perversidade dela. Ela odiava Hope e não pensaria duas vezes em matá-la.

— Eu tô com tanto medo Emily, eu não posso perdê-la, eu não suportarei.

— Você precisa ficar calmo agora, Hope precisa de você, nós precisamos do nosso gênio para achar nossa garota.

Ela estava certa, eu não poderia desabar agora, não agora. Meu foco teria que ser trazer Hope para casa em segurança. Me levanto respirando fundo, limpo meu rosto molhado com a manga de minha camisa.

— Vamos trazê-la para casa.

— Esse é o nosso garoto.




Heeeeey Sweets,

Não consegui me segurar e postei, vocês estão ansiosas como eu estou?

Porque eu estou muito. Nossa amada fanfic está em reta final, talvez apenas mais dois capítulos a frente, então agora é rezar para que tudo dê certo.

XOXO!

HOPE Where stories live. Discover now