Capítulo VII

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  "Pássaros cantam após a tempestade, por que as pessoas não podem se sentir livres para se deleitar no pouco de sol que lhes resta?"

Rose Kennedy


Hope

Havia ido o caminho inteiro do trabalho até em casa em silêncio. Estava chateada com meu pai, ele não poderia ter feito isso, levar Angel para o trabalho dessa maneira, sem me avisar. Ele sabia que quando Angel o visse quereria correr para os braços dele, era a primeira vez que minha filha via seu pai de perto, sei que não foi justo tirar ela dos braços dele daquela maneira, porém ele tinha coisas a explicar a equipe.

— Você vai ficar com essa cara emburrada o caminho inteiro Hope?

— Vou sim. O senhor não tinha esse direito pai, não tinha.

Olho para Angel por cima do ombro, ela estava caladinha em sua cadeirinha abraçando seu ursinho.

— Eu só levei sua filha para lhe ver, e já estava na hora de ele ver a filha de perto não acha?

Meu pai me olha de relance antes de voltar sua atenção para a estrada a sua frente.

— Eu sei que sim pai, só que não dessa maneira. A equipe não sabia de Angel.

Meu pai estaciona o carro na garagem da casa, no mesmo instante saio do carro e abro a porta traseira tirando Angel de sua cadeirinha.

— Isso é com vocês. Quer esquecer o passado filha? Então está na hora da verdade aparecer, só a verdade liberta Hope.

Fico pensando no que papai diz por uns instantes.

— Eu sei pai, eu voltei para poder seguir em frente. Mas a escolha deles não saberem, não foi minha, foi do Reid e eu só aceitei, a escolha não era só minha e sabe disso. No momento em que eu decidi contar para ele da gravidez, a escolha foi dele de querer ou não a Angel, e eu sei que ele a ama e hoje não tive a menor dúvida disso, porém ele se sente extremamente culpado.

— Porém hoje tudo vai encaminhar melhor, sem mentiras e tudo mais. Certo?

Balanço a cabeça confirmando enquanto caminho com Angel para dentro de casa, nesse momento ela já cochilava em meus braços.

— Vai sim pai, na segunda conversarei direito com Reid e vamos esclarecer tudo e ver como será as coisas sobre Angel.

O fim de semana passou voando, e durante os dois dias Reid não tentou entrar em contato e de certa maneira eu agradeci por isso. Precisava me preparar psicologicamente para o dia de hoje, os olhares inquisidores que eu receberia seria o ponto alto da manhã.

Volto a me maquiar novamente, se eu demorasse mais um pouco chegaria atrasada. Assim que termino minha leve maquiagem me olho no espelho pela última vez para verificar se eu estava apresentável. Estava com uma calça cintura alta preta e uma social branca e por cima um terninho preto, meus cabelos estavam soltos e cheio de ondas como sempre, sorrio para minha imagem refletida no espelho um pouco mais confiante.

— Agora as coisas vão.

Digo de forma convicta. Pego minha bolsa em cima da cama e saio de meu quarto indo direto ao quarto de Angel que ainda dormia tranquilamente.

— Tenha uma Bom Dia meu Anjo.

Beijo sua testa e saio apressada em direção as escadas, meu pai ainda dormia, era a velhice chegando, só que ele me negava isso. Saio de casa indo em direção ao carro, assim que entro ligo o mesmo e dirijo para o prédio do FBI.

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