Capítulo IX

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"Nós nascemos sozinhos, vivemos sozinhos, morremos sozinhos. Somente através do amor e da amizade podemos criar a ilusão, por um momento,que não estamos sozinhos."

Orson Welles

Hope

O dia hoje passou rápido, verifiquei alguns casos e olhei quais eram mais importantes e urgentes para a equipe poder ajudar. Havia falado com Angel na hora do almoço e ela havia perguntado por Reid. Acho que iria chamá-lo para poder ir vê-la, ela precisava dele e eu sabia disso. Assim que acabou o expediente decidi procurar por Spencer.

Ele estava sentado concentrado em alguma coisa em sua mesa, me aproximo bem devagar e cubro seus olhos com minhas mãos.

— Se adivinhar quem é, tem direito a um desejo.

Ele seguras minhas mãos rindo.

— Hope.

Sorrio e retiro minhas mãos e viro sua cadeira para ele poder ficar de frente para mim.

— Vim lhe fazer um convite Doutor.

— Pode falar.

— Um certo ser pequenino perguntou por você, e como eu a amo muito, pensei fazer uma surpresa a ela e levar o papai querido.

— Sério?

Balanço a cabeça confirmando. O mesmo se levanta no mesmo instante e pega sua bolsa animado.

— Podemos ir Spencer?

Me viro e vejo Smith sorrindo para Reid, ele olha para ela e fecha os olhos fazendo uma careta.

— Jenna, desculpe. Hope me chamou para ir ver Angel e é minha filha. Você entende não é?

Fico apenas observando a cena. Pelo que eu percebi ela parecia decepcionada, porém sorriu.

— Tudo bem. Amanhã você me dar a carona.

Carona. Hmmmm. Sorrio vendo a cara de Reid, ele parecia culpado mais ao mesmo tempo aliviado.

— Reid você pode levar a Smith para casa e de lá você vai ver Angel.

Empurro ele de leve com o ombro indicando que ele deveria aceitar minha proposta.

— Tem certeza Hope?

Ele me olha sem entender nada. Sabia o quanto ele era meio lento para essas coisas, sei o quanto ele sofreu com a morte de Maeve e nunca mais se envolveu com ninguém. Depois do ocorrido envolvendo nós dois, ele se tornou alguém em quem eu contava tudo, como eu me sentia, cada pensamento meu era pra Reid e ele se abriu comigo também. Tínhamos uma conexão que seria para sempre, tínhamos um passado que nos machucava de maneiras iguais e totalmente diferentes ao mesmo tempo. E tudo que eu desejava era que ele fosse feliz.

— Certeza. Vai logo, eu te mando a uma mensagem com o endereço.

Fico na ponta dos pés e beijo a bochecha de Reid e me afasto dos dois e vou em direção ao elevador. Garcia estava lá parada jogando em um tablet.

— O que foi aquilo?

Pen pergunta sem tirar sua atenção do jogo.

— Parece que Reid ia dar uma carona para Smith, só que eu o chamei para ir ver Angel e ele ia dar um bolo nela. Disse que ele fosse a deixar e depois iria a minha casa.

Dou de ombros e aperto o botão do elevador já que Pen não havia apertado.

— Ela sempre foi a fim de Reid, mas como já deve ter percebido, nosso garoto é meio lento nessa questão.

HOPE Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon