Capítulo XXXVII

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  "Se eu sou o que eu tenho, e se eu perder o que tenho, que sou eu depois?"

Psicólogo Alemão Erich Fromm

Spencer

Minha vida poderia ser descrita como perfeita no momento, pelo menos para mim. Eu estava com a mulher que eu amo, tenho uma filha linda que é a alegria da minha vida, vou ser pai novamente, meu trabalho é maravilhoso apesar de todo o estresse e pressão. Eu tenho a família perfeita.

— O que você tanto pensa?

Olho para Hope que estava sentada no balcão da cozinha esperando a lasanha que estava no micro-ondas.

— Em como minha vida está ótima.

Ela estava tão linda vestida apenas com minha camisa, era tarde da noite, Angel dormia tranquilamente em seu quarto, éramos para estarmos dormindo também, porém Hope queria comer lasanha de qualquer jeito.

— Eu sei, eu também estou muito feliz.

O micro-ondas apita avisando que a comida estava pronta, retiro a lasanha do mesmo e coloco em um prato, ponho em cima da mesa para esfriar um pouco.

— Acho que finalmente encontrei meu lugar.

Me aproximo ficando entre suas pernas.

— Encontrou mesmo, bem aqui.

Suas pernas se cruzam atrás de minha cintura me puxando para mais perto. Deslizo meus lábios por seu pescoço sentindo seu gosto. Eu jamais me cansaria dela, eu não conseguia. Hope havia se tornado uma droga para mim, droga essa que eu não queria parar nunca. Eu seria um eterno viciado nela.

[...]

— Eu acho que você deveria ficar aqui.

Era a milésima vez que discutíamos aquele dia, Hope é super teimosa.

— Spencer eu tô grávida e não doente.

Seu rosto já estava vermelho de raiva. Nas últimas duas semanas temos discutido bastante em relação ela fazer trabalho em campo, ela estava finalizando o primeiro trimestre da gravidez, um período crucial, eu não queria ela em perigo, nem ela e nem meu filho. Mas oh mulher teimosa essa minha.

— Eu estou pedindo isso para seu bem Hope, será que você pode me escutar?

O elevador nesse momento se abre e Hope sai sem me responder. Ela não quer me escutar, então vou ter que falar com Hotcher, é o jeito.

— O que nossa garota tem?

Morgan pergunta se aproximando de mim ao ver Hope passar com uma cara nada amigável por ele.

— O que você acha que ela tem?

Ele apenas balança a cabeça entendendo a situação, todos já sabiam os motivos de nossas discussões, mas ninguém se metia.

— Acho que você tem que deixar ela decidir isso garoto.

Não. Eu tinha que fazer ela mudar de ideia.

— Eu tenho que cuidar da minha mulher e de meu filho Derek, eu nunca estarei em paz sabendo que a qualquer momento ela pode levar um tiro ou qualquer coisa do tipo.

— Eu lhe entendo garoto, mas ficarem discutindo isso direto também não está ajudando.

Isso era verdade, quando não falávamos sobre o trabalho era apenas amor, porém quando entrávamos nessa pauta era uma guerra.

HOPE Où les histoires vivent. Découvrez maintenant