Capítulo 31

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Eu acho, SÓ ACHO que vocês vão morrer. Alguém já tem ideia do por quê?

-x-


POV Zayn

Liam tirava o resto das malas do carro enquanto eu tentava não babar muito na casa à minha frente. Ela não era grande como a casa de Londres, mas era extremamente charmosa, se fechasse os olhos por dois segundos, conseguiria me imaginar sentado naquela cadeira de varanda e escutar o barulho do mar, as ondas estourando e o céu estrelado, poderia me enrolar em um cobertor e escutar Liam contar seus segredos, seus medos.

— Gostou? — a voz grossa soou perto do meu ouvido me deixando arrepiado.

— É linda — disse sincero e estiquei a mão na direção das malas, afinal eu posso muito bem ajudá-lo.

— Não precisa — ele afastou a mão.

— Me deixa ajudar — pedi e torci para não estar parecendo uma criança no momento.

— Já está me ajudando, não está carregando a sua mala?

Revirei os olhos e ele abriu um sorriso torto.

— Pode me ajudar abrindo a porta, a chave está no meu bolso de trás — senti meu rosto corar e antes mesmo de responder, ele completou — Não se aproveita.

Idiota!

Com cuidado, coloquei a minha mão livre dentro do bolso de trás da calça dele e a calça é tão grudada que sinto como se não existisse quase nada entre a minha mão e a pele dele, era possível sentir direitinho. Mordi meu lábio e puxei a chave antes que a minha mente e minha mão me traíssem. Escutei uma risadinha e pelo meu próprio bem foi melhor não comentar nada.

— Pronto?

— Pronto — concordei e ele indicou que eu seguisse na frente, dizendo qual chave deveria usar. Assim que entramos, Liam ligou a luz e não precisei mais de mais de um minuto para descobrir que a casa era ainda mais encantadora por dentro, ela tinha um ar de lar e um sorriso surgiu no meu rosto.

— É ainda mais bonita por dentro — disse baixinho.

— Pode falar normalmente — ele disse divertido e deu um beijo no meu rosto — Vem, vou te mostrar o resto da casa, assim você pode largar a sua mala — disse colocando meu notebook em cima de uma poltrona — Depois se quiser pode se trocar pra ficar mais a vontade.

Ele começou a andar e não tive outra opção a não ser segui-lo, a vantagem que a chance de me perder aqui era bem menor. Entramos em um longo corredor que possuía alguns retratos da família pendurados.

— Esse é o quarto da Olívia — ele apontou para uma porta a minha esquerda — Depois você pode olhar melhor.

— Ela vem muito aqui?

E o silêncio que se seguiu foi a minha resposta. Bom, espero que isso mude em breve.

— Pretendo trazê-la mais vezes, temos quarto de hospedes aqui — abriu a porta de um deles — Normalmente a Ruth dorme aqui, mas se você se sentir à vontade...

— Por que essa pausa? — perguntei mordendo os lábios já imaginando a resposta que obteria.

— Ou poderíamos dividir o quarto — abriu um sorriso inocente.

Como se esse não fosse o objetivo da viagem toda. O encarei para ver até onde ele manteria esse ar inocente.

— Acho que devo ficar no quarto de hóspedes, afinal só queria... — comecei sério, mas os lábios dele gentilmente encostaram com os meus.

Elo •ziam version•Onde as histórias ganham vida. Descobre agora