Capítulo 40

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Todo momento, independente se está sendo bom ou ruim, acaba. Aquele maravilhoso final de semana para o casal, havia chegado no fim. Maite até pensou em ficar até segunda, mas daria muita pinta de que algo estava errado, então preferiu aceitar. Foi o fim de semana mais perfeito, tanto para um quanto para outro.

William levou Maite para conhecer algumas pequenas fazendas que ali perto existiam. Ela ficou encantada com o lugar, e fascinada pela tranquilidade e paz.

Quando William estacionou na frente do prédio de Maite, ele a olhou e sorriu, passando a mão docemente no rosto dela.

- Você está bem? - ele perguntou.

- Estou.

- Certeza? Não tá sentindo nenhuma dor física?

- Não. - Maite deu uma leve risada por não entender. - E por quê eu estaria com alguma dor física?

- Bom é que tem algumas mulheres, que dizem que após a primeira vez... sentem uma dorzinha e eu fiquei com medo disso acabar acontecendo com você e...

- Amor, eu tô bem. Pode confiar. - ela se inclinou e o beijou.

- Te amo, viu? Se cuida... e descansa. Amanhã você tem aula.

- Tá bem chefinho. - Maite riu, beijou o rosto dele e saiu do carro.

- É melhor eu garantir que você vai entrar em casa. - Will saiu do carro pegando na mão de Maite.

Eles entraram no edifício de mãos dadas. William só usava um boné, fazendo assim seu rosto ficar totalmente livre de qualquer disfarce. Ele mandou um beijo a Maite quando ela entrou no elevador. Sorriu novamente e se virou para ir embora.

Enquanto andava na calçada, William não olhava para frente e esse foi o erro que ele cometeu. Sentiu seu corpo esbarrar com alguém igualmente forte. Ele havia trombado com outro homem na rua. Um homem vestindo uma calça jeans, blusa branca e um colete preto. Quando ele olhou para a cara do sujeito que havia esbarrado, sentiu por um momento seu corpo esfriar de tanto medo que sentiu. Era Augusto, que olhava para ele fixamente para ter certeza de que era o mesmo cara que pensava.

- William. - a voz de Augusto soou rouca, quando ele confirmou sua suspeita.

- Augusto, o delegado corrupto. - debochou William.

- O que você está fazendo aqui seu traficantezinho de merda? - Augusto começou a ficar nervoso.

- E quem foi que te iludiu, achando que eu devo explicações a você. Verme!

- Não precisa ficar de deboche. - disse Augusto. - Você vem comigo para a delegacia.

- Ah é? E quem irá me obrigar?

- EU!!! - Augusto virou William, segurando forte suas mãos para tentar algema-lo.

Por um momento, William não resistiu, mas também não deixou ele o prender com a algema.

- Eu espero que você tenha em seu bolso um mandado de prisão ou busca para mim. - William riu.

- E o que isso tem a ver, moleque?

- Que delegado inútil você é para não saber que só pode me prender com um mandato? - William virou-se dando um soco no rosto de Augusto, deixando-o sem ação por alguns momentos. Tempo suficiente para William entrar no carro e ir para a favela.

- MOLEQUE MISERÁVEL. - Augusto dizia. Seu rosto havia ficado vermelho pelo golpe que acabara de levar.

William dirigiu o mais rápido que pôde. Certificando que não havia sido seguido por Augusto. Quando chegou por fim, desceu do carro e respirou fundo.

- Isso, moleque. Isso, não foi dessa vez que você rodou. - ele repetia para si mesmo enquanto caminhava para casa.

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