Capítulo 31

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Christopher havia chegado em casa, e viu Mateus andando de um lado para outro, como se estivesse profundamente pensativo.

- Mateus? - ele perguntou - aconteceu alguma coisa?

- Meus pais me ligaram e avisaram que estavam vindo para casa, cara. Ferrou. Ferrou. - Mateus continuava a andar de um lado para o outro.

- Ué, não entendi. Ferrou por quê?

- Minha irmã, ela não chegou ainda. E já é tarde, são quase onze horas.

- Caramba! - Christopher coçou a cabeça -  você já tentou ligar pra ela?

- Som, mas ela não atende, provavelmente deixou o celular no silencioso.

- Tá, olha teremos que enrolar seus pais. Podemos fingir que a Maite avisou que dormiria na casa de uma amiga.

- Seria muito fácil descobrir está mentira. Pois meus pais tem uma agenda com todos os telefones de pais de amigos da Maite e meus também.

- Poxa então eu acho que...

Antes que Christopher pudesse completar sua frase, Silvana e Augusto apareceram na porta, e eles rapidamente disfarçaram.

- Mamãe, pai... -  Mateus disse.

- Olá, como estão? -  Silvana perguntou.

- Parece que não destruíram a casa durante nossa ausência.

Christopher riu e bagunçou o cabelo de Mateus.

- Pois é, ele se comportou muito bem né primão.

- Sim, como sempre - Mateus afirmou.

Augusto se sentou e ligou a televisão para ver o jogo. Christopher tentava mostrar naturalidade e se sentou ao seu lado, fazendo um sinal para Mateus se sentar também.

- Bom, já que vocês vão assistir esses jogo, vou conversar com minha filha. Da licença -  Silvana se virou e foi andando até o quarto de Maite.

Mateus e Christopher se olharam sem saída. Não havia mais jeito. Silvana entrou no quarto de Maite, olhou todo quarto e sentiu um aperto no coração.

- ONDE ESTÁ A MAITE? - gritou, andando bravamente para a sala.

- Que-quem? -  gaguejou Mateus.

- SUA IRMÃ, ONDE ESTÁ SUA IRMÃ?

- Não sei, mãe.

- Como assim não sabem? Ela não disse para onde ia? - Augusto os questionou.

- Não tio, não sabemos onde ela está.

Silvana se sentou. Com o desespero toda mãe, levou a mão no rosto e começou a chorar.

-Amor, se acalme - Augusto acariciava o cabelo dela. Não que ele não estivesse preocupado, mas alguém ali tinha que manter o controle e ficar calmo. Sem alternativa, fez um sinal para que os meninos fossem para o quarto.

- Minha filha, minha menininha -  chorava.

- Ela vai aparecer meu amor... por favor se acalma.

Augusto afastou-se, foi até a cozinha e preparou um chá de maracujá, para ela se acalmar.

- Beba isso, vai te fazer bem.

- Não quero, Augusto, não quero. Eu só quero minha filha.

Augusto tentou diversas vezes ligar para Maite. E todas as vezes sem nenhum sucesso.

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