Capítulo quarenta e quatro - Narrado por Caíque

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      Desculpem a demora, mas já está tudo bem! Aí vai uma foto do irmão mais ciumento do mundo. Sim! É o Alan. Gostaram?
         Boa leitura!

        -Theo, vamos voltar - resmungo enquanto tiro o cinto de segurança.

        -Não, caramba! - ele desce do carro. - Não aguento mais ouvir você reclamar da vida. Estou te trazendo aqui na tentativa de você se animar.

        -Sinto tanto a falta dela ... - comento com ele.

        Theo abre a porta do passageiro e me puxa para fora do carro. Coloca as mãos em meus ombros.

        -Caíque, sou seu amigo e vou ser sincero contigo. Esquece a Amélia. Sério.

        -Todo mundo pode me falar isso - tiro suas mãos de meus ombros. - Mas não vai fazer diferença alguma.

        -Beleza, cara - bate nas minhas costas e me guia até a entrada do Underworld. - Vai entrar?

        Expiro o ar e abro a porta, passando por ela.

        -Bem movimentado... - Theo murmura em meio da música alta.

        -Essa boate nunca está vazia, Theo.

        Rodo meus olhos por todos os cantos deste lugar. A maioria acompanhados por uma pessoa e dando uns amassos.

        -Ei, bonitão - uma morena usando apenas um top verde e saia passa as mãos sobre o peito de Theo. - Quer dançar?

        -Não... - ele pega suas mãos e coloca em meu pescoço. - Mas meu amigo aqui adoraria.

        -Eba - ela me olha maliciosa e começa a desabotoar minha blusa preta. - Vamos nos divertir muito lá em cima...

        -Desculpa, mas meu amigo aqui se enganou - aponto com a cabeça para Theo. - Estou bem, qualquer coisa eu falo contigo.

        -Esthefany - ela se aproxima e beija o canto de minha boca.

        -Que louca - Theo fala assim que ela sai.

        Não o respondo.

        Não o respondo, pois estou ocupado demais vendo Amélia beijar outro cara.

        -Isso... Não - arquejo.

        -Para de olhar, Caíque... - Theo diz,  tentando esconder a surpresa em sua voz. - Não se torture - ele vira a cabeça na direção deles.

        Amélia se afasta daquele infeliz e olha para mim. O que ela estava fazendo?! Foi proposital?!

        O cara puxa Amélia de volta e junta seus lábios novamente. A vontade que tenho é de ir lá e tirar Amélia de seus braços.

        Eles se afastam novamente e o cara vira a cabeça em minha direção quando Amélia também faz isso.

        Isaac?!

        Um misto de sentimentos percorre meu corpo ao mesmo tempo, mas o sentimento que prevalece mais forte é a tristeza.

        Amélia queria me machucar.

        Bom... Devo dar os parabéns à ela.

        Só pelo seu semblante posso perceber que ela está completamente fora de si.

        Sem pensar duas vezes, vou até ela quando a mesma fica sozinha. Assim que me vê, da meia volta e se senta no balcão. 

        -Mais um... - escuto ela falar para o balconista.

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