Como eu havia prometido, vou ajudar a Amélia a estudar para recuperar a média. Ela me disse que não foi bem na prova, então provavelmente iria ficar de recuperação. Não quero que ela fique.Assim que cheguei em sua casa, estacionei o carro em frente ao prédio e entrei no elevador. Apertei o sétimo andar e esperei ele subir. Fui em direção ao seu apartamento e toquei a campainha. Alan abriu a porta.
É hoje que eu morro.
-Oi, bom dia - tentei ser gentil.
-Vamos ver se vai ser mesmo.
Ia entrar, mas ele me parou. Se encostou no batente da porta e cruzou os tornozelos e os braços.
-Saca só, cara. Antes de eu liberar a sua entrada... tenho que fazer umas perguntinhas - falou com uma voz maléfica.
-Claro... Sem problemas - leve medo.
-Pra que time você torce?
-Atlético.
-Resposta errada.
-Caíque, você voltou! - dona Alana apareceu ao lado de Alan. - O que está fazendo aqui fora, querido? Sai daí, Alan, deixa o menino entrar - praticamente puxou seu filho. Dei um sorrisinho vitorioso pra ele e entrei. - Vou chamar a Amélia, eu já volto! - Alan fechou a porta e a Alana sumiu pelo corredor.
-Não pense que acabei. Senta aí! - apontou para a poltrona da sala e eu sentei. - Você pretende sair com ela de novo? E pra onde?
-Sei lá, talvez pegar um cineminha... - nem tinha pensado em sair com ela outra vez. Será que ela aceitaria?
-Pegar? Você quer pegar ela?!
-NÃO! Quer dizer, se ela... Ah, não, espera. Me...
-Resposta errada de novo, cara.
-Desculpa. Pensei em levá-la ao cinema, assistir um filme romântico, quem sabe... Mas com todo respeito, é claro! - o quê eu estava dizendo?!
-Mano, se isso fosse uma prova, você com certeza tiraria zero.
-Alguém falou em prova? - Amélia chegou na sala.
Ela vestia uma regata estampada azul e um short jeans.
-Meu amores, isso inclui você, Caíque - Alana falou. Sorri e Alan revirou os olhos. Já vi que isso é de família. - Eu vou sair, mas já volto.
-Ei... - Amélia me abraçou.
-Oi, boneca - dei um beijo em sua bochecha.
-Estou indo. Beijo! - Alana disse.
-Te amo - Amélia falou, ainda me abraçando.
-Você me ama? - perguntei, fingindo surpresa. Se afastou de mim.
-Não, otário. Ela falou com a mãe dela - Alan se intrometeu.
-Estude muito com o lindo do Caíque, Memelha! Também te amo - saiu.
Memelha?
Comecei a rir.
-Você está rindo da minha mãe?
-Não, Alan. Eu jamais...
-Como pode rir daquela mulher poderosa?
-Eu não estav... - se levantou do sofá.
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A Última Aposta
RomanceCaíque, um típico adolescente de dezessete anos, filho de um famoso empresário e irmão de Daniel, que está diagnosticado com leucemia desde os quatro anos de idade, era louco por uma aposta. Amélia, nascida em Minas Gerais, é obrigada a se...