Capítulo trinta e quatro - Narrado por Caíque

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       Alegria.

        Uma palavra de sete letras com um maravilhoso significado. Um sentimento prazeroso.

        Geralmente motivado por alguma coisa, algum acontecimento.

        Ou por alguém.

        É esse alguém que está sendo o motivo da minha alegria agora.

        Amélia.

        Uma palavra de seis letras com um poder imenso sobre mim.

        -É claro que eu aceito!! - ela disse, ainda pendurada em meu pescoço e deixando beijos por todo o meu rosto. - Hoje é o dia mais feliz da minha vida!

        -O meu também - sorrio para ela e dou-lhe outro beijo.

        -Pessoal!!! - Alan pega o microfone que ainda estava em minha mão. Achei que ia protestar, mas, para o meu alívio, não demostra nada, e continua:

        - Está na hora de cantar os parabéns para a minha maninha - ele avisa e a galera o segue, sem antes me mandar um olhar tenebroso.

        -Vamos - pego em sua mão e nos dirigimos até a grande mesa, onde continha um enorme bolo branco, salgados e doces.

        Amélia larga a minha mão e vai para a frente da mesa, junto com seus familiares.

       Enquanto cantávamos parabéns, vejo o sorriso sincero no rosto dela. Ela está sentindo aquilo. Aquela certa palavra com sete letras. Vejo que tudo isso valeu a pena.

       Se eu não tivesse apostado nada... talvez não quisesse conhecer ela por vontade própria. Ela só seria mais uma garota na sala de aula. Pra ela eu também seria mais um garoto da sua sala.

       Talvez.

       Não estou "defendendo" a minha atitude, foi errado. Só estou tentando ver um lado positivo nisso. Se é que é possível.

        -Ei, cara! - Theo coloca a mão em meu ombro - Parabéns. Você conseguiu a garota.

        -É, cara. Eu gosto muito dela... - não consigo desviar o meu olhar daquela garota de cachos negros.

        -Estou feliz por você. Sei bem como é isso - ele aponta para a Camila. - Vou conhecer os pais dela amanhã.

        -Você ainda não conheceu? - nega, balançando a cabeça. - Cara, você está com a Camila há cinco meses.

        -Eu sei, eu sei. Eu tinha medo do pai dela. A Camila que pedia para eu conhecer, só que eu recusava. Mas aí o pai dela pediu e eu vou. - dá de ombros. - Fazer o quê.

        -Eles vão gostar de você, quem não gosta? - sorrio para conforta-lo.

        -Valeu, cara. Olha, estão partindo o bolo! Vou lá, tchau! - aceno para ele e o mesmo some da minha vista.

        Fico vendo ela distribuir os pedaços do bolo até que sinto falta de alguém.

        Rafael, sendo mais específico.

        Rodo meus olhos pela sala à sua procura e nada.

        Vou até o jardim e o vejo deitado no chão, olhando para cima.

        -Rafa? - me agacho e fico olhando para ele.

        -Fala - sinto o bafo de álcool quando o mesmo abriu a boca.

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