Capítulo trinta e dois - Narrado por Caíque

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-Já resolveu a organização?

-Já, meu amigo, olhe com quem está falando! - a voz do outro lado da linha se irritou. - E pare de fazer perguntas!

-Tem que ser tudo perfeito, e se você não colaborar, ela vai ficar muito abalada - parti para o emocional.

-Você é ruim demais... Já está tudo pronto, cara. Agora é só esperar a decoração.

-Ótimo. Ja contratou barista?

-Macho, qual a parte de está tudo pronto que você não entendeu?!

-Entenda que eu estou querendo que ela nunca esqueça disso, e se depender de mim... - respirei, sorrindo. - Ela nunca vai esquecer...

-Cara, se você estiver planejando arrastar ela para algum quarto e agarra-lá como se não houvesse amanhã...

-É vidente, meu amigo? - eu estava rindo agora.

-O QUÊ? Nem pense em fazer isso! Me passe todas as chaves de sua casa! Não pense que irá fugir de mim, um olho no peixe e o outro no gato! E não se ache, porque você não é o gato, é o peixe, seu...

Desliguei, ainda rindo.

Pedi a ajuda do Alan para fazer uma festa surpresa para a Amélia.

Quero que seja perfeito em todos os sentidos. Ela merece. Estou planejando uma coisa e espero que dê tudo certo.

Não vai passar desse dia.

Não vou conseguir esperar mais.

Não vou conseguir me controlar mais.

Ela me deixa louco... E vou deixá-la também.

Se passaram uns dias que chamamos de viagem e várias coisas aconteceram, como provas e vários dias enfurnado em casa estudando para o Enem.

Nenhuma delas importante em relação a mim e Amélia. Cada dia eu ficava ainda mais encantado com seu jeito.

Peguei as chaves do carro e fui rumo à escola. Depois das férias, os professores passaram a cobrar mais dos alunos e chegavam a ser muito chatos. Rafael saía da sala pelo menos duas vezes em apenas um dia. Ele está muito irritado ultimamente e acaba sendo grosso, sendo assim, expulso de sala.

Posso arriscar o por quê dele está assim.

Natália.

Ela ainda não tinha dado uma resposta ao meu amigo e ele não aguentava mais à espera, mas o desejo dele por ela era maior.

Entrei na sala, eu estava atrasado. Primeiro que eu me lasquei não chegando na hora, segundo... Era a aula da Janaína e, pelo menos, vou levar algum coice dela.

-Prepare os ouvidos, cara - Theo me avisou, assim que sentei-me na cadeira.

-Bonitinho, né? Último ano, chegando atrasado... Nem era para eu deixar você entrar! Nunca respeitam a minha aula. Eu venho de ônibus pra cá, acordo cedo...

Ela sempre fazia isso... Ficava dando lição de moral, demonstrando como era a vida dela, comparada com a nossa.

-Tá bom, professora. Me desculpa! O despertador não tocou - passei a mão pelo cabelo.

-Está bom de vocês inventarem outra desculpa, essa daí já está ultrapassada... - falando isso, ela se virou e continuou a dar o assunto.

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