Capítulo 33

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Não revisado

Às 22:17 da noite a tia Laura chegou desesperada no hospital.

- Cadê o meu filho? - Perguntou me abraçando, seus olhos estavam fundos, provavelmente de tanto chorar.

- Ainda não temos notícias tia. - Falei baixo.

- Ô meu Deus, eu não mereço tudo isso, primeiro um, depois o outro. - Disse chorando.

- Como assim primeiro um, depois o outro? - Perguntei.

- N-não, nad-da. - Disse com gaguez e nervosismo.

- Ok tia, fica calma. - Falei passando as mãos em seus cabelos.

Pedia pra todos ficarem calmos, mas na verdade aquilo estava me atormentando, toda aquela incerteza se ele estava bem ou não, se chegamos a tempo, que ele perdeu muito sangue isso eu sei, mas e se isso tiver afetado muito? Naquele momento eram tantas dúvidas que não sei como coube na minha cabeça, tentar deduzir tudo aquilo.

Após meia hora um médico chegou perguntando pelos responsáveis dele, pois assim que ele entrou na sala de atendimento médico, eu e a Bea fomos preencher os dados pessoais dele, eu não sabia muito, mas o suficiente para ele ser reconhecido.

- Eu aqui sou a mãe dele. - Tia Laura pronunciou-se imediatamente.

- Bom senhora respire fundo. - Disse o médico e ela obedeceu. - Ótimo, agora vai ser forte pois vou falar o que aconteceu com seu filho.

- Doutor fala logo. - David disse.

- Ok, vou direto ao ponto. A situação do Thomaz não é nada boa, ele perdeu muito sangue, precisamos de doadores de sangue, mas não podemos perder muito tempo, quanto mais o tempo passa, mais a situação se agrava.

Dito isto a tia Laura se desesperou, a abracei e tentei acalma-lá.

- Doutor, qual tipo de sangue dele? - Perguntei enquanto confortava minha tia.

- Então mocinha, as enfermeiras vão fazer alguns exames pra saber qual é o tipo de sangue dele, peço que vocês aguardem , daqui a 10 minutos mais ou menos, alguma delas dará alguma notícia pra vocês, agora preciso continuar com meu trabalho, com licença. - O doutor disse se retirando.

Respirei fundo e fechei os olhos.

- Calma minha tia, vai dar tudo certo. - Falei baixinho e ela apenas apertou minha mão.

Olhei para o lado e vi que a Bea havia adormecido, o David continuava de cabeça baixa o tempo todo.

- Ei Bea, psiu. - Falei a chamando.

- Desculpa amiga, mas é que estou exausta. - Disse coçando os olhos.

- Tudo bem, vai pra casa, você está cansada, quando tiver notícias eu te aviso.

- Ok, vou chamar um táxi.

- Eu te acompanho e depois volto. - David disse se levantando.

- Não tô querendo expulsar mas, porque você não vai pra casa também? Esteve com ele o tempo todo, pode deixar que vou manter contato com vocês. - Falei.

- Está certo então, até amanhã gente. - David disse e eles saíram.

Logo mais chegou uma mensagem no meu celular.

Anne onde você está? Aliás cadê todo mundo, cheguei em casa agora e vi a casa num mais repleto vazio, só quem tá em casa é o Breno, nem o tio Vinícius está.
Kauê

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن