Capítulo 19

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P.O.V Anne

   No dia seguinte, procurei não pensar muito no meu irmão. No café vi o Breno.

— Anne, finalmente te achei. — Sorriu. — Quer ir para a faculdade comigo? — Perguntou.

— Sim. — Retribui o sorriso.

— Perfeito, então.

   Saímos de casa e o Breno me fez várias perguntas, ele não era de ficar calado, o que não causava constrangimento. Ao contrário do Thomaz, o Breno parecia ser cavaleiro e responsável.

(...)

   Meus dias foram repetitivos durante um mês, me enturmei com algumas pessoas da universidade, e minha amizade com a Suzeth havia se estendido. O Breno sempre me dava carona e eu mal via o meu irmão, o que não fazia muita diferença, pois não estávamos nos falando.

   À noite teria uma festa na casa da Rebecca Scardinny, mas como combinei que ajudaria na decoração, fui mais cedo.

   Chegando lá, peguei o número do motorista para que depois eu ligasse, olhei para toda a região da casa e me aproximei, toquei a campânia e uma mulher atendeu.

— Boa tarde. A Rebecca está? — Perguntei.

— Sim, pode entrar. — Falou me dando espaço.

   Assim que entrei pude avistar as meninas separando CD's e mais CD's sentadas no chão da sala.

— Vem, Anne. — Rebecca falou.

   Cumprimentei elas e logo comecei com o trabalho, era muita coisa a ser resolvida, foi uma longa tarde, depois que fizemos tudo, checamos todos os detalhes.

   O relógio marcava 19h37 da noite, já estava atrasada, então fui direto para casa, entrei correndo, esbarrando em nada mais nada menos que o Thomaz. Isso era rotineiro.

— Caramba, você adora esbarrar em mim, né? — Thomaz disse um tanto debochado.

— Não tenho culpa se você vive parado feito um poste, e olha, não tenho tempo para discussões agora porque estou atrasada.

— Para onde você vai? — Perguntou curioso.

— Pra uma festa.

— É na casa da Becca Scardinny?

— É

— Eu também vou. — Disse passando as mãos no cabelo.

— Ah, legal. — Falei saindo.

— Ei, espera. Você quer ir comigo? — Gritou para que eu pudesse ouvir.

— Já tenho companhia. — Menti.

— Uau! Pra quem chegou aqui há um mês atrás, não está nada mal, hein?

— Pra você ver. — Sorri ironicamente e fechei a porta do quarto.

   Tomei um banho, e fiz uma maquiagem forte, baby lis por todo meu cabelo e, coloquei um vestido prata mediano com um salto preto.

   Desci as escadas toda arrumada e pedi para que o motorista me levasse. Agradeci e disse que ele não precisava se preocupar, pois quando a festa terminasse alguém me levaria em casa.

   Adentrei naquela multidão vendo as meninas se acabarem de dançar, então fui até lá.

— Poxa, Anne, como você demorou, hein? — Becca comentou.

— Melhor chegar atrasada do que mal arrumada, não é mesmo? — Falei e todas sorriram.

—Vem dançar com a gente. — Bonnie disse no ritmo da música. Apesar de não está habituada com aquele tipo de festas, resolvi dar uma chance a mim mesmo. Afinal, era bom espairecer.

— Vem Anne. — Repetiu o convite.

— Hum... Ok, então. — Falei.

— Isso aí, mas antes que tal tomarmos uma bebida? — Bonnie sugeriu.

   Fomos até o balcão e pedimos algumas cervejas, seguimos para pista de dança e eu senti o meu corpo levemente cansado. Não dei muita atenção, mas aquilo se ploriferou, e eu fiquei inconsciente.

P.O.V Thomaz

   Estava dançando com uma garota, quando uma multidão tomou conta da pista, me aproximei e vi a Anne caída ao chão. Não pensei duas vezes, peguei ela no colo e a levei até o banco de trás do carro e segui até o hospital.

   Chegando lá, todos olhavam para ela com espanto, a garota parecia uma morta. Dei os dados dela na recepção apesar de não saber quase nada e logo a levaram.

   Ao invés de está lá na festa com as meninas eu estava lá com aquela metida. Mesmo ela atrapalhando tudo que poderia acontecer entte nós, naquele momento o que importava era a saúde dela.

— Familiares ou parentes de Anne Bittencourt? — Disse um senhor de jaleco, atrapalhando meus devaneios, naquela sala de espera.

— Eu aqui. — Levantei a mão, e ele pediu que o acompanhasse.

   Anne estava mais branca do que o normal, com a boca sem sangue, mas com o corpo todo empolado.

— O que aconteceu com ela e por que ela não acorda? — Perguntei.

— Ela digeriu vários boa noite cinderela, porém, a paciente tem alergia a uma substância desse remédio, pode parecer exagero, mas se não tivesse a trazido, ela correria risco de vida. — Falou baixo para que ela não pudesse ouvir, caso despertasse.

   Fiquei pensando, quem tem alergia a substancias de um boa noite cinderela? A garota era tão ruim que nem os remédios se davam bem com ela. Comecei a rir, tentando me controlar.

— Algum problema? — O médico perguntou interrompendo meus pensamentos outra vez.

— Não, senhor.

— Ok.

— Mas ela está fora de perigo?

— Sim está, mas não sei quando ela irá acordar, todas as medidas foram tomadas para a recuperação da Anne, mas tudo depende do seu organismo agora. — Deu uma pausa. — Se quiser chamar algum parente fique a vontade, o meu plantão acaba agora, qualquer coisa pode chamar uma das enfermeiras da sala ao lado. — Falou se retirando.

Olhei pra aquela morta viva e comecei a falar.

— Como você só faz coisa errada, né? Me fez sair de uma das melhores festas do ano para está aqui agora. Acho que não vou aguentar ficar aqui com você.

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   o que vocês acham que aconteceu com a anne? deixem suas opinioes sobre o capítulo e não esqueçam de clicar na estrelinha.

estou sempre em constante evolução! 🌠
♡ com amor, morg.

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora