Capítulo 20

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   Decidi ligar para minha mãe, para explicar tudo e pedir que ela fosse ao hospital.

— Pronto! A minha mãe está vindo tomar conta de você, não liguei para o Kauê porque ele provavelmente deve está chapado e porque vocês ainda não estão se falando. — Dei uma pausa e em seguida continuei. — Sabia que você assim parece um anjo? Muito diferente de quanto está acordada.

   Conversei com ela mesmo sabendo que ela não iria responder, sentei em uma cadeira ao lado da cama em que ela estava e adormeci.

   A mãe não demorou para chegar me acordando. Ela estava muito preocupada com a Anne, e mais uma vez tive de explicar toda a história detalhadamente, porém, ainda assim, ficava se lamentando, que a partir daquele dia iria ter mais cuidado nela, que não saberia notificar o que ocorreu para a família Bittencourt.

— Thomaz, parabéns pelo seu ato, isso me traz esperanças de um dia você não ser egoísta e pensar no próximo também. — Falou mudando totalmente o assunto. — Um dia você será adorável quanto o Breno, não desista disso.

— Tá bom, acho que já foi o suficiente. — Respondi, saindo do quarto. Detestava quando colocavam o Breno em assuntos que ele não cabia.

   Pensei em voltar para a festa, mas não estava mais no pique, então segui para casa.

    No dia seguinte, minha caixa de mensagens estava cheia, números dos quais eu não fazia ideia de quem seria, exceto a Ruth, garota da qual eu estava saindo, há alguns dias. As mensagens eram questionamentos sobre a Anne, e por qual motivo ela tivera um tratamento especial, enquanto elas foram jogadas para escanteio.
  
   Ler aquilo era um tédio, mas como eu não queria ser ingrato, chamei uma delas para passar o dia em minha casa, como uma forma de reconciliação. Afinal, estavam todos no hospital, menos o papai que mais uma vez, seguia firme naquela clínica maldita. Então eu poderia aproveitar a ausência deles ao máximo.


   Me deitei no sofá e fiquei assistindo TV, enquanto esperava a garota. Minutos depois, ela chegou com uma roupa totalmente vulgar, porém, muita bonita.

— Olá, gatinho. — Falou sarcástica.

— Que rápida você. Entra aí. — Respondi olhando-a de cima a baixo.

— Uau, que casa fantástica.

— Isso não vem ao caso. — Puxei ela pelo pescoço e lhe dei um beijo voraz.

— Ei, para! Alguém da sua família pode ver.

— Fica tranquila. Hoje a casa é só nossa. — Dei um sorriso de lado e lhe puxei novamente. Como as coisas estavam se intensificando, e a Elis estava trabalhando, resolvi levar a garota para o meu quarto, assim não correria o risco de algum constrangimento com a Elis, se caso ela aparecesse ali.

   Depois de um dia daqueles, eu estava esgotado, porém, aquela garota era elétrica e parecia nunca se cansar. Queria que ela fosse embora, até esperei que ela se pronunciasse, mas nada. Acabei sendo um pouco duro, para que assim ela não confundisse as coisas entre nós.

— Já está tarde, vai embora. — Ordenei.

— Aqui está tão bom. — Sussurrou.

— Não interessa, eu não me importo.

— Mas Thomaz..

— Mas nada, vai embora.

   Assim que ela saiu, tomei um banho demorado, e aquele cansaço foi jogado ralo abaixo, então mudei meus planos, ao invés de dormir, me deu vontade de sair. Então coloquei uma camiseta verde escura com uns detalhes brancos, uma calça jeans preta e um tênis branco, fiz tudo que tinha de fazer, fui a cozinha pegar algo para comer e saí. Aquela era uma boa noite para ir a boate, sem ninguém no meu pé.

   Estava me divertindo muito, e mal pensava em outra coisa quando estava ali, o foco como sempre, era as garotas e as bebidas. Com isso, não ouvi quando meu celular chamou, apenas horas depois. Era o Kauê, e as chamadas eram insistentes. Seis ligações. Retornei para saber o que ele queria.

*Chamada On*

Oi, Thomaz, onde você está

E aí, irmão. Estou em uma boate. Aquela que gostamos de frequentar.

O quê? Como você consegue ser assim, Thomaz? Minha irmã no hospital, todos unindo forças e me apoiando, enquanto você aproveita a oportunidade para festejar? Pensei que fosse meu amigo, mas estou vendo sua zero consideração. 


*

Chamada Off*

   Antes que eu pudesse falar algo, ele encerrou a chamada. Infelizmente, me senti um pouco mal, como já tinha curtido muito, me despedi do pessoal e segui para o hospital.

   Entrei e vi a mamãe, o Kauê e o Breno sentados na sala de espera, todos me olhavam com reprovação, provavelmente o Kauê comentou sobre o meu paradeiro com os outros.

— Thomaz, não precisava se dar ao trabalho. Pode voltar para casa.  — Kauê disse.

— Não é isso, eu simplesmente não gosto de ficar em hospitais.

— Então pode sair. — Breno falou.

— Eu não vou sair. — Assim que começamos uma pequena discussão, o mesmo médico que nos atendeu pela madrugada, interrompeu.

— Familiares ou parentes de Anne Bittencourt?

Todos levantaram as mãos, menos eu.

— Ei, é você que veio com ela pela madrugada? Thomaz Parker? — Perguntou se aproximando de mim.

— Sim, sou eu. — Falei.

— Venha, me acompanhe.

— Mas é que eles quem querem vê-la, não eu. — Falei mirando os três.

— Ela quer o Thomaz Parker. — Revirei os olhos e fui. Chegando lá pude avistar a morta viva acordada, me aproximei e sentei na mesma cadeira que havia sentado pela madrugada.

— Fala aí. — Disse seco.

— Aí.

— Palhaça, até doente irrita.

— Nossa, então para que você me trouxe até aqui?

— Para sua informação, eu não te trouxe aqui.

— Ah, como não? O médico me deu suas características.

— E se tiver sido eu? Algum problema?

— Todos, eu não queria que fosse você quem me trouxesse até aqui.

— Eu já me arrependi de ter te trazido, acredite.

— Hum, não foi você mesmo quem disse que não se arrepende de nada que faz?

— Sim, mas até de te conhecer eu me arrependi.

— Legal. — Gargalhou. — Ai Thomaz, estou sentindo uma dor muito forte em minha cabeça, não estou aguentando.

   Assim que reclamou, pude perceber ela desacordando aos poucos.

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now